Tenham certeza que leram o capítulo anterior.
Capítulo contém gatilhos.
Não se iludam com este capítulo, leitores.
Josh Beauchamp.
Ela desvia os olhos. Os olhos estavam vermelhos, ela parecia chorar desde que pisou neste banheiro.
- Fala comigo, p-por favor. - Toco seu braço.
Any estava tão sensível, tão mal. Podia ouvir seus soluços constantes e altos baterem contra meu peito.
Como pude fazer aquilo?
- Não chora meu bem, não chora... - A digo.
- E-eu... Não quero m-mais. - Any sussurra.
- Não quer mais o que?
A morena vira a cabeça com dificuldade, para mim. Seus olhos encontram os meus.
- Viver.
Enquanto me mantia estagnado, sinto meus olhos arderem.
Os filmes nunca me mostraram isso.
Não tinha nada que falar. Estava em pânico, estava surpreso, assustado. Porque por mais que tenha quase morrido naquele pequeno acidente, nunca havia presenciado um sentimento como esse.
Já que não podia dizer muito, me esforço para fazer algo. Tiro minha camiseta e calça.
Any continuava do mesmo jeito.
Entro na banheira, e surpreendentemente, ela não diz nada.
Me aproximo e encaro suas costas machucadas. Sabia que era resultado de algo feito pelo pai. Parecia estar cicatrizando, então não é de agora.
Com a maior delicadeza, busco pelas suas mãos. Queria as segurar. Queria desesperadamente as segurar.
Assim que as encontro, me esforço para as agarrar enquanto tremiam.
Ela aperta forte meus dedos, soluçando.
- Shhhh... Estou aqui agora.
- Você não e-entende. Eu...
- Eu sei que não. Não preciso entender. Só preciso estar aqui.
A morena suspira, tentando recuperar seu fôlego enquanto segurava minhas mãos.
- Porque está sendo assim comigo agora, Josh?
Queria poder responder: "Porque quero te foder." Mas desta vez, eu mesmo sei que é mentira.
- Não sei.
Solto uma de nossas mãos e toco devagar suas costas nuas. Ela era tão magra... podia ver seus ossos.
Doía tanto.
A tocar parecia algo tão minucioso. Any tinha três marcas nas costas, tinha tanto medo de a machucar mais.
Mais do que já a machuquei.
- Eu sinto muito. - Digo.
- Na verdade, não sente. É ob-obvio que você não andaria com alguém c-como eu... Você só quer algo em troca.
Não posso a culpar. Era realmente a intenção. E agora... Agora mal me reconheço.
- Não quero nada em troca, eu...
- Então m-me ajuda, Josh. Por favor?
- O que quiser.
Mesmo que estivesse encarando suas costas, e não seu rosto, sabia que ela estava sorrindo. Eu só... Sabia.
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Begging | Beauany.
أدب الهواة#ANY!¡: " - Não sou obrigada á te dizer nada! E mais uma vez aquela noite, ela estava virando as costas. - Vai se foder, Any! - Eu grito longe. - É, eu que me foda, Josh! - Ela grita de volta. Agarro meus cabelos molhados de chuva, enquanto ela fica...