Submissa do desejo [L1] - TRILOGIA SUBMISSA

CAPÍTULO 15

PDV. MELISSA

Eu não tinha entendido muito bem o que Pedro queria com esse jantar, trabalho pra ela à 8 anos sei tudo que se pode saber sobre ele durante todo esse tempo.

Mas logo depois dos primeiros 20 minutos em que Pedro me ameaça com o olhar, me prometendo toda e qualquer coisa suja que se pode imaginar o jantar começo o de verdade.

Pedro pode ser divertido e ao mesmo tempo charmoso sempre com uma bom assunto e sabia se pronunciar bem sem deixar margem pra mal entendidos.

Tirando a personalidade mandona no trabalho Pedro é um piadista nato, me contou como foi bom morar na Espanha por boa parte da sua vida.

Vocês já sentaram em uma rola internacional? A minha veio da Espanha morra de inveja kkkkkkk.

- E você Melissa tem planos futuro?- Pedro tinha me dito seus planos.

De como ele queria crescer um pouco mais a empresa que nunca pensou em ser rico mais ter uma vida confortável e sem preocupação.

Disse que até o ano que vem já queria estar casado e com seu filho a caminho e o melhor de tudo é que eu vou ser futura esposa e mãe de seu filho.

- Eu nunca pensei em casamento - vejo uma pequena linha de expressão na sua testa.

A mesma que aparece quando ele sabe que algo séria muito melhor do seu jeito e que nada nem ninguém deveria ir contra sua decisão.

- Por que não?- tomo um gole do vinho.

- Nunca pensei que precisaria disso, sempre cresci sabendo que posso ser feliz sozinha - ele toma um gole do seu whisky.

- Até o ano que vem tenho tempo pra fazer você mudar de ideia. - ele fala tão convicto que me faz revirar os olhos. - Não revise os olhos pra mim - balanço a cabeça.

Conheço o tom dominante de Pedro sem falar que seus olhos não dão margem nenhuma de erro ou se quer um traço de incerteza.

Quando ele usa esse tom tenho certeza que ele quis dizer o que disse sem meio termo ou brecha pra outra coisa.

- Acha mesmo que pode me fazer mudar de ideia em um ano?- ele balança a cabeça sorrindo.

- Quer apostar?- esse não era o tipo de coisa que eu apostava.

Já fiz muita aposta idiota do tipo "quem pega mais em uma festa" e "dúvida que eu fico com ele".

Agora apostar um casamento vai ser a primeira vez e vamos dizer que eu não estou muito animada.

Todo brasileiro sabe que o nosso maior motivador pra fazer besteira ou sem pensar em muita coisa é o "duvido".

Quando o brasileiro escute isso já vem uma luz vermelha de alerta, essa simples palavra faz a gente fazer qualquer coisa não importa o que seja pode ser a pior coisa da nossa vida.

A gente vai lá e faz...

- Não vou aposta porém vou ter isso em mente - ele balança a cabeça.

Não demora muito e nosso jantar é servido tinha pedido nada mais que um risoto de camarão.

Pedro preferiu um prato que fosse mais semelhante com o da sua terra natal, durante o jantar foram poucas perguntas.

E uma troca de olhar intensa dava pra saber o que ele queria apenas nos seus olhos.

- Me conte sobre a sua família - fecho os olhos e respiro fundo - Está tudo bem?- balanço a cabeça.

- Não tenho muito contatos com eles - ele fica em silêncio. - Minha mãe se casou muitas vezes e todas as vezes ela parecia infeliz - volto a comer ser olhar pra ele.

Não queria que o nosso jantar se tornasse uma sessão no psicológico ou qualquer coisa do tipo.

Faz 8 anos que não vejo meus pais e muito menos menos irmãos e não é por falta de tentativa.

Vamos dizer que minha mãe é uma pessoa rancorosa que só vai ficar feliz quando eu voltar pra casa e implorar pra que ela me aceite de volta.

Posso imaginar como deve ser um pra ela me ver conquistar tudo aqui que ela nunca tentou por medo dos outros ou do desconhecido.

E não sinto raiva ou ódio dela por isso.

- Desculpe tocar nesse assunto - nego com a cabeça.

- Agora que é meu namorado...- levanto a cabeça a tempo de ver ele sorrir. - Meus drama familiares são seus - ele gargalha.

- Me sinto honrado - voltamos a comer em silêncio.

As poucas vezes que conversamos era sobre coisas da nossa infância ou sobre algum desejo que ainda não foi realizado.

Pedro sempre foi muito compreensivo principalmente dentro do trabalho já que nunca me demitiu por todas as vezes que cheguei atrasada.

Não me lembro uma única vez que cheguei na hora e não é por falta de tentativa.

- Pretende morar em São Paulo a vida toda?- nego com a cabeça.

- Quero ter um pouco de paz e ficar longe de todo esse barulho e buzinas - ele sorrir.

- Sei de um sítio na Espanha perfeito pra criar nossos filhos - nego com a cabeça sorrindo.

- Não mesmo - ele sorrir.

- Pelo menos eu tentei...- concordo com ele.

- Vou te dar uma estrelinha pelos esforço - pisco o olho pra ele.

- Quantas estrelas preciso pra casar com você e ter no mínimo quatro filhos?- ele apoia os cotovelos na mesa e o rosto nas mãos.

- Muitas - ele nega sorrindo.

- Tem que me dar números Melissa está sendo muito vaga - ele parece frustrado.

- Não acha que está muito cedo pra pensar em filhos e casamentos?- ele nega.

- Eu não vou ficar mais novo com o passar dos anos e não vou deixar você livre por tempo suficiente pra que um idiota apareça e tente me roubar você - falando assim me sinto a pessoa mais desejada do mundo.

- Até parece que tenho uma fila de homens interessados em mim - nego rindo.

- Todo o maldito restaurante está olhando pra você e tenho certeza que não estão pensando em como seus sapatos ficaram lindos em você....

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Aí que deu até um calor...
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LR