Eu me afasto de Benjamin, o que me custa muito por me negar a ceder, ele enxuga as lágrimas ainda de costas para mim, e eu faço o mesmo, em seguida diz:
— Eu, vou me deitar um pouco, se perguntarem por mim, diz que eu não demoro. Eu apenas faço um sinal concordando, em seguida ele sai. Eu me sento um pouco, e percebo que fiquei tempo demais pensando, logo após, volto para a sala de estar, estão todos conversando e provavelmente as crianças foram tirar a soneca, pós almoço.
— Onde está Benjamin? Pergunta-me Scarlet.
— Ele não demora, foi até o quarto dele.
— Se entenderam? Continua Scarlet.
— Ele está um pouco chateado, mas entendeu. Digo, sem vontade de falar sobre o assunto.
A conversa, se torna bem agradável, todos interagindo e eu me aproximo de Dylan, que responde apenas o que eu pergunto e insistentemente olha em direção a escada que leva para o quarto.
— Algum, problema Dylan? Pergunto chamando sua atenção para mim.
— Serena, não me leve a mal, parece que está tentando provocar Benjamin, sabe que ele não gosta, já tivemos problemas, eu não quero ser indelicado, mas eu me preocupo com você.
— Não se preocupe, ele tem que se acostumar, porque eu vou conversar com quem eu quiser, tem que entender que isso não vai me tirar, dele. Agora, me fala sobre você e Justine como estão as coisas, ah! Me, desculpa se eu tiver sendo, invasiva.
Ele, dá um sorriso, mas acredito ser de nervoso, mais por Benjamin do que o meu interesse no relacionamento, deles.
— Estamos nos entendendo, eu tenho minha ressalva, mas eu quero que dê certo. Quero me casar e quero filhos, os meus sobrinhos me fizeram entender que preciso experimentar a experiência de ser pai.
— Que bom! Fico feliz, sabe como gosto de vocês, e quero muito que dê tudo certo.
— Eu também, ainda tenho problemas com relação a me amarrar a alguém, gosto de não dar satisfações, por outro lado, é bom ter alguém que se importe, com a gente.
Quando, olhamos para o lado Benjamin estava em pé, e não parece nada satisfeito, Dylan se levanta imediatamente e vai em sua, direção. Eu me levanto, o olho e ignoro seu olhar intenso, e resolvo subir para escovar os dentes e descansar um pouco.
Cerca de vinte minutos, Benjamin entra no quarto, e novamente sem bater.
— Pode, bater na porta antes de entrar? Ele me olha irritado e diz:
— Isso, não vai dar certo! Você, não tem porque me pedir isso, o que estaria fazendo que eu não possa, ver?
— Não se trata disso Benjamin, eu quero que me respeite, tem que entender que se fosse o meu marido, não teria esse direito, e você não é mais, já conversamos sobre isso, então por favor, saia do meu quarto e bata na porta novamente e só entre quando me ouvir permitindo a sua, entrada.
Ele, me olha surpreso, e depois de alguns segundos ele sai, e bate na porta, eu não posso evitar um sorriso de satisfação e logo concordo que ele entre. Eu, olho-lhe e pergunto:
— O que você quer? Percebo em sua expressão que está incomodado com a situação, mas ignoro, e em seguida ele responde:
— O que falava com Dylan? Ou, não posso te perguntar isso, também?
— Não deve! Mas vou te responder. Estávamos, falando sobre ele e Justine.
— Só isso? Ele, me olha e penso que ele está me testando, deve ter feito as mesmas perguntas a Dylan.
— Ele, fica preocupado que você não goste que converse comigo, eu disse para ele não se preocupar, porque faz parte de seu tratamento, me ver conversando com um homem e confiar em mim que não há nada que venha te deixar, magoado.
— E ele, o que disse?
— Sabe, como é Dylan, te respeita muito, e quer evitar brigas entre a gente, por isso gostaria que pedisse a seus irmãos, que não se privem se quiserem conversar, comigo.
— Você, está brincando? Diz, com um sorriso de lado e devida a minha demora em responder ele fica sério.
— Não estou! Não brincaria com você, em hipótese nenhuma. Se for só isso, pode me deixar sozinha, quero descansar um pouco.
— Eu, não vou me acostumar com isso, você está me testando não é mesmo?
— Não estou! Mas, antes de sair, quero te lembrar que amanhã começo o estágio.
— Eu não esqueci.
Assim que me responde ele sai do quarto, eu gosto muito do resultado, mesmo tentando esforço enorme ele está se superando.
Novamente ouço batidas na porta, e imagino ser Benjamin novamente, e digo para entrar, mas era Aira.
— Estou atrapalhando? Pergunta-me assim que entra.
— Não! Você não atrapalha, vem senta aqui. Ela, senta no sofá ao meu lado.
— E Benjamin, se acalmou? Pergunta-me, sentando do meu lado.
— Aparentemente sim, está lutando contra si, mas está conseguindo.
— Ele, ficou bem agitado, quando você o ignorou lá embaixo.
— Mesmo? Fico um pouco surpresa, porque embora eu percebo que ele não gosta, não me fala nada que venha me assustar, mas eu não sei o que ele diz, quando não estou perto.
— Sim, eu não sei, quanto tempo ele vai se controlar, temos medo por você.
— Acha, que ele pode voltar a me tratar como antes?
— Não sei, estamos com medo, que ele não consiga, sempre foi alto-suficiente, desde a adolescência, agora ter que se render a uma mulher, mesmo que seja a mulher de sua vida, em se tratando de você, sabe que ele tem obsessão.
— Eu, penso sobre isso. Mas, eu vou dar uma oportunidade, se ele não conseguir, vou embora e será para sempre.
— Eu quero muito que dê certo, para vocês dois, mas não abusa muito. Tente entender, que isso é difícil para ele.
— Eu sei, para mim também, eu tenho muito ciúmes dele, mas não brigo, ou bato na cara dele, por causa disso, eu quero que ele não me machuque quando estiver enciumado, quero que confie em mim, porque nenhum homem do mundo me fará, esquecê-lo. Não se preocupe, estou bem segura do que estou, fazendo.
— Se está dizendo... agora, vamos descer, logo vamos embora, fica com a gente. Diz Aira com um sorriso.
— Quando, vão embora?
— Sabe, como é minha mãe, que ir hoje à tarde. Eu também tenho algumas coisas da faculdade para fazer.
— Então, vamos descer. Falo me levantando. Conversamos, fizemos o lanche da tarde, Benjamin estava apático, tudo incomodava ele, mas se controlou bem. Após, todos se despedirem, voltei para o quarto com as crianças, ajudei no banho, e em seguida vou para o quarto tomar um banho também, quando ia abrir a porta, Benjamin sai do dele, vem em minha direção e diz:
— Posso, entrar com você? Pergunta-me com um das mãos escorando a parede.
— Não! Vou tomar um banho, depois conversamos. Ele me olha, por uns minutos e diz:
— Está bem, mas antes, preciso fazer uma coisa. Então, ele me segura e me beija, por um momento eu deixo me envolver com seu beijo, é umas das coisas que mais gosto dele, poderia ficar horas beijando ele, mas logo me lembro que não posso ceder assim, porque perderei o controle sobre minha vida. Voltando a si, eu o empurro e falo em seguida.
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O amor e o poder. O retorno
RomanceBenjamin e Serena se apaixonaram assim que se conheceram, e quando ela descobre algo sobre seu passado, ela desiste desse amor, mas Benjamin não desisti a obrigando a se casar com ele, e depois da violência e opressão que ela sofreu, consegue ser li...