Primeiras vezes

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-Jermaine? O que está fazendo aqui em cima?

Ouço a voz do Michael na porta.

-Ué, se não é você que está lá dentro... ahhh, meu irmãozinho está acompanhado, é? Quem é ela? É alguém da festa?

-Não é da sua conta... quer alguma coisa?

Michael fala e ouço as vozes irem se afastando até sumirem. Passa alguns segundos e a fechadura faz barulho, tem alguém tentando abrir.

-Minha linda, pode abrir, sou eu, ele já foi dormir...

Levanto rápido e minha tentativa de esperar nua na cama se vai por água abaixo, não lembrei que teria que abrir a porta.

-Oh, baby!

Exclama assim que abro e fica parado embaixo do marco da porta me olhando com as sobrancelhas erguidas com uma garrafa de champanhe em uma mão e duas taças na outra.

-Queria te esperar na cama, mas esqueci que...

Ele nem me dá tempo de terminar a frase e envolve meu corpo com os braços, me beija como se buscasse ar na minha boca e caminha me fazendo andar junto até a mesa, larga as coisas e espalha as duas mãos pelas minhas costas, passeando desde minha nuca até a bunda.

-A porta!

Falo entre o beijo e ele se desgruda de mim por um instante e vai até ela fechar, tranca e se vira me encarando de cima a baixo, cerra o maxilar e inclina de leve a cabeça.

-Você é tão gostosa e ainda por cima entro aqui e vejo você assim, completamente nua, no meu quarto, você quer acabar comigo!

Vai falando e se aproximando devagar, como um caçador se aproxima da presa, as palavras vão saindo com esforço de sua boca e essa expressão de desejo que ele faz é uma das coisas mais excitantes que já vi. E todo esse clima de perigo de outra pessoa bater aqui a qualquer momento deixa tudo ainda melhor.

Ele tenta me tomar nos braços de novo, mas dou alguns passos para o lado, o que o faz quase abraçar o ar e sou obrigada a rir. Ele para e se vira para mim, ando até a mesa e pego a garrafa.

-Não foi buscar isso para bebermos? Então vamos beber, Sr. Jackson, para que pressa? Aliás, não estou com a menor pressa!

-Vem cá, minha linda... Esquece essa garrafa...

-Shii, aquele dia no hotel em Paris fui interrompida, lembra? Não pude te levar ao limite, como tinha planejado. Agora me parece um bom momento para continuar...

Vou até ele, o puxo pelas golas do casaco e o faço sentar em uma cadeira ao lado da mesa. Ele senta com as pernas bem abertas e apoia as mãos nos braços da cadeira, ajeitando o quadril e respirando fundo.

-Os quartos dos seus filhos são aqui ao lado?

-Não...

-Ótimo!

Respondo colocando o pé direito no meio de suas pernas, sentindo o volume totalmente formado e estouro a champanhe, seu peito dá um leve pulo com o barulho e seus olhos analisam cada parte da minha perna, passam pelo meio das minhas pernas e sobem até encontrarem os meus.
Flexiono o tronco um pouco em direção a ele, como se fosse o beijar, ele leva as mãos à minha perna e tenta me puxar, mas saio virando de costas e ouço ele suspirar, tenho certeza de para onde seus olhos estão olhando nesse momento.

Dou um passo ao lado e pego as taças para servir, entrego a dele e ergo a minha ao ar, bebendo um gole em seguida. Ele morde os lábios e faço o mesmo. Largo a taça e pego a dele de sua mão. Sento de costas nele e mais uma vez ele suspira, leva as mãos às minhas coxas, friccionando toda a extensão com vontade e me abraça, fazendo minhas costas colarem em seu peito.

Uma perfeita obra de arteOnde histórias criam vida. Descubra agora