06
JUSTIN BIEBER POVJá era quase fim de madrugada quando voltei da boate junto com Tracy e ainda sentia o efeito de toda aquela maconha que eu havia fumado durante a noite junto com Ivy enquanto estávamos juntos no escritório que ainda estava sob minha posse naquela boate. Como eu já esperava, aquela mulher conseguiu mesmo esvaziar minha mente de todos aqueles problemas apenas com maconha e sexo, eu podia até arriscar dizer que me mantinha calmo ainda, conseguindo manter longe de mim todos aqueles pensamentos que estavam tirando meu sono nos últimos dias.
— Pode ir subindo, eu ainda preciso ir até o meu escritório para pegar o meu celular que deixei por lá. — gesticulei para o corredor quando nós passamos pela porta de entrada e Tracy apenas concordou com a cabeça.
— Boa noite. — ela disse serena e beijou meu rosto antes de se virar em direção à escada.
Fui em passos largos até meu escritório, estava com um pouco de pressa para buscar logo o celular e ir direto para meu quarto tirar um cochilo porque já eram umas cinco horas da manhã e eu teria poucas horas de sono pela frente já que tinha marcado alguns compromissos de trabalho logo cedo e precisava estar de pé para cuidar deles.
Franzi o cenho em estranheza assim que entrei no cômodo e comecei a escutar um barulho de fungadas e soluços ocasionados por um choro feminino, fechei a porta devagar enquanto ainda tentava entender o que estava acontecendo já que eu ouvia aqueles ruídos mas não estava vendo ninguém ali dentro. Caminhei com cuidado em direção à minha mesa e o barulho ficou ainda mais audível então contornei o móvel, erguendo as sobrancelhas em surpresa ao me deparar com Willa embaixo da mesa. Ela chorava e uma de suas mãos abraçava suas pernas dobradas enquanto a outra segurava uma das minhas garrafas de uísque que eu deixava guardada no minibar do escritório.
— Willa? — disse surpreso e confuso por me deparar com ela ali naquele estado.
— Minha cabeça está entrando em pane, Justin. — choramingou entre suas lágrimas.
— É, estou vendo isso. — murmurei e respirei fundo. — Por que você não sai daí de baixo para podermos conversar sem que eu fique com torcicolo depois?
Ela ainda chorava quando levou a garrafa de uísque até sua boca e bebeu no gargalo alguns goles da bebida alcóolica, limpando depois com o dorso da mão seus lábios que acabaram ficando molhados com sua ação anterior. Willa se arrastou para conseguir se levantar do chão, fazendo um rápido exercício de respiração para conseguir pausar o seu choro por um momento.
Suas bochechas estavam molhadas por todas as lágrimas que ela havia derramado, seus olhos estavam inchados e avermelhados assim como a ponta do seu nariz. Ela carregava uma expressão perdida e abalada, era estranho vê-la daquela forma porque eu podia até contar nos dedos de uma única mão quantas vezes tinha visto a Willa vulnerável como estava agora.
— O que rolou para te deixar assim? — perguntei.
— Eu fui vê-la essa noite. — disse baixo e largou a garrafa quase vazia em cima da minha mesa, demorei alguns segundos para entender sobre o que ela estava falando e suspirei assim que entendi do que se tratava.
— Você o quê? — arqueei uma sobrancelha, tentando esconder o tom de crítica em minha voz. — Por que foi até ela?
— Eu não sei, tudo bem? — falou já na defensiva. — Eu só sei que estava puta da vida quando saí daqui mais cedo, parei para tomar algumas doses de bebida na rua e quando me dei conta já estava dirigindo até lá. Eu estava com muita raiva por ter discutido com o Ryan hoje e meio angustiada por ver você se arriscando tanto como se fosse a porra de um imortal então achei que não teria problema eu ir até lá para descontar tudo aquilo nela mas... Mas não esperava que eu fosse me sentir tão mal assim depois. — e ela voltou a chorar, eu já não sabia mais se ela estava chorando por causa dos seus sentimentos reais ou se era só porque ela estava meio bêbada.
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The Target 2
FanficO mundo dá voltas. Quem antes colocava alguém em sua mira, se tornou a mira de alguém. Após a sua fuga, Eve começou a sentir em sua pele como era estar do outro lado da moeda, no lado do alvo. Vivendo como uma fugitiva, ela não contava que o mundo...