Uma perfeita obra de arte

De onde saiu essa mulher?

De madrugada

-Muito bem, mocinha, agora me diga de onde saiu essa mulher dominadora que esteve comigo essa noite?

Pergunto respirando fundo e deixando o corpo descansar depois de outra rodada de prazer, que dessa vez foi calma e romântica, sem nada além de nossos corpos nus na cama.
Ela deita ao meu lado, mas com os pés escorados na cabeceira para olhar o céu pela grande janela logo atrás da cama.
Me viro também colocando a cabeça para os pés da cama e deito ao seu lado esquerdo observando as estrelas.

-Não é melhor deixar o suspense e apenas aproveitar?

Pergunta virando o rosto para mim e me olhando enquanto estende um pouco o braço para tocar minha cabeça, fazendo cafuné. Estamos exaustos.

-Hum, não, sou curioso demais... você estava escondendo o jogo ontem à noite?

Digo olhando seu corpo ainda suado esparramado na cama, uma brisa entra pela janela e faz ela se arrepiar, amo prestar atenção em cada detalhe do seu corpo.

-Não, eu nunca tinha feito nada assim. Mas eu disse ondem que sabia sobre o que você me perguntou, mas estou com vergonha de contar como eu sabia! Ela fala e tapa o rosto com um travesseiro.

-A mulher que me dominou como se tivesse anos de experiência nisso está com vergonha?

-Para de falar assim!

Ela ri tímida e me estapeia de leve o braço.

-Eu ainda vou ficar todo roxo com essa sua mania de me estapear, sabia? Mas eu senti falta até disso!

-Tá, eu conto, eu conto! Que coisa, você é muito curioso!

Exclama tirando o travesseiro e me viro de lado para olha-la melhor.

-Eu gosto de ler histórias de BDSM, pronto, é isso. Então eu sei de coisas, mas nunca tinha feito na prática.

-E quando pretendia me contar?

Digo levando a mão até sua barriga arrastando o indicador do umbigo até o meio de seus seios e voltando, repetindo esse movimento enquanto ela fala.

-Não pretendia não, você não tem cara de quem gosta dessas coisas. Inclusive, Sr. Jackson, o senhor é um baita come quieto, quem olha de fora não imagina a máquina de sexo que é! Ou até imagina, porque os mais tímidos geralmente são os melhores entre quatro paredes! Não que eu tenha comparativos para fazer, mas é o que dizem.

-Ah, é? Sou uma máquina de sexo?

Pergunto rindo.

-É isso que sou para você?

Ela se vira para mim e coloca as duas mãos apoiadas embaixo do rosto enquanto me olha e sorri.

-Você é tudo para mim!

-Oh, minha linda... vem cá...

A puxo pela cintura e passo o braço direito por baixo de sua cabeça, apoiando e acariciando sua cabeça.

-Posso perguntar uma coisa?

Digo depois de dar alguns selinhos.

-Claro!

-Quem era aquele homem que sentou no banco do Central Park com você?

-Você viu?

-Vi, estava chegando para buscar vocês. Era alguém que parou para flertar com você? Pode me contar se foi, eu entendo, isso deve acontecer seguido, ainda mais que você anda sempre sozinha na rua, nunca posso estar com você, acaba sendo mais fácil de acharem que você está solteira.