Novembro de 2010 – Los Angeles
Michael on
Desde que os shows de This Is It acabaram tenho tentado passar o máximo de tempo com meus filhos, pois foram meses em que estive muito ausente.
Apesar da ausência, valeu cada semana, pois cada show superou minhas expectativas, conseguimos fazer ótimas performances e o mundo todo fala sobre minha retomada aos palcos. Além disso, tive a alegria de ter meus filhos na plateia pela primeira vez.
E desde então, uma das coisas em que estamos empregando um bom tempo em comum é em arte. Principalmente Paris, que tem demonstrado muito interesse em telas.
Os outros dois, Prince e Blanket, estão divididos em fotografia, me fotografam até no banheiro, e gostam também de encenar peças de teatro.
Mas a única que expressou vontade de descobrir mais a fundo suas possibilidades foi Paris, por isso estou há três semanas procurando alguém que lhe ensine algumas técnicas e com isso possa aflorar ainda mais esse lado que ela vem descobrindo.
Está sendo difícil pois ela não quer um professor renomado ou cheio de teorias, ela quer alguém que a ensine a pintar em dois toques, o que já disse várias vezes não ser assim que funciona quando se está aprendendo algo, mas ela é teimosa e persistente em suas ideias. Não posso nem reclamar, pois eu também sou assim.
Duas semanas depois
Natalie on
-Merda, cadê o pincel de cabo roxo?
Olho embaixo de alguns folhetos e revistas que uso de inspiração, procuro mais uma vez no copo com água onde ele deveria estar e nada.
Geralmente aos sábados a pequena sala do apartamento que alugo com uma colega da faculdade de artes, fica completamente forrada de jornais velhos e com minhas telas e parafernálias de pintura espalhadas. Sempre perco as coisas nessa bagunça, não sei como ainda tenho materiais.
-Ahhh, finalmente!
Me agacho e pego o bendito pincel que tinha caído atrás da tela.
O que eu mais gosto de pintar são rostos e esse é o meu melhor pincel de precisão. Custou o olho da cara, se eu perder, para comprar outro desses só se juntar mais duas semanas de gorjetas do Pattern Bar.De terça a domingo trabalho lá todas as noites como Barmaid. Sirvo bebidas para granfinos na maioria das vezes, pois o bar é geralmente frequentado por pessoas da alta sociedade e que, por ironia, são pão duros na hora de dar gorjetas.
Com o salário mais o que alguns clientes mais generosos dão de gorjeta, consigo pagar minha parte das despesas do apartamento, que fica num bairro simples. Além disso consigo pagar minhas despesas pessoais necessárias e o pouco que sobra uso para comprar algumas tintas, telas e materiais de pintura, mas geralmente tudo de segunda mão, o que já é o suficiente, não posso reclamar.-Nat, seu celular estava tocando no seu quarto e atendi. É a coordenadora do nosso curso, toma!
Ariel entra na sala pisando entre os jornais com cuidado para não sair manchada de tinta e me alcança o celular.
-Valeu, Ari!
-Alô? Coloco o celular na orelha e apoio com o ombro enquanto continuo pincelando minha tela que agora já não está mais tão branca.
-Natalie? É Susan, pode falar agora?
-Oi, Susan! Posso sim.
Nesses 2 anos de curso fizemos amizade com Susan desde o início do primeiro semestre, ela diz que se vê anos atrás quando nos olha estudando e nos virando como podemos para pagar nossas contas, o que fez que nos aproximássemos.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Uma perfeita obra de arte
Fiksi PenggemarMichael Jackson, dono da maior legião de fãs do mundo, luta contra todos seus instintos para evitar mais uma polêmica em sua vida ao se sentir atraído por uma jovem de 20 anos, logo agora que finalizou sua turnê This Is It com recorde de bilheteria...