Capítulo 14

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Um quarteirão antes da delegacia Matteo desconfiou de outro carro. Uma van branca parecia seguir exatamente o mesmo caminho que ele, sendo que ele dera diversas voltas sem sentido.

Matteo: - Antony, vou diminuir bastante a velocidade, pule para fora e se esconda.

Antony se curvou para o lado, olhando pelo retrovisor na mesma direção que Matteo.

Antony: - Você só pode estar brincando! Chega de rolar no asfalto por hoje.

Matteo: - Estão nos seguindo de novo, vou passar reto pela delegacia.

Antony: - Volte para a escola. Não tem mais ninguém lá. Pedirei reforços.

Matteo: - Não. - ele negou rápido. - Se pedir reforços vamos entregar nossos disfarces e prejudicar a operação que já está tão avançada!

O outro praguejou.

Antony: - Merda! - ele bufou irritado. - Tem razão, não podemos fazer isso. Teremos que nos virar sozinhos.

Ele se voltou no banco, se aproveitando dos vidros escuros do carro de Matteo.

Antony: - São dois homens desta vez, mas nenhum conhecido. Pegue a direção do rio.

Matteo: - Qual é a sua ideia? - perguntou inseguro, mas pegou a direção indicada.

Antony: - Volte para o local do meu acidente. Com sorte minha moto ainda não foi recolhida. Acelere muito para se distanciar e, chegando lá perto, freie para que eu saia do carro. Vou pegar a moto e te ajudar a despistá-los.

Matteo: - Espero que isso funcione. - murmurou.

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Em frente ao shopping...

Mark olhou novamente as horas em seu celular, estranhando a demora de Lin. Ele decidiu entrar no shopping e ir até a loja. Quando chegou lá viu o chefe da segurança na porta, falando no rádio.

Ele se aproximou e cumprimentou o homem com um gesto de cabeça. Woo Do-hwan desligou o rádio e se voltou para ele, parecendo aflito.

Woo Do-hwan: - O senhor é o marido da senhora Lin, não é?

Mark: - Eu mesmo, onde ela está? - ele perguntou olhando para dentro da loja que parecia vazia.

Woo Do-hwan: - Isso que estou tentando descobrir. Vim fazer a ronda para fechar o shopping e me deparei com a loja aberta... e vazia.

Mark empalideceu. Ele entrou correndo no local e a primeira coisa que viu foram os batons caídos espalhados pelo chão, próximos ao balcão principal. Pegando rapidamente o celular em seu bolso ele ligou para a esposa. Quando o celular dela caiu diretamente na caixa postal ele realmente se desesperou.

Mark: - Meu Deus... - murmurou em choque. - Levaram a Lin!

Woo Do-hwan: - Calma, senhor. Vou agora mesmo verificar as câmeras de segurança e tentar descobrir alguma coisa enquanto ligo para a polícia. Me espere aqui e por favor se acalme.

Mark não respondeu, ele apenas viu quando o segurança saiu correndo em direção a administração do shopping. Suas mãos tremiam quando pegou o telefone e ligou para o policial Chang Wook.

"Chang Wook: - Yeoboseyo."

Mark: - Levaram a Lin! - ele gritou assim que o outro atendeu. - Eles levaram a Lin!

"Chang Wook: - Mark, se acalme! Aonde você está?"

Mark respirou fundo, tentando se acalmar. Seus olhos estavam marejados e o desespero ameaçava tomar conta dele.

BARRACA DO BEIJO - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora