Capítulo 9

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Run – Bts


Eu e o Hoseok nos sentamos nas cadeiras do lado de fora do bar, era de noite e o clima estava agradável. Eu não sei o que eu estava sentindo. Eu nunca me permiti viver depois que meus pais morreram naquele incêndio, mas de alguma forma, por causa dele, eu estava indo de zero a cem muito rápido. A sensação do desconhecido, o modo que ele me deixa a vontade, a maneira que ele respeita o meu silêncio, tudo isso me deixou atraída, não posso negar.

-Um bar não é bem o lugar certo para pagar minha refeição, não é? – eu disse atrevida e ele me olhou.

-Se eu pagar sua refeição agora, eu ficarei sem desculpas para sair com você de novo – ele disse e eu me ajeitei na cadeira.

-Precisa ser tão direto assim? – eu perguntei rindo, porém, meio incomodada.

-Precisa de vergonha? – ele rebateu – O fato de não nos conhecermos me deixa com a sensação que eu posso ser totalmente atrevido com você.

-Por que eu sinto que conheço você? – eu perguntei e sua expressão ficou completamente sombria – Digo, eu tenho essa sensação de alguma forma.

-Você definitivamente não me conhece – ele disse sério e eu o encarei. Parece que alegria que ele irradiava, se foi de alguma maneira naqueles segundos.

-Já decidiram o que vão querer? – a garçonete apareceu de repente, atrapalhando a conversa. Mas confesso que foi um alívio.

-... – eu olhei para o Hoseok, mas ele ficou em silêncio – Dois chopps, por favor – ele não recusou, então a garçonete foi embora.

-Podemos mudar um pouco nosso trato? – eu perguntei quebrando o silêncio.

-De que forma? – ele perguntou levemente interessado.

-Podíamos fazer perguntas mais pessoais um para o outro, e ficaria opcional responder – eu o olhei – Você pareceu irritado quando eu disse que lhe conhecia.

-Desculpa – ele apenas disse isso e a garçonete voltou com nossas bebidas. Agradeci e ela foi embora.

-Essa é a minha resposta? – eu bebi um gole do meu chopp.

-Okay, não faz mal responder algumas perguntas... – ele disse e sua feição mudou de novo enquanto olhava para trás de mim.

Eu comecei a virar minha cabeça para olhar também, mas ele agarrou minha mão de repente, me fazendo olhar para ele imediatamente.

-Não olha! – ele disse e olhei para sua mão apertando a minha.

-O que houve? – eu perguntei preocupada.

-Apenas levanta e corre – ele disse e eu arqueei as sobrancelhas.

-O que você... – eu comecei a dizer, mas de repente levantou e me puxou enquanto corria.

Ouvi gritos chamando o nome do Hope, mas continuamos correndo. Inesperadamente eu estava me divertindo, mesmo eu estando com um pouco de medo. Definitivamente o Hoseok tinha problemas, eu sou louca em querer me aproximar dele? Eu parei de correr e parei, o fazendo parar também.

-Por que eu estou com você? Isso é loucura! – eu disse e ele me olhou ofegante.

-Isso é hora de ter crise existencial? Só corre! – ele apertou minha mão mais forte e voltou a correr de novo, me forçando a acompanhar a velocidade dele.

Saímos da avenida e entramos em ruas duvidosas, não paramos de correr por nenhum segundo e eu já estava começando a ficar com falta de ar.

-Eu preciso de um tempo – eu disse ofegante até demais, mas ele não me ouviu, ou me ignorou.

Entramos em outra rua e eu estava de verdade, quase sufocando. Olhei ao redor e percebi que tinha várias casas de prostituição.

-Tira o casaco! – eu disse o forçando a parar, os homens estavam um pouco longe ainda.

-O que? – ele perguntou e eu comecei a puxar o casaco dele.

-Você com certeza vai ter que me pagar por isso – eu disse rápido enquanto eu tirava minha blusa, e ele me olhou com uma expressão de espanto.

Quando os homens cruzaram a esquina, eu empurrei o Hoseok contra a parede e o fingir beijar. Mas ele inesperadamente me puxou pela cintura e me beijou de verdade, me fazendo arregalar os olhos.

Os homens passaram correndo e saíram da rua, quando eu fui me separar do beijo, Hope subiu sua mão pelas minhas costas e tocou na minha cicatriz de queimadura, me fazendo acabar com o beijo de vez.

- ... – ficamos nos olhando por alguns segundos, até ele descer o olhar e eu finalmente me tocar que estava apenas de sutiã.

Vesti a blusa rapidamente e ajeitei o cabelo, minha respiração estava ofegante ainda.

-Eu tenho problemas com respiração – eu disse e ele riu, de alguma forma, eu sorri também.

-Decidiu ir embora ou percebeu que eu sou demais para o seu limite? – ele perguntou, me encarando e eu institivamente apertei um pouco os lábios.

-Já fomos longe demais para parar e fingir que não nos conhecemos, não é? – eu perguntei e ele aproximou seu rosto do meu, dessa vez, eu não recuei.

-Podemos ir bem mais longe, ainda dá tempo de desistir – ele disse e sorriu com malícia – Cuidado para não se arrepender.

-Eu vou me arrepender? – eu me aproximei mais ainda do rosto dele, quase tocando seus lábios.

-Com certeza vai – ele disse e nos separamos um pouco nos olhando – Eu peço desculpas, desde já.

-... – eu ri e concordei – Eu também peço desculpas – eu disse e ele inclinou a cabeça sem entender.

-Por que você está me pedindo desculpas? – ele questionou curioso.

-Ninguém sabe para onde nosso relacionamento vai ir, você pode acabar se arrependendo também – eu disse e ele riu, como se fosse engraçado.

-Eu não tenho certeza disso – ele rebateu.

-Nós não temos certeza de nada, não é? – eu disse e ele me olhou mais sério.

Continua...

De frente ao desconhecido (Fanfic Hoseok)Onde histórias criam vida. Descubra agora