De frente ao desconhecido (Fanfic Hoseok)

Capítulo 39

Dynasty – Miia

Acordei meio atordoada com a luz, eu nem precisava ver muito para saber que eu estava no hospital, sinceramente eu sentia que aqui era minha segunda casa. Olhei ao redor e não havia ninguém, me sentei na cama e eu sentia meu corpo todo doendo.

-... – a porta abriu e uma enfermeira apareceu – Você devia se manter deitada – ela veio até mim preocupada.

-O que aconteceu? – eu perguntei enquanto ela segurava meus ombros com delicadeza.

-A polícia vai vir mais tarde, eu vou chamar o médico – ela disse saindo e eu a segurei pelo braço.

-Alguém mais foi hospitalizado comigo? – eu questionei e ela me olhou.

-Um homem – ela disse e eu senti uma pontada no meu peito.

-Qual o nome dele? – eu perguntei e ela pareceu ter ficado na defensiva – Hoseok?

-... – ela assentiu e eu engoli seco.

-Ele está bem? – eu perguntei e ela ficou em silêncio – O que houve com ele?

-Houve um traumatismo com um martelo, estamos o aguardando acordar da cirurgia cerebral – ela disse e eu meus olhos começaram a marejar.

-Eu preciso vê-lo – eu disse e ela negou.

-Vamos esperar o médico, okay? – ela disse e eu discordei.

-Por favor – eu disse e ela pareceu ter ficado mexida – Me leva até ele.

[...]

Cheguei no quarto e Hoseok estava lá deitado, imóvel e com uma faixa na cabeça. Eu não consegui segurar o choro e a enfermeira colocou a mão no meu ombro.

-Sinto muito – ela disse com ternura – Ele vai se recuperar.

-... – eu neguei com a cabeça – Eu odeio ele.

-O que? – ela me encarou.

-E eu me odeio por querer vê-lo – eu disse e ela me olhou confusa.

De repente a mão dele começou a se mover e a enfermeira se aproximou para checar, quando ele abriu os olhos, ela correu para fora do quarto para avisar alguém. Meu coração estava acelerado e eu ainda não tinha conseguido segurar o choro.

Me virei para ir embora, eu não devia estar aqui.

-Ei! – ele me chamou e eu senti todo o meu corpo paralisar.

Passei a mão no rosto e me virei devagar, nossos olhares se cruzaram, mas eu senti que algo estava errado.

-Quem é você? – ele perguntou e eu arqueei as sobrancelhas.

-Quem sou eu? – eu rebati e tomei coragem de dar um passo para frente.

-O que eu estou fazendo aqui? – ele continuou e colocou a mão na cabeça como se sentisse muita dor.

-O que foi? – eu me aproximei da maca e ele me olhou de repente – Está com dor?

-Quem é você? – ele insistiu e eu recuei.

-Ninguém importante – eu disse e engoli seco – Eu só estava de passagem.

-Você estava chorando – ele constatou e eu olhei para o lado.

-Eu só estava com pena – eu disse e ele mudou de feição.

-Seu rosto está inchado, o que houve? – a cada pergunta que ele fazia, mais vontade de chorar eu tinha.

-... – não consegui segurar e voltei a chorar. Ele me olhou com carinho, meu deus, eu odeio ele.

Ele pegou na minha mão e eu olhei para aquilo, logo em seguida puxei minha mão.

-O que está fazendo? – eu o encarei.

-Você parecia estar mal – ele disse e deu um meio sorriso.

-Você ficaria surpreso em saber de quem é a culpa – eu disse com uma leve raiva.

A enfermeira e uma médica entraram no quarto e eu me afastei.

-Senhorita Agnes, você devia estar no seu quarto – a médica me repreendeu.

-Eu não sei nem para que eu sai – eu disse ríspida e encarei o Hoseok antes de ir embora.

Voltei para o quarto e me deitei, minha cabeça estava a mil, parecia que ia explodir. Ele esqueceu de mim? Se o destino acha que irei perdoa-lo por isso, ele está muito enganado, mesmo que eu morra, ele nunca terá meu perdão.

Não sei quanto tempo se passou, mas logo a enfermeira e a médica chegaram.

-Você não pode andar livremente pelo hospital, Agnes – ela disse e eu assenti com desdém.

Ela se aproximou mais de mim, com o prontuário nas mãos.

-Antes de contar sobre o seu estado, acho que é melhor tranquiliza-la – ela disse e eu fiquei confusa.

-Como? – eu a encarei.

-Você está bem – ela deu um meio sorriso – Assim como seu bebê.

-O que disse? – eu arregalei os olhos de imediato.

Continua...