Capitulo 7

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Anahi: Poncho... Podemos conversar? — Pediu, com a voz embargada.

Alfonso: Me chame de Alfonso, por favor. — Disse, após se recuperar do leve susto ao vê-la ali. — Não temos nada do que conversar.

Anahi: Pon... Alfonso. — Se corrigiu, sentindo as lágrimas teimarem em sair. — Por favor, me escute, eu nunca quis que você me odiasse e... — Ele à interrompeu.

Alfonso: O problema, Anahi, não é que eu te odeie. Sim, eu te odiei, odiei quando vi o que eu vi, quando você me deixou, mas passou. Hoje eu não sinto mais nada. Olho pra você e só sinto indiferença. Você não é mais nada pra mim, assim como eu não fui nada pra você além de um passatempo. — Desabafou. Ele estava com aquilo preso na garganta há muito tempo, mas nunca achou que teria a oportunidade de realmente falar.

Joseph: Anahi. — A chamou, aparecendo atrás dos dois de repente, a assustando. — Vamos embora.

Anahi: Querido, eu estava... — Interrompida, de novo.

Joseph: Alfonso, foi um prazer de conhecer. Vamos embora, agora. — O olhar dele a fez estremecer, acompanhando-o até a saída. Alfonso, que não fazia contato visual, chegou a estranhar o tom de voz dele, mas nada disse. Não se meteria em casamento alheio, principalmente naquele.

Anahi: Joseph, olhe pra mim, sim? — Tentou. — Eu não fiz nada! — Ele se virou.

Joseph: Em casa conversamos. — Abriu a porta do carro, já estacionado a espera deles. O caminho de volta foi feito novamente em silêncio. Ao chegar, Anahi sabia o que a esperava e foi direto até seu quarto, tomou um banho e se trocou, logo voltando até a sala, onde ele estava.

(ALERTA GATILHO)

Anahi: Estou aqui. — Disse, e em um instante o sentiu agarrar seu braço.

Joseph: O que estava fazendo com Alfonso? — Seu tom de voz era baixo, porém ameaçador.

Anahi: Está me machucando. — Sentiu ele apertar a mão ainda mais.

Joseph: Diga. Por que ele estava te falando aquelas coisas? Vocês se conhecem? — Os olhos deste já estavam vermelhos.

Anahi: Ele foi meu namorado, há muito tempo, antes de você chegar. — A dor em seu braço parou, assim que ele a soltou. — Não tem mais nada entre a gente.

Joseph: Não tem, e nem terá. Você é minha esposa, entendeu? — Ela assentiu, e ele chegou mais perto. — Bom, de qualquer jeito, acho sempre bom te lembrar. — A beijou, agressivo, e chegou a machucar seu lábio, mas ela nada disse. Sentiu as mãos dele sobre seu corpo, passando por sua bunda, cintura, chegando até seus seios e os apertando, levando os dedos até a barra de seu pijama, e foi quando ela o parou.

Anahi: Não, Joe, eu não quero. — Negou, tentando se afastar.

Joseph: Quer sim, amor, vou te mostrar o quanto você quer. — Ele subiu o pijama dela, que agora estava apenas de calcinha. — Nunca me canso do seu corpo. Uma pena que tirou aquele vestido. — Ele a beijou, agora invadindo a única peça que ela vestia, esfregando o dedo em seu clitóris para excitá-la, e a levando no colo até o sofá.

Anahi não reagia. Sabia que se tentasse evitá-lo seria pior, afinal, aquilo só acontecia dessa maneira. Ela já não sabia mais o que era fazer amor, ela só conhecia a dor, mas também já não se importava. Sempre se sentia mal após acabar, e dessa vez não foi diferente. Ela subiu, tomou outro banho que, como sempre, era em água quente e esfregando sua pele o mais forte que conseguia, na tentativa de se sentir melhor, mais limpa. Se deitou em sua cama, encolhidinha no meio do cobertor, e finalmente deixou que as lágrimas saíssem. Se perguntou até quando continuaria sendo fraca. Ela e Joseph não dormiam no mesmo quarto, não depois de ser estuprada pela primeira vez. No começo do casamento, Anahi tentou fazer sexo com ele por vontade própria, mas seu corpo não reagia, ela não sentia prazer, nunca sequer teve um orgasmo com ele. Depois de alguns minutos, e alguns calmantes, ela pegou no sono.

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