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Se quero vingar o meu pai é para Itália que devo ir. Vou eliminar os Morelli um por um até não restar mais ninguém capaz de desafiar um Bugorski.

Assim que confirmo o que eu já imaginava, começo os preparativos para viagem, eu irei para a Itália. Nem que seja a última coisa que eu faça. Alguns dias depois vou até a casa dos meus pais para conversar com meu pai sobre a viagem.

Quem abre a porta para mim é a Julie, a cumprimento e entro.

- Onde está minha mãe, Julie? - pergunto a ela quando já estou dentro do recinto.

- Ela está com seu pai no quarto deles, Viktor.

Aceno com a cabeça para ela, Julie é uma das únicas funcionárias a me chamar pelo primeiro nome, me criou desde que eu nasci junto com a minha mãe e a minha avó.

- E a minha vó, onde está?

- Essa está com a sua irmã no jardim.

- Certo, obrigado. Irei até lá, e quando meus pais terminarem diga que eu quero vê-lo.

Caminho até o fundo da casa, onde fica o jardim.

- Olá Sophie, e Oi Sasha. Como vocês estão?

Puxo uma cadeira e me sento de frente para elas.

- Bem meu neto. Eu estava aqui dizendo a Sasha os benefícios de tomar sol por 20 minutos ao dia.

Olha desconfiado para ela e digo:
- tem certeza de que era isso?

- O que mais seria Victor? - pergunta Sasha - acha que eu estou escondendo alguma coisa?

- De verdade irmãzinha, acho. E vou descobrir o que é.

- Pois então vá em frente, eu não tô escondendo nada. Só estava me dizendo que eu preciso tomar sol alguns minutos ao dia. Você não tem mais ninguém para torturar?

- Tenho, - respondo a ela ironicamente - inclusive, eu vim até aqui por causa de uma tortura.

- E o Yan onde está? - minha avó pergunta.

- Não sei. Provavelmente está com a nossa prima, é o que ele mais gosta de fazer mesmo.

- Não fala assim, Viktor, por favor, - Sophie pede calmamente.

- Como quiser. Agora, me diz Sasha e as suas aulas de piano?

- Vão indo bem, os professores dizem que eu tenho talento e que eu deveria investir, mas papai não deixa.

- E ele está certo em não deixar - digo, minha avó rapidamente olha nos meus olhos e em seguida desvia, ela ainda não consegue se acostumar com algumas coisas, mesmo depois de tanto tempo morando dentro da casa de um mafioso.

- Eu não concordo, eu não quero essa vida para mim, eu só quero tocar o meu piano e ser ouvida pelo mundo todo, ao invés de só pela minha família.

- Você anda tendo ideias demais, acho que está na hora do Ivan encontrar um marido para você, talvez assim você desista dessas ideias absurdas.

- Não se atreva a sugerir isso para ele ou... ou...

- Ou o que irmãzinha? - dou um meio sorriso para ela e me levanto. - A prova de que vocês estavam fazendo alguma coisa de errado é esta. Não deixe o meu pai descobrir, se é que ele já não sabe e tá testando vocês.

Caminho para longe do Jardim escuto ela conversando alguma coisa baixo com a minha avó. Ela está escondendo alguma coisa e eu vou descobrir.

Já que os meus pais estão transando no andar de cima, vou para a sessão de treinamento e descarregou minha Glock no alvo.

Fruto Proibido Onde histórias criam vida. Descubra agora