Utopic life

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EVE BASTEN POV

Estava no corredor da UTI quando recebi uma mensagem de texto enviada por Chaz para avisar que ele já tinha feito o que eu havia pedido à ele, o que significava que as câmeras de vigilância do hospital já tinham sido hackeadas e eu podia dar início à missão de transferência de Willa daquele lugar.

Voltei a guardar o celular no bolso traseiro de minha calça jeans antes de olhar ao meu redor para analisar o local praticamente sem movimentação graças à madrugada e ao horário de troca de turnos dos profissionais, avistei a enfermeira que me ajudaria naquela etapa próxima à porta dupla e gesticulei com a cabeça para avisar que estava na hora, então segui em direção ao quarto onde Willa estava.

Não foi difícil encontrar um funcionário do hospital disposto a me ajudar com aquela transferência sigilosa em troca de uma boa quantia em dinheiro, eu estava oferecendo mais do que eles conseguiriam ganhar em um ano inteiro de salário e aquilo era a prova de que existia pessoas mercenárias em qualquer profissão, sem exceções.

Willa estava dormindo por causa dos medicamentos presentes em seu organismo, a enfermeira ruiva retirou do suporte a pequena bolsa de medicamento líquido que chegava em sua veia através do equipo e então começou a desconectar os fios de seu corpo para que conseguíssemos transportá-la. Quando nada mais impedia a locomoção, a enfermeira começou a empurrar sua maca móvel para fora do quarto e eu caminhava na frente para checar se a área estava livre e abrir as portas.

Nós tivemos que sair pelos fundos do hospital para não sermos notadas, a enfermeira foi útil por conhecer como a palma de sua mão todos os caminhos alternativos do prédio para garantir que conseguiríamos fazer um trajeto mais furtivo, mas por via das dúvidas nós andávamos com toda a tranquilidade do mundo para não levantar suspeitas. Quando chegamos ao pátio de estacionamento restrito do hospital, Collins já estava nos esperando próximo à ambulância que usaríamos para a transferência.

— Eu juro que não sei por que ainda faço isso por vocês. — o médico resmungou ao notar nossa presença.

— No fundo você gosta dessa adrenalina, admita. — brinquei ao erguer a sobrancelha.

— Não quando é às duas e meia da madrugada. — Collins rebateu, fazendo com que eu emitisse uma risada nasalada antes de concordar com a cabeça.

Voltei então a minha atenção para a enfermeira que havia me ajudado, pegando o paco de dinheiro que estava no bolso da minha calça e estendendo a mão para entregar à ela.

— Não se esqueça de que você não sabe de nada do que rolou aqui. — relembrei quando ela segurou o dinheiro e a mesma assentiu rapidamente, entregando a bolsa com o medicamento que estava sendo injetado em Willa para Collins antes de voltar para dentro do hospital. — Collins, coloque a Willa na ambulância e veja o que ela irá precisar durante o caminho enquanto eu me livro do rastreador dessa ambulância.

O médico concordou com a cabeça antes de ir fazer o que eu havia pedido e então eu segui em direção à parte da frente da ambulância, pegando o canivete guardado em meu tênis antes de me deitar sobre o chão e me arrastar para baixo do veículo. Precisei iluminar a estrutura de aço que servia como a base do veículo com a lanterna do meu celular para conseguir enxergar, a analisei com os olhos até que avistasse o rastreador.

Em uma mão eu segurava o celular para iluminar o que eu estava fazendo enquanto com a outra mão eu usava a parte pontiaguda do canivete para conseguir soltar o rastreador. Quando consegui, eu deixei que ele caísse no chão e então saí de baixo do veículo, me pondo de pé novamente e espalmando as mãos em minha roupa para limpá-la antes de voltar a guardar o canivete em meu tênis.

The Target 2Onde histórias criam vida. Descubra agora