31 - Final.

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O fim?
Onde não havia mais espaço para a dor.
Nosso pequeno para sempre,
Nosso infinito de palavras,
E eu ainda sou refém de cada milímetro de seu olhar,
Por onde começar?
Em uma madrugada de nuvens malucas,
Eu salvei um rapaz.
Um estranho coração batia dentro de meu corpo,
Essa é história de como ganhei o coração da Morte.
Não há um fim para os eternos...


Alguns anos depois.


— GRÁVIDA JI HUN? PELO AMOR DE DEUS MENINA VOCÊ TEM DEZESSETE ANOS! — Namjoon surtava enquanto sua melhor amiga analizava o ainda pequeno, porém já visível volume de sua barriga. Por um momento o coração do destino amoleceu com a cena.

— Ele disse que não vai assumir.— Não havia tristeza em seu tom de voz, talvez decepção. — O que faço agora Nam? Tem um bebê na minha barriga.

— Eu vou matar aquele pirralhinho. — Rosnou a entidade. — Quem ele pensa que é, céus Ji Hun, você tinha que gostar logo de um canalha?

— Eu não quero nem ver o que Jungkook vai fazer com aquele moleque. — Jin disse já prevendo o surto da Morte. — Porém, pense nisso como um livramento, tenho certeza que você pode encontrar alguém que vai amar à você e seu bebê. — Fez um breve carinho nos cabelos loiros da garota.

— Mas eu... eu gosto dele, ele me disse que depois que o bebê nascer nós podemos ir embora, talvez mamãe possa cuidar dele. — Namjoon arregalou mais os olhos, agora andando em círculos.

— Menina você não tem juízo? Se esse mimado gostasse mesmo de você não se importaria em assumir um filho, não dê à ele o máximo de si mesma, pessoas assim não merecem seu amor. — Explicou tentando manter a calma.

— Minhas roupas não estão mais servindo, fui ao médico e ele disse que eu já estou entrando no quinto mês... será que vocês não podem ir comigo comprar alguns vestidos? — Nam e Jin se entreolharam, antes de abraçar a garota, sabiam que apesar da situação, era o que ela mais precisava naquele momento.

— Vamos, eu vou comprar um vestido bem bonito pra você, não importa quantos anos ou filhos tenha, pra mim você vai ser sempre aquela garotinha encapetada que raspou as sobrancelhas do Yoongi. — Os três riram.

...

— Essa placa ainda tá torta! — Taemin guiava Jungkook em sua missão, ajustar a placa da boate que dizia que estavam contratando pessoas para cantar à noite. O lugar fazia um tremendo sucesso todas as noites.

— Puta merda, por que não vem aqui arrumar então? — O Jeon já grunia sem paciência, era no mínimo a quinta vez que fazia aquilo.

— Ora, você sabe que eu tenho medo de altura! Não é todo mundo que consegue flutuar no ar não garoto! — A Morte o lançou um olhar amedrontador e o ceifador entedeu que era hora de sair dali.

— Sinceramente, esses ceifadores, estou criando preguiçosos isso sim... — Resmungava terminando de arrumar a placa, o mesmo desceu das escadas com cautela, não poderia simplesmente sair voando às três da tarde com a rua cheia de humanos. — Esse panaca... a placa está perfeitamente alinhada!

— Posso saber o que você tanto resmunga? — A voz de Jimin preencheu os ouvidos de Jungkook que abriu um enorme sorriso, o mesmo se virou o abraçou forte levantando facilmente o pequeno corpo, ambos não se viam a quase cinco meses, quando Park decidiu que precisava concluir seu treinamento, visto que seus dons estavam fora de controle.

— Céus, como você está bonito... tão, tão lindo. — Encheu as bochechas e a boca do menor de beijos, pequenas gotículas de choro estavam entre os dois, a conexão era tão intensa que sempre foi fácil demais se emocionar. — Você está bem? Já comeu? Se quiser podemos almoçar juntos. — Era incrível como mesmo depois de tanto tempo, Jungkook ainda ficava tímido diante de algumas situações, aquilo o tornava ainda mais adorável.

o coração da morte. jjk+pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora