Bebeth abriu o carro e eu coloquei Maria Pia, ainda desacordada, no banco de trás, Bebeth foi a acompanhando enquanto eu ia dirigindo, mesmo nervoso, mas era o único jeito de chegarmos rápido ao hospital, que segundo o GPS, era próximo dali.
Maria Pia POV:
Acordei meio zonza, sem saber onde estava e nem o que estava acontecendo, ao abrir meus olhos, a primeira coisa que vi foi Bebeth olhando pra mim, preocupada.
Bebeth: Ela tá acordando!
Maria Pia: O que…O que aconteceu? - Perguntei e logo senti o carro parar.
Bebeth: Você desmaiou. - Vitor, que estava no banco do motorista, virou-se para trás.
Vitor: Meu amor! Como você tá? - Perguntou preocupado.
Maria Pia: Eu…Tô um pouco zonza, deve ser pressão baixa.
Vitor: De qualquer forma, nós vamos pro hospital. - Disse voltando a dar partida no carro. Devagar e com a ajuda de Bebeth, me sentei no banco, eu não sabia o que pensar, não sabia o que sentir, estava ansiosa e por isso também estava com medo, depois de tudo o que aconteceu comigo, havia sim a probabilidade de que eu estivesse com uma gravidez psicológica, porque eu queria estar grávida, eu pensava nisso, de alguma forma estava nos meus planos, eu estava preparada para formar uma família com o Vitor, ainda mais depois de tudo o que senti ontem, no nosso casamento…E por mais que ainda fosse “cedo” pra termos um filho, eu ficaria triste se fosse um alarme falso.
Sem querer olhei para o espelho retrovisor e encontrei o olhar preocupado de Vitor em minha direção, eu realmente não sabia o que dizer e nem como agir diante dele, não queria deixá-lo preocupado, mas também não queria o iludir.
…
Para um hospital de um município pequeno, aquele parecia ótimo, fomos atendidos imediatamente e com muita atenção, felizmente era uma médica que estava no plantão, então eu me sentiria mais à vontade. Como eu já estava me sentindo melhor, pedi para falar a sós com ela, Bebeth pareceu mais compreensiva, talvez já desconfiando do que se tratava, enquanto Vitor continuava preocupado, mas depois eu pensaria no que inventar pra ele se eu não estivesse grávida.
Por alguma razão, eu me senti à vontade com aquela médica, talvez senti confiança nela, talvez eu estivesse mais sensível ou somente pelo fato de que não havia outra pessoa com quem eu pudesse contar nesse momento, ela foi muito atenciosa comigo enquanto me ouvia falar todos os sintomas que tive ultimamente, qualquer mulher com um pouco de conhecimento daria pelo menos um palpite do diagnóstico, mas ela notou que se eu estava ali, descrevendo cada sintoma sem nem ter cogitado a ideia de fazer um teste de gravidez, então havia algo errado.
Médica: Certo…- Assentiu assim que eu descrevi o sintoma que me levou até aquela consulta -...Maria Pia, nós vamos fazer um exame para verificar o que pode ser, mas o mais provável é que…- Ela parecia buscar as palavras certas a dizer.
Maria Pia: Eu sei!...- Assenti de olhos fechados -...Eu só, tenho medo que seja psicológico, sei que isso não é muito comum, mas…Eu tenho um trauma. - Sim, eu falei, pra uma pessoa que era praticamente uma desconhecida…Droga! Se isso tudo fosse mesmo um alarme falso eu iria precisar tomar alguma coisa para controlar esses hormônios.
Médica: Tudo bem! Eu entendo!...- Disse com uma atenção e simpatia que há alguns anos me fariam virar os olhos e respondê-la de forma ríspida, mas hoje eu não via mais razão para ser assim, hoje eu só sentia amor à minha volta, amor em mim -...Mas de qualquer forma precisamos fazer alguns exames para esclarecermos essa dúvida. - Assenti e a acompanhei até uma sala onde eu iria fazer um exame de sangue, ela disse que o resultado sairia em cerca de meia hora, então após a coleta, pedi a ela que chamasse o Vitor.
…
Não demorou muito para que ele chegasse, ainda preocupado e sentou-se ao lado da poltrona onde eu estava praticamente deitada, a médica já havia informado a ele que estávamos aguardando o resultado de um exame, então ele não me fez tantas perguntas, apesar de ser perceptível que ele estava cheio delas.
Maria Pia: A Bebeth perguntou alguma coisa? - Perguntei tentando deixar o clima mais tranquilo e também querendo saber como ela estava reagindo, até porque eu achava que ela já havia percebido a minha desconfiança.
