Quinze - Parte 2

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Ainda não consigo processar a imagem de Viktor quando acordo. Ele está aqui, vestido todo de preto e me observando. Olho para ele em choque. Ele não mudou nada, exceto pelo cabelo mais curto que o normal.

Não posso acreditar que ele me encontrou. E agora não posso contar com minha família, como eles me avisaram antes de eu sair de casa. Minha vida voltou a estar em suas mãos e agora, preciso pensar também no bebê.

O bebê. Nunca pensei que teria que me preocupar com o bebê na vida de Viktor. Mas agora, a possibilidade de ele souber do bebê me assusta. Preciso pensar bem como lidarei com a situação.

Ele continua deitado na cama enquanto me sento na beirada da mesma.

Decido quebrar o silêncio que se estendeu.

- Pretende me levar de volta para o seu país?
- Obviamente que sim, mas antes vamos passar em um local.
- Viktor... - tento me manter calma - Você não pode sequestrar uma pessoa só porque a deseja.
- E quem disse que não?
- Não é saudável. Viktor tentar me roubar não é a forma saudável de me ter. - seu rosto não demonstra nenhuma preocupação com o que digo, ele continua me encarando de maneira séria.
- E o que me sugere, Ella? Que eu te deixe aqui ou melhor, que eu te corteje?

A ideia é idiota, mas faz eu me imaginar sendo cortejada por ele. Como seria tê-lo me levando para um cinema e me beijando em um carro.

- Não seja idiota, Ella. Você sabe que no nosso mundo não existe isso. Você devia agradecer de joelhos por não estar te tratando como a traidora que é.

Meu choro reinicia, não posso acreditar que isso está acontecendo outra vez. Meu peito sobe e desce de maneira irregular, e vejo quando ele se levanta e vem até mim outra vez.
- Guarde essas lágrimas, você ainda vai enfrentar coisas muito piores.

Seus olhos negros me examinam, e suas mãos passeiam pelo meu rosto, limpando as lágrimas, a outra passeia pelo meu cabelo e sinto quando ele agarra o meu couro cabeludo.
- Ai! Viktor!
- Você vai me pagar Ella. - ele sibila no meu ouvido.

Seus olhos estão cheios de fúria. Nunca pensei que ele fosse tão obsessivo a este ponto. Ele continua agarrando o meu cabelo mas afrouxa o aperto. Seus olhos percorrem o meu rosto, e vejo quando ele se detém nos meus lábios.

- Eu deveria estar te torturando, deveria te dar uma lição para aprender a me respeitar, mas tudo o que desejo agora é te fuder.
- Mas eu não quero. - apesar do desejo pelo corpo viril de Viktor está aqui, temo pelo bebê.
- Vamos ver até quando.

Sua boca pressionou contra a minha e seus lábios encontram os meus que se abrem imediatamente permitindo que sua língua passeie pela minha boca, sinto quando ele morde o meu lábio inferior e solto um gemido ao sentir a sensação. O idiota ri sabendo do efeito que tem sobre mim. Minha vagina começa a latejar aflorando o desejo reprimido a meses e passo a mão por seus cabelos curtos.
- Tão, mas tão rápido. - ele zomba de mim e retiro minha mão de seu corpo.

- Não pare, Ella. Não me prive disso.

Ele volta a me beijar, passeando pela minha boca e a tomando do jeito que deseja. Nossas línguas duelam em um ritmo lento e calmo. Ele está se controlando.

Meu corpo é empurrado para trás e me recosto na cama, ele fica em pé e sobe na cama sob mim.

- Que saudade eu estava de você, Ella.
Uma de suas mãos adentra o meu pijama e segura o meu seio esquerdo, posso sentir o seu membro duro por debaixo da calça, posso senti-lo na minha coxa.

Sua boca desce para o meu pescoço e todo o meu corpo se arrepia com a sensação. Meus seios já estão rígidos e todo o meu corpo anseia por ele.

Ele se levanta e começa a retirar a sua roupa, mostrando o seu físico bem delineado para mim. Seu pênis salta assim que é libertado e ele se volta para mim, me ajudando a retirar minhas roupas. Sua mão desce até minha intimidade, e começo a massagear meu clitóris. Um de seus dedos entrou em mim sem preliminares e não pude evitar um gritinho.
- Sentiu minha falta, Ella?
Ele continha movimentando seu dedo dentro de mim enquanto massageia meu clitóris, não demora muito até eu estar me contorcendo de prazer. Há muito tempo eu não gozava e a sensação maravilhosa se alastrou por todo o meu corpo novamente.

- Diga, Ella. - ele aperta meu pescoço e o gesto faz eu me excitar ainda mais - Sentiu minha falta?
- Sim, Viktor. Senti. Todos os dias até hoje.
- E por que fugiu?
- Tinha planos e você os tirou de mim. - sou sincera com ele, eu poderia ter desenvolvido sentimentos por Viktor mesmo sem ele me arrastar drogada para o seu país.
- Veja só querida, quando eu acabar de foder com você, é o que vamos fazer. Vou tirar todos os seus planos de você e vou fazer você viver por mim.

Seu dedo sai de dentro de mim para dar lugar a algo muito maior, seu membro, que desliza facilmente pelos meus fluídos até se alojar completamente em mim.

Lentamente, ele começa a se mover dentro de mim, voltando a me beijar seus quadris começaram a se movimentar com maior força. A sensação de que Viktor estava dentro de mim não saia dos meus pensamentos, eu estava sendo possuída por ele. Seus movimentos se tornam cada vez mais rápidos e a pressão se aloja em mim outra vez. Gozo mais uma vez em seu membro e a minha libertação causa a dele que numa última investida jorra sua semente dentro de mim. Ele urra de prazer e se joga sobre mim.

Agora não adianta me preocupar, já estou grávida mesmo.

- Me deixa ficar. - digo enquanto ele se recupera. - Por favor, eu faço o que você quiser, mas não me leve a força para aquele lugar.

- Não há nada que me impedirá de te levar embora deste lugar. Você é minha, querida. Desde o dia que te vi fugindo de casa, você é minha. Esse desejo primitivo que sinto por você não é comum a todos e é por isso que não posso perder. Você vem comigo. Você pode escolher da maneira mais fácil, em que você vem por livre e espontânea vontade ou da maneira difícil, em que eu te sequestro outra vez.

Engulo em seco ao ouvir suas palavras. Estou perdida.
- Entendeu, Ella?
Balanço a cabeça em afirmação.

Ele sai de cima de mim e caminha em direção ao banheiro, escuto o chuveiro sendo ligado e acabo adormecendo enquanto espero Viktor voltar. Minutos mais tarde, minha cama afunda e ele se alinha a mim, colocando o braço sobre mim, numa forma de garantir que eu não escaparei.

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