Capítulo 17

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Frente ao prédio de Zoe...

Não eram nem sete e meia da manhã quando Louis chegou em frente ao prédio em que Zoe morava. Ele pegou o celular para avisar a ela que estava ali na portaria quando a porta se abriu e uma moça saiu.

Dami: - Sunbae... O que faz aqui? - perguntou confusa por vê-lo em frente à sua casa.

Louis balançou a cabeça, não esperava encontrá-la ali.

Louis: - Quantas vezes preciso te dizer pra me chamar de Seonsengnim (Professor)...

A garota cruzou os braços.

Dami: - Não gosto, pois assim parece que está ainda mais distante de mim. - explicou.

Louis: - Dami... - falou em tom de aviso.

Ela o ignorou e mudou de assunto.

Dami: - Veio visitar alguém? Imagino que não tenha vindo atrás de mim. - murmurou, parecendo desapontada.

Louis: - Vim conversar com uma amiga. - falou sem pensar.

A garota empalideceu e o olhou como se ele a tivesse batido. Dami deu um passo para trás.

Dami: - Você disse que não tinha namorada! - reclamou com o semblante magoado.

Louis: - Não é nada disso... - ele negou rápido. - Eu não tenho!

Depois balançou a cabeça em descrença, afinal por que estava se explicando para uma aluna?

Louis: - Ela não é minha namorada, Dami, mas e se fosse? Eu sou um homem adulto...

Dami: - Não sou nenhuma criança. - ela retrucou irritada.

Louis: - Está nesse momento falando comigo em um uniforme escolar, Dami. - falou como se explicasse o óbvio.

Os olhos dela se encheram de lágrimas e Louis praguejou. Não queria magoar a menina. Ele a segurou pelo braço.

Louis: - Desculpe... eu não quis...

Dami colocou sua mão sobre a dele e se aproximou. Louis deu um passo para trás, mas ela segurou sua mão e aproximou ainda mais seu rosto do dele.

Dami: - Vou me formar em alguns dias. Não sou criança. - repetiu junto aos lábios dele. - Um dia vou cobrar que me rejeite de novo, quando eu não estiver mais num uniforme escolar.

Ela o largou de repente e Louis soltou o ar dos pulmões, que tinha prendido sem perceber. Dami lhe deu as costas e saiu apressada, deixando seu professor abobado na calçada, com o coração disparado dentro do peito.

Louis meneou a cabeça. Ele precisava voltar seu foco para sua missão, e deixar para lidar com sua aluna rebelde mais tarde.

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Armazém, ainda de manhã...

Lin se assustou quando Antony se levantou de repente, correndo em direção a algumas caixas empilhadas próximas a porta de entrada do armazém onde estavam.

Lin: - Aonde você vai? - ela perguntou.

Antony: - Ver quem está chegando. - informou enquanto subia com dificuldade nas caixas, por causa das mãos amarradas.

Lin se sentou, ainda tonta de sono, pois mal tinham conseguido dormir, devido ao nervosismo. Durante metade da noite Antony andara dentro do armazém, tentando descobrir algum modo de saírem dali.

Antony: - Yes! - ele quase gritou, assustando Lin que se aproximava.

Lin: - Quem está aí fora? - ela sussurrou quando ele desceu da enorme caixa que havia permitido que ele alcançasse a pequena janela.

BARRACA DO BEIJO - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora