❀ CAPÍTULO - VINTE E SETE ❀

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— E então? — Oliver questionou, curioso, enquanto eu saía da farmácia

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— E então? — Oliver questionou, curioso, enquanto eu saía da farmácia. Engulo em seco, avistando nossos soldados que faziam nossa segurança, eles pareciam atentos, porque eu pedi para me trazerem aqui sem avisar ao meu marido. Eu estava nervoso, completamente nervoso. Na verdade, eu estava suando frio. E somente meu irmão para me tranquilizar nessas horas.

— Todos os três. Mesmo resultado. — Falo, mostrando o teste de gravidez em mãos, vendo ele cobrir a boca em espanto, sorrindo e me abraçando fortemente em seguida. Notei os olhares de espanto dos soldados, até mesmo eles sorriam com a notícia. Eu estava carregando um herdeiro do Supremo. Isso… é assustador, mas… estranhamente bom ao mesmo tempo.

— Meus parabéns! Você irá contar para ele? — Oliver questionou, e eu dou de ombros, não sabendo ao certo o que fazer agora. Eu ainda estava digerindo o fato de que eu estava grávido.

— Vou… só preciso digerir isso. — Falo, o vendo sorri, me abraçando mais uma vez, pulando de alegria. Eu ainda estava em choque, então Oliver absorveu toda a animação para ele.

No entanto, fomos interrompidos quando três carros pararam bruscamente em nossa volta. Os soldados que faziam nossa segurança rapidamente se armaram. E logo incontáveis homens saíram dos veículos, atirando nos soldados, alguns entrando em luta física com eles. Oliver se assustou, me olhando sem saber o que fazer.

Puxo minha arma do coldre, que meu marido havia me fornecido. Nunca precisei usá-la, até o momento.

— FUJAM! — Um dos soldados gritou, nos olhando, antes de ser atingido por um tiro na cabeça, me assustando. Seguro a mão de Oliver, correndo para longe dali, vendo um grupo deles nos perseguindo, enquanto nossos seguranças lutavam ao máximo para os deterem.

Entramos em um beco, tomando impulso juntos e escalando o muro não tão alto. Oliver sacou sua arma, atirando no primeiro que adentrou no beco, e eu no segundo. Mas o espanto foi nítido ao vermos a quantidade de homens que apareceram em seguida. Rapidamente pulamos para o outro lado.

— Quem são eles?! — Oliver questionou, nervoso, enquanto corríamos, os vendo nos perseguirem.

— Não sei! Certamente não querem tomar um café com a gente. — Resmungo, adentrando outro beco, mas ele não havia saída, e o muro era alto demais para ser escalado. Oliver e eu nos entreolhamos, pensando em voltar, mas eles já estavam na saída do beco, apontando suas armas para nós dois.

— Talvez café com leite… — Oliver sussurrou, enquanto fomos obrigados a largar as armas e erguer as mãos em rendição. Lutamos como pudemos, mesmo desarmados, mas Oliver foi detido, já machucado, o que me fez perder o foco pela preocupação me atingir ao vê-lo sangrando, e em fração de segundos, sou atingido na cabeça, me fazendo apagar completamente.

Desperto aos poucos, sentindo minha cabeça latejar de dor, sentindo meu corpo limitado a movimentos

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Desperto aos poucos, sentindo minha cabeça latejar de dor, sentindo meu corpo limitado a movimentos. Abro os olhos, olhando em volta, avistando meu irmão desacordado, em um chão desgastado, com os pulsos presos atrás de suas costas, assim como seus tornozelos acorrentados. E logo notei que eu não estava diferente.

Olho em volta, avistando um cubículo completamente fechado, com apenas uma pequena e estreita janela no alto da parede, em uma tinta horrenda de verde musgo desgastada. Uma porta de ferro enferrujada e o piso um completo nojo.

Onde estávamos?!

— Oliver…! — Chamo, com as lágrimas ardendo em meus olhos, enquanto eu me arrastava até ele, que nem se movia. — Oli…! — Chamo, nervoso, chorando e me inclinando sobre ele, ficando mais aliviado ao ouvir sua respiração, mas ele estava muito machucado. Sua cabeça sangrava e havia hematomas pelo seu corpo, me deixando preocupado e nervoso.

