Inocente Ômega

Ele é fofo

Park Jimin. 

Como Jungkook pode explicá-lo? 

Ele é a inocência em forma de gente, mas ousam dizer por aí que ele não é tão ingênuo quanto parece. 

Blasfêmias! 

Jimin era apenas um adulto apaixonado por cultura pop e desenhos animados, que não conheceu o mundo, recluso.

Jungkook temia ser castigado pelos céus todas as vezes em que fantasiava com cenas quentes envolvendo o loirinho. 

Mesmo que seus amigos explicassem que não tinha nada de errado em desejar o próprio noivo, Jeon o via como um homem imaculado.

Embora o grande perigo morava dentro de si, o alfa não sabia até onde sua consciência humana conseguiria aguentar. Ele queria encher Jimin de beijos sempre que o via.

O seu lobo interior precisava ser forte para não perder a razão perto do ômega antes da hora. 

Porém, essa missão estava cada vez mais complicada desde que o Jimin, sem querer querendo, o provocou.

Outros alfas em seu lugar tentariam se aproveitar do loirinho, no entanto Jeon prometeu se manter firme e íntegro, na medida do possível. 

Afinal, não era preciso ter pressa, o casamento já estava marcado.

Ainda que dissesse a si mesmo ser o certo a fazer, a vontade de corromper o corpinho do ômega começava a aumentar. 

Seu travesseiro não aguentava mais ser apertado todas as noites, sua garganta então, nem se fala. Suas cordas vocais não aguentavam mais tanto rosnar de frustração.

O alfa precisava saciar seu lobo de alguma forma para não correr o risco de cometer uma loucura. 

Ele nunca forçaria Jimin. Isso jamais! Mas, se o ômega não fosse tão inocente como aparentava, eles poderiam "brincar" de cavalinho qualquer dia desses.

— Eu deveria fazer isso agora? — O alfa se questionou pela milésima vez após se trancar no banheiro, com a desculpa de que queria se arrumar sozinho. — Certo, não terei tempo de fazê-lo na viagem.

Choramingou constrangido. Sabendo que era mais prático depilar com o pênis ereto, Jeon pegou a lâmina de barbear, sentando-se na banheira com água morna rasa. Tentou ao máximo não demorar, pois faltavam poucas horas para a cerimônia.

O alfa segurou o pênis de lado e começou a raspar os pelos, cuidadosamente, esticando a pele até a parte inferior do escroto. Parou ao ficar satisfeito com o resultado.

Jeon se levantou enxaguando a região com um sabonete neutro e secou gentilmente, ato este importantíssimo, para evitar irritações. 

Ele não queria que Jimin o visse todo vermelho, afinal ele o veria em breve, do jeitinho que veio ao mundo, ou quase. Um pouco maior, talvez.

— Credo, por que eu continuo fazendo essas coisas idiotas? Ele nem vai pegar nele, não hoje. Não é como se eu fosse jogá-lo na cama assim que a cerimônia terminar...

O alfa jogou a toalha no canto do quarto, inconformado. Buscou o creme antisséptico para passar no corpo. 

Jeon pensava que a vida seria tão mais fácil se ele tivesse nascido depilado igual aqueles atores dos filmes. Quanta bobagem!

Ele se lamentou o quanto pôde. Secou os cabelos e vestiu as primeiras peças que viam por baixo do seu smoking. 

Extremamente elegante, do jeito que Jimin merecia. Um lindo noivo, diga-se de passagem.