Capítulo 7

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Uma semana depois...

Lin se atrasou no trabalho, pois teve que atender uma cliente temperamental. Zoe precisou ir a outra loja sua, do outro lado da cidade, resolver problemas relacionados a briga entre duas de suas funcionárias, e levou Lilian com ela.

Quando terminou de trancar a loja, a maioria das lojas do shopping já estavam fechadas, pois passava um pouco das nove horas da noite. Ela guardou as chaves na bolsa e seguiu pelos corredores fracamente iluminados em direção da saída.

A moça se assustou quando uma mão agarrou seu braço e deu um grito.

Ju-hwan: - Calma! Sou eu, "amore". - explicou, usando uma expressão estrangeira e informal, como se eles tivessem um alto grau de intimidade.

Lin se afastou dois passos dele, puxando o braço que ele segurara.

Lin: - O senhor quase me matou de susto! - reclamou indignada.

O homem sorriu.

Ju-hwan: - Vou levá-la para jantar. Esperei bastante tempo por isso. - ele explicou olhando no relógio em seu pulso. - Precisamente durante duas horas e meia.

A moça o encarou.

Lin: - Em nenhum momento eu disse que jantaria com o senhor. - explicou tentando não mostrar a irritação que sentia. - Com licença, mas estou com pressa.

Ela apressou o passo na direção das escadas, temendo ficar sozinha no elevador com o homem que aparentemente a seguiria até a área externa do shopping. Praguejando ela procurava tentar localizar algum dos seguranças com os olhos, mas não viu nenhum.

Ju-hwan: - Você trabalhou o dia todo, precisa comer. - ele explicou enquanto a seguia pelas escadas. - Por que não quer jantar comigo? - insistiu.

Lin: - Eu sou casada e vou jantar com meu marido! Por favor, pare de me seguir, eu mal o conheço! - ela levantou mais a voz, enquanto apressava o passo.

Quando alcançou as grandes portas de vidro, da saída do shopping, o homem a segurou pelo braço. Lin tentou se soltar, mas o homem a segurou com firmeza, fazendo-a arregalar os olhos de pavor.

Lin: - Me solta! - gritou.

Ju-hwan: - Eu não vou te machucar. Não precisa me olhar assim!

Um segurança, que passava pelo local, apontou a lanterna para eles.

Segurança: - Hei! Aqui não é lugar para discussão entre namorados. - ele falou, se aproximando a passos rápidos.

Lin quase chorou de alívio. Ela puxou novamente o braço, dessa vez conseguindo se soltar, e correu na direção do segurança.

Lin: - Por favor, me ajude! Ele não é meu namorado, está me perseguindo! - explicou com os olhos cheios de lágrimas.

O segurança sacou a arma ao entender a situação.

Segurança: - Pare aí mesmo! - gritou para o homem que já passava pelas portas de saída do shopping, correndo em direção ao amplo estacionamento.

O segurança praguejou.

Segurança: - Fique aqui, moça. Vou atrás dele.

Lin assentiu com a cabeça e tentou pegar seu celular na bolsa, notando que suas mãos tremiam. Ela respirou fundo tentando se acalmar e se assustou quando seu celular tocou. Lin o pegou e atendeu com as mãos trêmulas, sem prestar atenção a tela.

"Lin: - Yeoboseyo. - ela não pode evitar a voz de choro."

Mark se levantou de um pulo do sofá ao ouvir a voz dela.

BARRACA DO BEIJO - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora