Onze

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Amanda

Eu estava me sentindo radiante, a conversa no dia anterior tinha ido muito bem, melhor do que eu poderia imaginar que seria. Já tinha voltado para casa e agora estava perdida em meus próprios pensamentos, de novo, não sabia exatamente como seriam as coisas agora, eu não tinha um plano. Alguma coisa fazia com que aquela situação parecesse muito mais intensa do que realmente era, e eu sabia disso, só não sabia o que. 

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Pensei umas quinze vezes antes de enviar a bendita foto, entrei na galeria, cliquei em compartilhar e "enviar para Maria Luiza" escrevendo uma mensagem logo abaixo

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Pensei umas quinze vezes antes de enviar a bendita foto, entrei na galeria, cliquei em compartilhar e "enviar para Maria Luiza" escrevendo uma mensagem logo abaixo. Soltei o ar que nem sabia estar segurando e agradeci mentalmente a Fernanda pela gentileza, mais uma vez.

Após alguns minutos de conversa com a Maria Luiza, que havia adorado a foto, por sinal, recebi uma mensagem da minha mãe, dizendo que eu precisaria ir até lá em um jantar que aconteceria com a família do meu padrasto. Nem fodendo. Óbvio que eu odiei a ideia logo de cara, estar com eles era uma constante lembrança de que eu não fazia parte daquela família. Mas eu sabia que tinha que ir, não me restava opções quando se tratava da minha mãe. Aprendi, depois de muito lutar contra, que o melhor era sempre relevar, eu já era grandinha demais para me rebelar, então fazia tudo de bom grado, por mais que não quisesse.

 Aprendi, depois de muito lutar contra, que o melhor era sempre relevar, eu já era grandinha demais para me rebelar, então fazia tudo de bom grado, por mais que não quisesse

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Eu queria estourar, mandar a minha própria mãe para lugares que eu sabia que ia me arrepender depois

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Eu queria estourar, mandar a minha própria mãe para lugares que eu sabia que ia me arrepender depois. Mas eu também sabia que a culpa de tudo aquilo era minha, eu nunca apresentava ninguém para a família porque tinha medo, era difícil demais confiar nas pessoas a ponto de deixar elas acessarem uma parte que eu mesma queria poder excluir, então óbvio que estar sempre sozinha era mais fácil do que namorar alguém e acabar frustrando todo mundo. Tinha sido assim desde que eu tinha deixado a Eloisa entrar, nosso relacionamento fracassado havia me tirado todas as esperanças de ter alguma relação normal na vida. Eu tinha noção de que éramos muito novas e que ela provavelmente tinha aprendido a ser uma pessoa que sabe se relacionar com outras, mas eu não tinha certeza se eu saberia fazer isso e ter que descobrir me parecia doloroso demais. 

Entendi que precisaria pensar em alguém para ser a minha namorada por uma noite, mas ninguém além da Camila me veio a cabeça, ela estava sendo a minha amiga mais próxima naquele momento. Porém, como se as coisas não pudessem ser piores, lembrei que ela iria viajar a semana toda, afinal, estava de férias da faculdade e quando as pessoas fazem coisas importantes elas gostam de descansar no final do ano. Coisa que eu não saberia dizer porque nunca fazia nada relevante e sempre estava de "férias".

Me vi sem saída, eu não era tão disputada do jeito que a minha mãe pensava queera. Eu nunca me envolvia com ninguém profundamente, e menos ainda com maisde uma pessoa por vez, gostava de ser cem por cento com todo mundo, dar meumelhor sempre, mesmo quando eu sabia que iria durar semanas ou até dias. Já que tínhamos tão pouco tempo, por que não fazer daquele o melhor momento pras duas? Eu não conhecia mais ninguém que toparia encarar a minha mãe, meus amigos diziam que ela dava pesadelos, a fama da minha mãe fazia jus a ela. O jantar seria dali aquatro dias e eu estava sem opções, foi quando pensei em uma última alternativa, a pior de todas e provavelmente uma que não daria certo, mas não custava tentar. 

Amanda e Maria LuizaOnde histórias criam vida. Descubra agora