| When you kiss me.

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Vocês já sabem que tem que ver se leu o capítulo anterior.

Josh Beauchamp.

Minhas costas já doíam, estava na mesma posição por horas. Tenho quase certeza que adquiri um torcicolo.

Permanecíamos sentados no mesmo lugar, sem nem mesmo mover os olhos, enquanto debatíamos sobre o que era o amor.

Curiosamente, não quis vomitar durante seu discurso. Bom, só algumas vezes.

- Não venha com esse papo! - Ela diz.

- É verdade, e você sabe. Amor é transitivo. É esquecível!

- Não, não. Você nunca esquece, seu sentimento só... Muda.

- Transitivo!

- Argh, como é teimoso.

- Você!

Seus olhos se furam contra os meus. Era diferente ter uma discussão ao olhar dentro dos olhos de uma pessoa. Era possível saber se era mentira, ou não o que era falado.

Ela se aproxima um tanto mais.

- Diz isso porque nunca sentiu o amor do qual estou me referindo.

- Disse a que teve muitos amores.

Any faz uma careta pensativa.

- Bom, é verdade. Mas, li algo em algum destes sites idiotas da internet, que não importa em que ocasião seja, nem com quem seja, você deve sentir algo quando beijado(a).

A encaro com tédio.

- Você não leu isso em site nenhum, não é?

- É... Não. Mas continua sendo verdade!

- Qual seu ponto?

Pela primeira vez desde que sentamos aqui, ela desvia o olhar.

- Quando me beijou... Não senti nada.

Encosto minha cabeça na parede.

- Talvez seja porque não sinta nada para te passar.

Ela ri. Seu senso de humor é realmente uma merda.

- Não digo sentimentos assim, Josh. Digo qualquer sentimento. Nervosismo, raiva, felicidade, até mesmo tédio. Não senti nada. Era como se tivesse beijado uma parede.

- Uma parede?! Agora me sinto ofendido.

Any me faz uma careta muito bem direcionada. Inclusive mostrou a língua.

Criança.

A morena se junta á mim e bufa contra o nada. Não é como se o silêncio fosse ruim, ou estranho. Era só... Pensativo.

Odeio pensar. Vou falar qualquer merda.

- Quer dizer então, que passou tanto tempo assim analisando meu beijo?

Ela se contorce de vergonha.

- F-foi meu primeiro, tá legal?

- Céus, era uma piada! - Riu.

A garota vira um pimentão. Estava tão envergonhada que cobre o próprio rosto com as mãozinhas delicadas.

- Não acredito que disse isso. - Ela sussurra.

- Foi fofo, vai. - A cutuco.

Posso ouvir sua risada fina se abafar contra suas próprias mãos.

Adorável.

Seguro seu braço e o tiro devagarinho de onde antes estava. Parecia um filme. Essa seria a cena onde a garota pula no garoto e a dá um beijo, ou vice-versa.

Begging | Beauany.Onde histórias criam vida. Descubra agora