De frente ao desconhecido (Fanfic Hoseok)

Capítulo 34

Cheguei em casa e tudo estava escuro, assim que liguei a luz me deparo com a Morgana sentada no meu sofá, ela parecia irritada, mas eu não estava nem um pouco disposta a lidar com ela agora.

-Você botou minha mãe para fora? – ela disse indignada.

-Agora não, Morgana – eu disse tentando a ignorar, mas ela parou na minha frente.

-O que aconteceu, em? Até as coisas do seu namorado não estão mais aqui – ela disse e eu a olhei.

-Acho melhor ir embora, eu estou avisando – eu disse séria e ela olhou para cima.

-Você é uma ingrata mesmo! – ela disse me encarando – Minha mãe sempre fez tudo por você e você a trata assim?

-Isso é entre sua mãe e eu, não se meta! – eu disse irritada – Você não tem nada a ver com isso.

-Você sempre foi assim, desde que seus pais morreram você se tornou essa pessoa amarga – ela disse e eu sem pensar direito, dei um tapa na cara dela com toda a raiva que eu tinha acumulado. Me arrependi logo em seguida.

-Vai embora da minha casa! – eu gritei com ela, e ela estava me olhando com a mão no rosto – Eu não quero ouvir essas merdas agora, entendeu?

Ela pegou as coisas dela do sofá e foi embora batendo a porta. Andei até o sofá e me sentei, eu estava cansada, tanto fisicamente quanto mentalmente, até meu estômago estava embrulhado. Fechei os olhos e tentei controlar minha respiração, era uma das coisas que eu tinha guardado da terapia.

Abri os olhos e ouvi a campainha tocar, eu estava numa casa diferente. Minha mãe abriu a porta e após ver quem era, tentou fechar rapidamente, mas não conseguiu.

-O que diabos está fazendo aqui? – ela perguntou irritada.

-Eu vi que o seu marido saiu, eu queria ver a Agnes – Ramiro disse olhando para dentro e nossos olhares se cruzaram.

-Eu já disse que acabou – ela rebateu – E quem é esse? – ela apontou para um garoto, ele parecia mais velho que eu.

-Meu filho – ele sorriu e aproximou o rosto dele do dela – Eu que digo quando acaba – ele a ameaçou.

A Rebeca começou a chorar e eu a tirei do cercado, a trazendo para a sala. Quando minha mãe nos viu, arregalou os olhos.

-Parece que a Agnes tem companhia – ele me analisou.

Acordei com batidas fortes na porta. Coloquei minha mão no peito para tentar me acalmar.

-O que é isso? Minhas memórias estão voltando? – eu pensei comigo mesma.

-Agnes! Eu sei que está aí – alguém gritou da porta. Era o Hélio.

Levantei do sofá e abri, ele me analisou de cima abaixo.

-O que houve? – ele me encarou preocupado – Eu encontrei a Morgana no caminho, ela me contou o que você fez.

-Ótimo! – eu disse com deboche – Veio levar seu tapa também?

-Agnes! – ele me reclamou – O que aconteceu? Por que mandou todo mundo embora?

-... – eu olhei para o lado – Nada, só estou de mau humor.

-Quer parar com isso? Eu sei que alguma coisa séria aconteceu. – ele entrou em casa e fechou a porta.

Eu poderia argumentar mil coisas, mas eu estava cansada, de verdade. Andei até o sofá e me sentei.

-Quer conversar? – ele se sentou do meu lado e eu neguei – Você não pode afastar as pessoas assim.

-Não começa – eu disse e ele me olhou.

-Da última vez que fez isso, você quase... – ele começou a dizer e eu desviei o olhar. Meus olhos estavam marejando de novo.

-Eu não sou mais assim – eu disse e ele concordou – Eu não vou fazer isso de novo.

-Tudo bem – ele me puxou para perto dele e me abraçou.

Hélio sempre foi assim, me consolou em todos os momentos que eu precisava, eu queria ter gostado dele de verdade, assim tudo seria mais fácil.

-O que está pensando? – ele perguntou e eu me aconcheguei nos seus braços.

-Nada – eu respondi baixo e ele começou a acariciar minha cabeça.

-Você pode contar comigo para tudo, sabe disso, não é? – ele perguntou e eu concordei.

-Eu não sou mais frágil como era eu era antes – eu comentei.

-Você apenas finge, eu sei – ele brincou e eu acabei sorrindo. Idiota!

Continua...