Não sei quando eu acabei adormecendo, mas fui acordada por um policial me sacudindo levemente. Abri e fechei os olhos algumas vezes por causa da luz forte do quarto.
-A senhorita poderia nos dar licença? – ele perguntou, mas assim que me dei conta, eu olhei para o Hoseok de imediato, ele já estava acordado, mas desviou o olhar.
-Eu não posso ficar? – eu questionei olhando para o policial.
-O próprio paciente pediu a conversa privada – ele disse e eu olhei para o Hope surpresa.
-O que? – eu rebati.
-Me acompanhe, por favor – um policial segurou no meu braço de leve e eu fiquei olhando incrédula para o Hoseok.
[...]
Fiquei sentada no corredor esperando a conversa acabar, sinceramente, eu estava tão brava com o Hoseok, que se eu pudesse, eu mesma teria o espancado. Assim que os policiais saíram, eu fui para o quarto e ele novamente desviou o olhar de mim.
-Que diabos aconteceu? – eu perguntei me aproximando do leito.
-Foi um assalto – ele disse e eu ri com raiva.
-Assalto? E nem levaram seu celular? – eu disse e ele arregalou um pouco os olhos.
-Você mexeu nas minhas coisas? – ele perguntou estressado e eu não estava acreditando naquilo.
-Mexi! – eu falei exaltada – Você foi encontrar o Yan, não foi? Ele que fez isso!
-Foi apenas um assalto – ele disse e eu revirei os olhos.
-Se você não me contar o que está acontecendo, eu mesma vou entregar aquele bandido na polícia – eu o ameacei.
-Agnes! – ele gritou.
-O que foi? Acho que eu não tenho coragem? – eu o desafiei – Olha o seu estado! Você ainda quer defender ele?
-Eu e o Yan já nos acertamos – ele disse e eu olhei para o lado.
-Sério? – eu debochei – Eu estou vendo muito bem.
-As coisas não são tão simples quando parecem – ele disse e eu cruzei os braços.
De repente a porta se abriu e uma enfermeira apareceu.
-Por favor, façam silêncio, vocês estão em um hospital – ela advertiu da porta e saiu logo em seguida.
-Eu estou começando a perder a paciência, Hoseok – eu disse e ele me olhou feio – Eu não estou mais com saco para essa palhaçada.
-Eu mandei você ficar? – ele disse e eu arqueei as sobrancelhas – Eu disse que você devia ir! – ele gritou – Por que diabos continua aqui?
-Você não vai fazer isso agora, não é? – eu disse meio mexida – Não começa.
-Você não consegue lidar comigo, com meu passado – ele disse e eu estava tentando me manter forte – Você já teve merda demais na sua vida.
-Qual é seu passado? – eu disse exaltada – Eu não sei, você não me conta.
-É melhor você ir! – ele disse e eu o olhei incrédula.
-Escuta aqui! – eu me aproximei mais dele – Se você agir de novo comigo assim, você nunca mais vai me ver de novo – eu disse séria e ele pareceu ter ficado mais abalado – Já passamos dessa fase, se vai voltar a virar um covarde, acho melhor que tudo termine então.
Respirei fundo tentando retomar minha respiração normal.
-Eu não sei o que aconteceu e nem sei porque o Yan é tão protegido por você, mesmo ele quase te matando – eu disse tentando me manter estável – Mas eu juro para você, se você não começar a parar de surtar e me tratar melhor, nós acabamos de vez.
-Agnes... – ele pareceu ter ficado mais cabisbaixo.
-Você está certo! Eu já passei por merda suficiente na vida – eu disse engolindo seco – Não se torne só mais um peso para mim.
Eu peguei minhas coisas de cima do sofá e ele ficou me olhando.
-Para onde você vai? – ele perguntou meio preocupado – Eu realmente queria poder ser melhor para você.
-Eu vou esfriar a cabeça e você devia fazer o mesmo – eu disse o olhando – Espero que pense em pelo menos uma mentira melhor para me contar quando eu chegar.
-Acha que eu realmente queria ser assim com você? É difícil mentir e esconder as coisas – ele disse e eu desviei o olhar – Se você soubesse, você nunca iria me perdoar.
-Eu que devia decidir isso, não acha? – eu o olhei – Eu que decido o que eu perdoou ou não, não cabe a você.
Fui em direção a saída e abri a porta.
-Por favor, não fale com a polícia sobre o Yan – ele começou a dizer e eu senti o meu sangue ferver fazendo meus olhos marejarem e os meus punhos cerrarem – Nós fizemos um acordo, ficará tudo bem agora.
-Eu te odeio, Hoseok – eu pensei alto e bati a porta.
Continua...
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De frente ao desconhecido (Fanfic Hoseok)
FanfictionApós uma infância traumática, Agnes decide seguir em frente e tenta levar uma vida mais comum possível como funcionária de um restaurante popular. Porém, após um incidente inesperado, ela se vê obrigada a encarar seus problemas de frente enquanto de...