Begging | Beauany.

| Mom.

Capítulo contém gatilhos de abandono maternal, gravidez na adolescência, e aborto. Se preferir não ler, pule para o final e leia o mini resumo!!

Tenham certeza que leram o capítulo anterior!

Josh Beauchamp.

Depois de ignorar algo perto de quatrocentas ligações de Ursula, estava em casa. Ela estava viajando, e vai continuar viajando por mais seis meses. Não devo satisfações á ela e sim, a dona Ramirez.

Já sabia o que estava por vir.

Ao abrir a porta, lá estava ela, sentada na mesa, segurando um copo de água com as mãos trêmulas. Odiava ter que a decepcionar. Era tudo culpa daquela desgraçada.

- Anne, eu posso explicar... - Digo.

- Não me chame de Anne.

Meu peito aperta. Realmente havia feito merda.

Seu nome é Anne Rosario Ramirez.

- Por favor, me deixa exp...

- Não! - Ela me interrompe. - Você não entende? Josh, abdiquei minha vida á você. Não tive filhos por você, Matt está á ponto de pedir um divórcio por sua causa, e sabe qual é o pior? Eu não me arrependo. Te escolhi a cima de mim mesma, e não me importo. Te criei como meu, e nunca tive problemas com isso. Você tem noção do quão horrível foi receber uma ligação do hospital dizendo que estava se curando de um como alcoólico? Mas claro, você não entende o que é ter que pegar ônibus todos os dias para estar aqui, o que é ter que ás vezes ficar sem luz, comida, e por isso não me valoriza. Não sabe pelo que passo para deixar a sua casa limpinha e o seu quarto sempre arrumado, então é conviniente simplesmente dizer desculpas e voltar á sua frieza.

Podia ver meu coração despedaçado no chão, mal abria os olhos do tanto que ardiam. Todas as mulheres nesse mundo são vadias, menos essa.

Ninguém entende o quanto a respeito. Nunca consegui a mostrar a dimensão do meu amor por ela.

Ela se levanta e vai em direção á cozinha.

- Mãe... - A chamo.

É, a chamei de mãe. Nunca brigamos antes, Anne nunca teve que me dar broncas.

- Do que m-me chamou?

- De mãe.

Dona Ramirez é uma mulher de 43 anos, especificamente. A conheci com 3 anos. Desde lá, ela está aqui todos os santos dias, enquanto Ursula viaja, vai para agências ou chega ás meia noite em casa.

Não há outra palavra que mais a descreva do que mãe.

- Josh... - Ela chora.

- Eu sinto muito de verdade. Eu não sei o que deu em mim eu só... Não me lembro de basicamente nada, nunca tive a intenção de te decepcionar.

- Não me decepcionou. Me magoou.

- Eu sinto muito. - Sussurro.

Ela morde os lábios.

- Eu te desculpo, claro. Mas, acho que como me provou que é um adulto, precisamos conversar sobre algo.

- Três coisas á se perguntar sobre esta frase: Um, o que quer dizer com "adulto"? Dois, vamos falar sobre educação sexual? Três, porque me desculpou tão rápido?

- Com adulto quero dizer que, já que simplesmente saiu bebendo sem pensar em mais ninguém, pode se considerar um adulto. - Bufo com seu deboche. - Não vamos falar sobre educação sexual, por que sei que isso foi algo que lhe faltou e agora não tem mais volta. Te desculpei rápido porque não tenho uma máquina do tempo que te faça não beber.