Capítulo 25

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-Sua mãe cresceu em Clinton, Agnes – ele começou a dizer e eu estava cada vez mais confusa.

-Como sabe disso? Você investigou meus pais? – eu recuei um pouco – Você desconfiou deles?

-Na verdade, eu não precisei me esforçar tanto – ele disse e eu inclinei a cabeça – Sua mãe teve passagem pela policia local, por furto num mercado.

-O que? – eu realmente fiquei surpresa.

-Ela foi só foi presa temporariamente, mas foi fichada – ele disse e eu ainda estava incrédula.

-Isso é loucura! – eu disse tentando assimilar os fatos – Ela nunca mencionou que conhecia essa cidade, muito menos que nasceu e cresceu aqui.

-O motivo do incêndio pode ser sido intencional, não há provas suficientes para culpar a fiação da casa – ele disse e meu coração apertou um pouco – Além do mais, os laudos da perícia sumiram.

-É muita coisa para processar de vez – eu estava me sentindo meio abafada – Quem iria querer matar a gente? Isso tem algum sentido?

-Na verdade Agnes... – ele começou a dizer e meu celular tocou, era o Hoseok.

-Um segundo – eu levantei da mesa e atendi.

-Hope, eu estou ocupada agora, eu vim... – eu comecei a dizer, mas me cortaram.

-Você é a Agnes? – um desconhecido perguntou e eu afastei o celular para conferir se realmente era o número do Hoseok.

-Quem está falando? – eu perguntei meio apreensiva.

-Você estava no histórico recente de chamadas dele – ele começou a dizer e eu senti meu coração apertar e um nó na garganta se formar.

-O que houve? – eu já estava um pouco trêmula.

-Eu o achei na rua, ele está no hospital agora – o desconhecido disse e minha respiração ficou mais pesada.

-O que aconteceu? – Potter se aproximou de mim, após notar o meu estado.

-Em qual hospital? Eu estou indo para aí agora – eu desliguei a chamada após ele me responder, e sai andando.

-Agnes? O que está acontecendo? – Potter me parou e eu estava atordoada demais para responder qualquer coisa.

-Nos falamos depois, okay? – eu peguei minha bolsa da cadeira e fui embora.

[...]

Eu cheguei completamente perdida no hospital, corri até a recepção e tentei achar o quarto do Hoseok, minutos depois descobri que ele estava internado como indigente, então tive que resolver umas papeladas até poder ir vê-lo. Quando finalmente consegui vê-lo, ele estava acabado e eu não pude impedir das lágrimas descerem pelo meu rosto.

-Você é a responsável dele? – um homem que parecia ser o médico se aproximou e eu enxuguei as lágrimas.

-Sim, o que houve? – eu perguntei com medo que iria ouvir.

-Houve um rompimento do apêndice, tivemos que fazer uma cirurgia de emergência – ele disse e eu olhei novamente para o Hoseok – Ele também fraturou um braço e teve uma pequena hemorragia interna, mas conseguimos controla-la.

-... – passei a mão no cabelo e as lágrimas não paravam de descer.

-Chamamos a polícia – ele disse e eu arregalei os olhos – Não podemos fazer vista grossa para um caso de espancamento tão sério assim.

-Eu não devia ter dado autorização primeiro? – eu questionei levemente preocupada e na verdade eu nem sei porque eu estava agindo assim.

-Ele deu entrada como indigente – ele fez uma pausa – E mesmo se a senhorita estivesse presente, sua autorização ou não, não mudaria nada – ele me olhou desconfiado – Algum problema em chamar a polícia?

-Não – eu neguei de imediato – Eu só estou meio atordoada – eu comentei e ele concordou.

-Ele está sob efeito da anestesia agora – ele começou a dizer – Não acordará tão fácil e nem tão rápido – ele colocou a mão no meu ombro – Você devia ir para casa.

-Não, eu irei ficar – eu disse angustiada olhando para o Hope.

-O inchaço do rosto diminuirá também – o médico disse e eu suspirei – Eu estou indo agora.

Eu assenti e me aproximei do leito quando o médico saiu.

-Que diabos aconteceu, Hoseok? – eu perguntei tocando na sua mão. A cada vez que eu o olhava a vontade de chorar era maior.

De repente minha mente clareou e eu comecei a procurar o celular dele na jaqueta, o que não foi nada difícil.

-Merda! – eu tentei desbloquear, mas tinha senha.

Ajeitei o celular e desbloqueei usando a impressão digital dele. Fui para o registro de chamada e minutos antes dele me ligar, havia uma ligação atendida do Yan.

-Esse filho da puta! – eu pensei alto.

Continua...

De frente ao desconhecido (Fanfic Hoseok)Onde histórias criam vida. Descubra agora