Vejo Viktor adentrar nosso quarto, vestido somente com uma calça e automaticamente deduzo que estava na academia que está na parte traseira da casa, tento não prestar atenção no seu físico, mas sim no que está em suas mãos, uma caixa pequena com um embrulho qualquer.
Me sento na cama e espero suas ordens, pelas minhas contas estamos nesse lugar há pelo menos uma semana. Ele não me fala quando vamos embora ou se vamos continuar por aqui. Odeio não saber o que ele pensa.
Mas ainda assim, tento não contestá-lo, Viktor pode ser bem perigoso em alguns momentos e não quero estar perto quando sua personalidade mudar.
Colocando meus pés no carpete marrom eu começo a me movimentar pelo quarto, rapidamente passo o olho pelo relógio digital e vejo que ainda não estamos no horário de servir o almoço, então, posso respirar aliviada por ele não ter vindo gritar comigo.
Olho para ele, sem saber o que ele pode querer, ele percorre os olhos pelo meu corpo e se detém em meu ventre, focando no nosso bebê que se desenvolve tranquilamente.
Vejo um sorriso de satisfação aparecer em seu rosto e o xingo mentalmente. Eu o odeio.
Odeio que ele seja dessa forma, tão prepotente! Deixando seu sorriso de lado, ela me olha outra vez.
— Tenho um presente para você, pequena traidora. — sua voz rouca faz meu corpo estremecer.Viktor vem até mim e, me entrega o embrulho. Decido me sentar e caminho até a poltrona, com cuidado, desembrulho o pacote.
Não consigo disfarçar a surpresa quando vejo do que se trata, um celular. Eu já tive um desses antes, mas nunca um tão moderno.
— Quero ter um meio rápido de comunicação com você.
— Obrigada. — digo quase num sussurro.Não percebo quando ele se aproxima de mim, seus olhos negros me estudam e faço tudo o que posso para não focar em seu corpo nu.
— Adicionei o número da governanta. Quando quiser, basta ligar para ela.
Aceno positivamente.
Seu corpo fica ainda mais perto do meu quando sem nenhum esforço, ele me tira do assento e me alinha ao seu colo ao tomar meu lugar.— Não gosto de gestos. Fale.
— Agradeço, Viktor. — engulo em seco com medo de suas personalidades.
— Não há de quê, querida.
O contato me faz transpirar, nos últimos dias tive tempo de reparar no quanto Viktor tem um físico forte. Com os músculos e barriga bem definidos, poderia facilmente ter sido um modelo, no entanto, escolheu o crime.Meu Deus! Como posso deixar o meu filho crescer em um mundo assim?
— O que aconteceu Ella? — ele diz enquanto enrola uma mecha doeu cabelo em seus dedos.
— Na... nada.
— Você é uma mentirosa.
— Por que me deu isso? — gesticulo com o celular na mão. — Você também é um mentiroso Viktor! — grito com ele.— Para te controlar. Que bom que percebeu isto, assim me poupa tempo e esforço.
Ele continua enrolando meu cabelo enquanto fala, para ele, qualquer assunto que envolva a mim é banal.
— Você é um monstro.— Ah, querida, você ainda não viu nada. — Sua mão solta o meu cabelo e vai direto até meu pescoço, tento não me desesperar com a sua marca registrada. — Não me teste, Ella.
Não sou conhecido pela paciência.— Me machucaria? Mesmo estando grávida?
— Não use-o. — sua mão me liberta e automaticamente começo a massagear a área. — Se eu souber que não o machucarei, vou adorar te punir.
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Fruto Proibido
RomanceQuando eu era uma crianca ouvia histórias de uma mulher que tentou matar o meu pai, minha mãe a contava com um brilho de raiva no olhar. Agora, descobri que os Morelli, italianos, tentaram acabar com os Bugorski. Agora vão perder as vidas. Viajei pa...