Passou um longo tempo, até que a porta de ferro fez um barulho alto, se abrindo e entrando um homem, acompanhado de uma mulher. Minha surpresa foi imensa ao ver que era a mesma mulher que eu havia contratado para trabalhar no bar do evento beneficente. Como…?!

Ela me olhou, abaixando a cabeça em seguida. Parecia nervosa.

— Finalmente nos encontramos… — O homem sibilou, chamando minha atenção. Ele tinha um sotaque diferente. Olho para o símbolo em seu peito, e eu realmente não soube dizer de que país era aquele símbolo, nunca fui bom em geografia, apesar de não ter tido muita dificuldade com a matéria. Mas Oliver era excelente nisso.

— Quem é você…? — Questiono, sentindo minha garganta seca. Ele sorriu, se aproximando de mim, o que me fez recuar, me arrastando até acabar encostado com a parede. Ele se abaixou, segurando meu queixo com força, me arrancando um gemido de dor.

— O homem que Russel baniu. Mas obviamente eu não iria baixar a cabeça para aquele desgraçado. Ele é burro de deixar seu querido esposo tão exposto assim…? — Insinuou, me fazendo engolir em seco, com a raiva me consumindo.

— Burro é você de sequestrar o esposo e o cunhado do Supremo. Ele vai fazer picadinho de você. — Falo, com o ódio tomando posse do meu tom amargo. Ele desfez seu sorriso, me dando um forte tapa no rosto que me fez cair para o lado, cuspindo sangue.

— É o que veremos. — Ditou, e então saiu. Olho para a mulher que eu havia contratado. Brandi me olhou, parecendo indecisa se saía ou não.

— Por que está fazendo isso…? — Questiono, quase sem voz.

— Ele é meu pai… — Balbuciou, não parecendo muito decidida do que estava fazendo.

— Isso não te obriga a ser igual a ele. Ainda tem uma mísera chance de nos soltar ou ligar para o Russel… — Falo, mas ela desfaz o sorriso, balançando a cabeça.

— Não vai me convencer. — Ditou, saindo do quarto. Praguejo, olhando novamente para Oliver, que começou a se remexer, gemendo baixinho de dor, parecendo que cada mínimo movimento era um dor a mais.

— Oliver! — Chamo, e ele se remexe, gemendo mais alto de dor ao se virar, me olhando em seguida.

— Jaden… onde estamos? — Questionou, fechando os olhos e respirando fundo, tentando se manter acordado.

— Eu não sei… — Balbucio, nervoso. Ele grunhiu, se forçando a se sentar, ficando ao meu lado e encostando a cabeça na parede. Sua testa e parte do seu rosto estava coberta por sangue.

— Mais um sequestro pra lista… em quanto tempo acha que o responsável vai morrer? — Brincou, mesmo que estivéssemos naquela situação. Ele sempre tentava me tranquilizar e brincar com os momentos sérios. Mesmo com o misto de sentimentos vindo como avalanche em mim, eu ri, balançando a cabeça.

— Três dias? — Falo, dando de ombros. Ele fez careta.

— Dois. — Falou, me fazendo sorri. — Se eu ganhar… eu fico com seu casaco da Louis Vuitton. — Ditou, me fazendo sorri.

— Se eu ganhar… eu fico com o Sr. Freddy. — Falo e ele arregala os olhos em pavor. Sr. Freddy era o coelhinho dele, e Oliver tinha muito ciúmes do bichinho porque eu sempre o provocava de que iria roubar o Sr. Freddy, mas jamais faria isso, porque não saberia cuidar de um bicho como ele. Seu nome completo era Frederico, mas eu apelidei para Freddy porque meu irmão adorava colocar nomes de gente em animais.

— O Sr. Freddy não! — Exclamou, com a voz falhando pela dor.

— Não está confiante de que vai ganhar? — O provoco e ele faz bico, ficando em silêncio.

— Espero que venham logo… eu quero ser titio… — Balbuciou, por conta da minha gravidez, o que só contribuiu para me deixar ainda mais nervoso, com medo de que me fizessem algo e eu o perdesse.

Não queria nem pensar nessa possibilidade.

SECRETAMENTE - A Ascensão do Alto Escalão (Romance Gay) Onde histórias criam vida. Descubra agora