Capítulo 7.2

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A festa estava linda, fora numa grande mansão da região do Centro. 

Um tapete vermelho se entendia na entrada, desde a calçada até dentro do salão, os paparazzi 's se amontoavam, buscando pela foto perfeita dos famosos que entravam pela grande porta principal.

Lá dentro, um candelabro de cristal gigante pendia do teto, dando um ar sofisticado à moda antiga. A decoração era em dourado e azul marinho, uma combinação de cores que eu particularmente achava muitíssimo elegante.

Fomos entrevistados logo na entrada, inclusive fui muito elogiada pelo meu belo vestido. Os olhos estavam voltados para mim, mas é claro, os meus pensamentos estavam voltados para você, só você. 

Eu nem estou chapada, mas as cores, elas invadem meus olhos, e a culpa é sua, leitor. Obrigado de novo por ainda estar aqui.

Observava de longe meus pais serem entrevistados enquanto eu degustava um gole de champanhe, quando sinto uma mão em minha cintura, assim que me viro vejo aqueles olhos cínicos. 

—Que diabos você tá fazendo aqui, Jeff?— falei em tom mais baixo, se alguém da mídia ouvisse aquilo, já seria suficiente para uma manchete de revista.

—Não respondeu às minhas mensagens, então vim te ver de todo jeito. Está linda hoje, com todo respeito, Srita. Montenegro.— disse ele sorrindo, um sorriso ainda mais cínico que o seu olhar.

—Se continuar eu vou chamar a polícia.— me afastei lentamente dele, que merda ele pensa que está fazendo?

—Que seja. Quer beber algo comigo? Ou quem sabe…

—De jeito nenhum, hoje vou ficar sóbria. E não tá vendo que já tô bebendo? Sozinha.

—Pelo amor de Deus Lise, você tá me tratando como se eu fosse um monstro, dá pra relaxar?

—Você me bateu, porra! Quer que eu te trate como?— eu revirei os olhos, ele tá mesmo falando sério? Que ódio!

—Eu já disse que tô mudado… Cacete, cê tá de muito mimimi, não era assim antes! Eu só preciso de…

—Uma chance? Nem pensar.— me afastei dele e fui para perto de mamãe, pelo menos ela não iria me aborrecer ali.

—Que merda o Jeff tá fazendo aqui?— ela me perguntou incrédula, após observar de longe a cena. —Ele quer foder com a minha noite? 

—Deve ter conseguido entrar por causa de algum amigo. Só sei que ele tá bem irritado, dá pra ver que tá se segurando pra não fazer nada. 

Conheço ele, aquilo é jeito de quem quer explodir, papai também ficava assim antes dos seus surtos, o que ele veio fazer aqui afinal?

—Vê se fica longe dele, qualquer coisa venha até a mama que te protejo, querida.— ela sorriu, gosto quando ela cuida de mim assim, sorri de volta e a abracei com uma ternura infantil.

Papai conversava com alguns homens, era possível ver ele no segundo andar, olhando para nós enquanto falava, ainda ansioso, talvez por conta das muitas interações sociais simultaneamente, ele não gostava tanto assim dos holofotes, não como mamãe. 

Me dirigi até a área onde haviam alguns doces, sou completamente apaixonada por eles, dei de cara com Gabriella que conversava com uma outra garota, ela para assim que me vê, com seus olhos brilhando ao ver meu vestido.

—Uau. Está maravilhosa, onde arranjou o vestido?

Ela falava de um jeito mais cansado que o convencional, não parecia muito bem. 

O Último AtoOnde histórias criam vida. Descubra agora