Cap.25 | Cinco, quatro, três, dois e...

2.5K 333 1.2K
                                    

Oi gent kkk Adm tá doido e soltou capítulo hoje.

Domingo tem mais ✨

Me mantive estático após sua saída e, quando minha mente processou a última informação dada, acabei soltando de forma abrupta o ar que eu nem sabia que estava prendendo.

Enquanto meu corpo ficava dormente, comecei a sentir muita tontura, o que me fez recuar à procura de algum lugar para me apoiar, mas acabei trombando em uma cadeira e caí sentado no chão. Agarrei o tecido de minha roupa sobre meu peito – lugar onde eu começava a sentir uma grande dor – que subia e descia diante a respiração descontrolada.

— Yuxian!! — Osamu exclamou quando veio ao meu encontro, se ajoelhou perto de mim e segurou meus braços. — Se acalme!

E-Eu não... consigo... me controlar. — Pronunciei com dificuldade, antes de começar a chorar descontroladamente. — Eu e-estou... morrendo?

— Não, está tudo bem. Confie em mim! É apenas um ataque de pânico. — Ele explica. — Você precisa controlar sua respiração, Yuxian.

N-Não... consigo. — Com muito esforço, minhas mãos agitadas agarraram seu ombro.

— Certo, vamos fazer você se acalmar de outra forma. — Ele pensa por um momento. — Vamos tentar um jeito popular de resolver isso, okay? Olhe em volta e me diga cinco coisas que pode ver.

Segui suas instruções e, mesmo com muito medo de morrer ou acabar enlouquecendo, pronunciei com lentidão e dificuldade, visto que minha visão estava um pouco turva:

Uma cadeira, um cardápio, uma bandeja, alguns copos e você.

— Me diga quatro coisas que pode tocar.

S-Sua camiseta, minha calça, o chão e seu avental.

— Três sons que pode ouvir. — Ele prosseguiu ao perceber que eu estava me acalmando aos poucos.

A sua voz, a minha respiração e os carros passando na rua.

— Dois cheiros que pode sentir.

Do produto de limpeza recém passado nas mesas e o seu perfume.

— Um sabor que pode sentir.

S-Sabor...? — Tentei pensar em algo ao engolir a saliva com lentidão, mas absolutamente nada veio em minha mente, o que voltou a me deixar agitado. — Eu não sei.

— Ei, não volte a se desesperar. Está tudo bem, não precisa responder.

E-Eu não consigo sentir o gosto de nada! Osamu, eu não consi-

Fui interrompido quando o homem se aproximou de repente, selando nossos lábios com força e me deixando sem reação.

Ele se afastou um pouco para que eu retomasse o ar que me faltava, aproveitando tal momento para passar um dos braços ao redor de minha cintura fina, fazendo-me chegar ainda mais perto dele enquanto sua outra mão pousava na curvatura de meu pescoço, me puxando para outro beijo.

Desta vez, ele teve a iniciativa de mover seus lábios em uma velocidade moderada, enquanto eu ainda lutava para conseguir me acalmar. Também não pude deixar de estremecer quando ele deslizou sua língua sobre a minha e a envolveu com sua saliva quente.

O ósculo apenas teve seu fim após longos segundos. Osamu também virou vítima da respiração pesada, entretanto, causada pelo beijo incrível que ele havia me dado. Já eu, havia me recuperado do ataque de pânico, mas também estava sem ar pelo mesmo motivo que ele.

What  is   my  taste? • [Osamu]Onde histórias criam vida. Descubra agora