Making enemies

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JUSTIN BIEBER POV

Eu segurava o beck entre o meu dedo médio e o dedo indicador quando o levei até minha boca, colocando a piteira entre meus lábios antes de tragá-lo enquanto meu olhar estava direcionado à praia no horizonte, a qual eu observava com tranquilidade. Eu estava fumando muito menos maconha do que o habitual, e eu sabia muito bem o porquê de ter diminuído aquilo; eu não estava precisando recorrer à ela para relaxar nas últimas semanas.

Já tinham se passado mais de dois meses desde que chegamos em Hamptons, e não coincidentemente estavam sendo os meses mais tranquilos que eu já tive em muito tempo. Era óbvio que eu ainda mantinha minhas preocupações sobre como as coisas em Atlanta estavam e ainda dedicava parte do meu tempo a tentar resolver os meus negócios mesmo que de longe, porém aquilo nem se comparava a estar vivendo no meio do caos.

Era estranho me sentir daquela forma, eu sequer conseguia me lembrar de qual tinha sido a última vez em que eu não estive no meio dos meus malditos problemas. Eu sabia que aquilo não estava sendo por mim, se dependesse apenas de mim eu nunca sequer teria cogitado me ausentar de Atlanta em um momento como aquele, mas agora eu tinha mais pessoas para me preocupar além de mim mesmo. Agora eu tinha família e eu não poderia deixá-los no meio daquilo.

Fui trazido de volta de meus devaneios quando o som familiar dos balbucios de Jake ecoaram em meus tímpanos, virei minha cabeça para a origem do som e pude enxergar Eve atravessar a porta da mansão que dava acesso à área de lazer enquanto carregava nosso filho em seu colo.

Jake já estava maior em comparação a como ele era quando nós chegamos ali. Ele agora era um bebê que já conseguia ficar sentado e também parecia compreender melhor o que nós falávamos, o que fazia a Eve me repreender constantemente quando eu falava alguma merda na frente dele porque ele sempre balbuciava como se tentasse repetir o que ouviu.

Quando os dois começaram a se aproximar de mim, eu puxei uma última tragada de meu beck antes de jogá-lo no chão, pisando em cima para apagá-lo de vez. Meus olhos críticos examinaram o Jake para avaliar a roupa que ele estava vestindo, uma bermuda estampada que combinava com o bucket que ele tinha em sua cabeça para se proteger do sol, além da regata branca. Estreitei meus olhos em direção à mãe dele.

— Estamos prontos. — Eve anunciou de maneira entusiasmada ao balançar o Jake em seu colo, que abriu o seu sorriso ainda banguela.

— Por que o meu filho está parecendo a porra de um playboy da Califórnia? — impliquei ao terminar de checar a roupa que ela havia vestido nele, vendo-a revirar seus olhos.

— Queria que eu o vestisse como um criminoso de Atlanta? — ela zombou e então o canto de meus lábios se curvaram em um sutil sorriso fechado.

— Você sabe o que dizem, o fruto nunca cai longe da árvore. — encolhi meus ombros.

— Eu espero que esse fruto aqui contrarie essas estatísticas. — rebateu, fazendo com que eu emitisse uma risada nasalada. Jake estava agitado quando ela precisou ajeitá-lo em seus braços, mas ele logo ergueu seus curtos braços em minha direção ao mesmo tempo em que resmungou e então eu o peguei no colo. — Sabe, eu falei com Chaz em ligação há uns minutos atrás... — ela introduziu o assunto, chamando minha atenção de volta para ela.

— E por que você está com essa cara? — questionei após observar a forma como ela inconscientemente franziu o cenho de maneira suave ao tocar naquele assunto, como se estivesse preocupada com algo. — Normalmente você fica toda felizinha depois de falar com ele. — ela reparou no tom de implicância e revirou os olhos para mim novamente.

— Ele estava estranho dessa vez. — contou. — Eu não sei, tinha alguma coisa errada no tom de voz dele...

— Ele te disse alguma coisa?

The Target 2Onde histórias criam vida. Descubra agora