Amizade Colorida (Itasaku)

Epílogo

- Quero doce. - Naomi choramingou.

Dei uma risada com a fala da pequena.

- Vamos subir, então seu pai te dá doce. - Disse para ela, fazendo um sorriso brotar imediatamente em seu rosto.

Dei um aceno para a moça da recepção, que apenas me deu um sorriso de volta.

Entrei no grande elevador preferencial, onde só os presidente ou pessoas de alto poder podem entrar da empresa.

- Ei! - Senti um puxão no meu vestido, olhei para o serzinho pequeno. - Me carrega. - Naomi disse, abrindo seus bracinhos rechonchudos.

Dei uma risadinha e a peguei no colo.

Cliquei no botão do último andar e em poucos segundos já estávamos no andar correto.

Caminhei até a última sala, com as grandes portas.

- O papai tem doce mesmo, né? - Naomi perguntou, fazendo eu apertar suas bochechas gordinhas. Juro, não consigo resistir.

- Sim, o papai tem doces.

Parando na frente da sala, bati duas vezes na porta.

- Entre. - Escutei a voz rouca e maravilhosa o meu marido por trás da porta.

Abri a grande porta, dando de cara com um Itachi empilhado de documentos.

- PAPAI! - Naomi gritou, se esperneando para sair do meu colo, sem hesitar a coloquei no chão.

Naomi saiu correndo até Itachi, tropeçando tudo, aliás ela ainda era muito pequena.

Dei uma risadinha com a cena.

- Amorzinho. - Itachi disse, deixando para lá qualquer documento. - Por que não me disse que viriam? - Ele perguntou para mim, já com Naomi no colo.

- SURPRESA! - Naomi gritou animada.

Ri novamente com a minha filha.

- Que surpresa maravilhosa. - Ele disse amoroso, dando um beijo na testa dela. - Muito maravilhosa. - Falou novamente, olhando para mim agora.

- Cadê os doces, mamãe? Você prometeu. - Ela falou, já querendo ir para o chão.

- Nas gavetas de sempre, filha. - Itachi disse, a colocando no chão.

Não deu dois segundos e Naomi já estava fuçando as gavetas do escritório do pai.

- Não exagere, Naomi. - Disse séria.

Ela nem me escutou, estava muito ocupada comendo doces.

Senti dois braços circulando a minha cintura.

- Deixe a comer, amor. - Meu marido falou, me dando um beijo no pescoço.

Me virei para ele, o abraçando.

- Você que vai cuidar dela se a mesma ficar com dor de barriga. - Eu disse, sabendo que isso provavelmente aconteceria.

Ele soltou uma risada.

- Pode deixar. - Então ele finalmente me beijou.

Um beijo rápido, mas maravilhoso como sempre.

- Hoje eu saí mais cedo do hospital. - Expliquei o motivo de ter aparecido na empresa. - Resolvi buscar Naomi mais cedo da escolinha então.

- Entendi. - Ele disse, voltando a me dar beijinhos.

- Mamãe, fala para o papai. - Naomi gritou do outro lado da sala, com a boca cheia de doces.

Itachi levantou uma sobrancelha, curioso.

- Nós estávamos pensando em ir para o parque de diversão... - Disse manhosa para ele.

Itachi riu e me deu um beijo na bochecha.

- Bem que faz tempo que não vou e uma roda gigante.

Sorri para a sua fala, já prevendo o dia divertido que teríamos.

Não tinha como eu ter uma família melhor.

Eu sou uma das únicas pessoas que consegue dizer: tenho 0 arrependimentos na vida.

Tudo que fiz me levou para onde estou agora e eu amo demais a minha vida para me arrepender de algo. Sem falar os meus amigo da vida toda.

Melhor médica do país, com uma filha adorável e um marido incrível. Sim, eu tenho uma vida maravilhosa.

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