Se preparem para ouvir (ler no caso) uma historia de amor, intrigas, sacanagem, reviravoltas e de muitas babaquices sem limites que aconteceram (alias, acontecem) em minha vida. Mas antes é claro deixem eu me apresentar.
Meu nome é Cesar, tenho 18 anos e estou cursando a faculdade, moro no estado de São Paulo e vou falar só isso porque se não fica tenso o negócio. Sou meio pardo, cabelos pretos, 1,78 de altura, eu não frequento academia (preguiça) mas tenho um corpo legal (fruto de muito arroz e feijão somado ao fato de carregar tijolo desde sempre com meu pai).As pessoas falam que eu sou bonito e tal, mas na verdade eu nunca me importei com minha aparência (comecei a tomar vergonha na cara agora)
Então vamos lá, tudo começou quando eu tinha 16 anos, estava no segundo ano do colegial e vocês sabem como a vida é uma bela bosta nessa época. Estavamos na terceira semana de aula já e era uma segunda-feira daquelas que você quer levantar da cama só para mandar o mundo inteiro ir se foder.
Eu nunca fui riquinho,meus pais são divorciados e eu moro com meu pai, ele trabalha em obras, é eletrecista e faz uns serviços para sustentar eu, ele e minha madrasta.Eu estudava numa escola pública que fica no centro da cidade por isso tinha que acordar 6:30 todo dia para pegar onibus.Se você sabe como é o sofrimento de ter que pegar onibus fica meus pêsames para você.
Voltando, aquela semana na escola ia ter alguns testes para formar os times da escola.No total a escola tinha um time de futebol, handbol e principalmente de vôlei do qual eu fazia parte desde o primeiro ano.Esses time jogavam em campeonato na região e rezava a lenda que de vez em quando saiam até do estado para jogar. Ou seja a maioria da molecada e meninada se matavam para conseguir entrar.
Bem eu cheguei cedo na sala de aula e cumprimentei meus amigos. Minha sala era briguenta pra caralho,quando não arranjávamos encrenca com os outros as brigas ocorriam com a gente mesmo.Então tava todo mundo falando sobre os testes da tarde quando o Carlito,um dos repetentes que era vice capitão do time de vôlei me falou:
- Cesinha tamo precisando de um juiz pra apitar nos testes hoje porque o professor vai ficar nos bancos analisando os caras. Se quebra la esse galho pra gente?
Eu meio que tentei falar não porque eu queria ajudar eles a montarem o time, mas eu acabei aceitando.
O sinal tocou para a troca de aula e eu olhei no horário e vi que a aula era de química. Química é uma bosta mas as palhaçadas que eu fazia com a professora deixavam a aula mais divertida. A professora entrou na sala espalhando o mau humor dela, e eu logo fui chegando mais perto :
-Prof Val-Val - esse era o apelido carinhoso que eu dei para ela porque seu nome era Valeria - que vontade de te abraçar só pra gente sentir nossa química.
Ela me olhou com cara de desprezo e disse:
-Para com essas gracinhas e faz um favor pra mim, vai la no primeiro ano B e pede para o aluno Rodrigo vir falar comigo!
-Mais alguma coisa minha majestade - falei rindo.
- Some daqui, antes que eu te mande pra diretoria fazer gracinha lá.
Fui rindo e seguindo até a sala do primeiro ano que era no andar debaixo,cheguei na porta e bati, depois de uns segundo o professor abriu:
-Licença professor, tem algum Rodrigo nessa sala?
De repente um menino do fundo da sala ergueu a mão de forma tímida e disse:
-Sou eu - ele disse meio encabulado
O professor me olhou com uma cara e perguntou:
- O que aconteceu?
- É que a diretora mandou chamar esse tal de Rodrigo... sei lá, parece que tem alguma coisa a ver com suspensão.- disse eu mentindo, o moleque ficou branco na hora... eu tenho essa mania escrota de mentir pros outros só para assustar mesmo.
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Só nós conhecemos
Teen Fiction"- E se der errado? Quem se importa ? Esse amor é só nosso, só nós sentimos e só nós conhecemos..." Cesar é mais um típico garoto de dezesseis anos vivendo a sua maravilhosa (ou nem tanto) vida de adolescente. Apesar de ser conhecido como o palhaço...