Vitor: Ela perguntou como você estava, mas ela está mais tranquila que eu…O que não é muito difícil…- Rimos -...E ela não está sozinha, a Madalena chegou agora há pouco, o Dom trouxe ela.
Maria Pia: Ah, a Madá…Nem falei com ela, ela deve tá preocupada, tadinha.
Vitor: É, um pouco, mas ela tá assim como a Bebeth…Eu sinto que elas sabem alguma coisa que eu não sei. - Disse mais curioso do que chateado.
Maria Pia: Vitor, nem eu sei o que tá acontecendo comigo, a gente vai saber agora quando chegarem os resultados do exame, então…Nem vem de indireta. - Rimos, logo Vitor digitou algo em seu celular.
Vitor: Nossos amigos estão preocupados, mas eu já disse a eles que estamos esperando o resultado do exame.
Maria Pia: Eles já estão acordados? Ficaram na festa até tarde!
Vitor: Ou não dormiram! - Rimos e logo a médica entrou na sala, com um leve sorriso em seus lábios, mas antes que ela falasse algo, a interrompi…
Maria Pia: É o que pensamos que seria? - Ela parou onde estava, próxima a porta e assentiu, logo saiu devagar, dando a nós um espaço para aquele momento.
Olhei pra Vitor, que estava confuso e curioso, então peguei sua mão e coloquei sobre minha barriga.
Vitor: O que foi, amor? Tá sentindo alguma coisa? - Perguntou preocupado, me fazendo rir, quando eu já estava quase chorando, acariciei seu rosto com a mão que estava livre.
Maria Pia: Meu amor, eu tô grávida...- Disse sorrindo -...Você vai ser papai! - Diz com a voz já embargada, Vitor ficou paralisado me olhando, parecia que o tempo havia parado ali e aos poucos eu conseguia ver lágrimas se formando em seus olhos, ele abriu a boca, mas não conseguiu pronunciar nada, então sorriu, enquanto algumas lágrimas caíam livres pelo seu rosto...E eu? Estava da mesma forma, sorrindo e chorando ao mesmo tempo. Aparentemente com um certo esforço, Vitor conseguiu falar.
Vitor: Como...Como você tá? Você tá bem com isso?
Maria Pia: Eu não acredito que a primeira coisa que você disse foi isso! - Fechei meus olhos fortemente, sentindo meu choro se intensificar.
Vitor: Eu só vou me sentir feliz se você estiver feliz. - Disse com sua voz embargada devido a emoção.
Maria Pia: Eu tô muito feliz, meu amor! Eu vou ter um bebê com o homem da minha vida! - As lágrimas de Vitor se intensificaram, ele levantou a cabeça, aparentemente tentando controlá-las ou quem sabe agradecendo a alguma força superior por aquele momento, em seguida olhou pra mim, levou sua mão que estava livre até o meu cabelo, o acariciando e logo me beijou, um beijo lento e delicado.
Vitor: Muito obrigado! - Sussurrou com nossas testas encostadas.
Maria Pia: Eu que te agradeço! - Sorrimos e demos mais um selinho, em seguida ele olhou pra minha barriga, sorriu e a acariciou.
Vitor: Um bebê...Nós vamos ter um bebê...- Ele parecia estar incrédulo, ainda processando a informação, logo voltou seu olhar pra mim -...Você tá bem mesmo? Tipo...Você já estava preparada? - Assenti, acariciando sua mão.
Maria Pia: Sim, amor, eu tô tranquila agora, já superei mesmo tudo o que passei e...Agora é muito diferente, nós nos amamos e eu realmente queria poder te dar um filho. - Seu sorriso se desfez.
Vitor: Me dar um filho? Mas você também quer, né? - Perguntou preocupado.
Maria Pia: Sim, eu quero! Quero mesmo e eu tô muito feliz! - Exclamei sorrindo, fazendo Vitor sorrir também.
Vitor: Então tudo o que você estava sentindo ultimamente... - Assenti.
Maria Pia: Sim, era por causa da gravidez...Desde que você começou a ter as suas saídas da prisão eu parei de tomar anticoncepcional, mas eu não quis te falar porque você poderia ficar ansioso, se iludir...Aí agora surgiram esses sintomas, mas eu fiquei com medo de virmos ao médico e ser um alarme falso e eu acabar te decepcionando e estragando o casamento e a inauguração do hotel e...- Vitor me interrompeu.
Vitor: Meu amor!...Ei...- Acariciou meu rosto -...Como assim me decepcionar? É meu sonho ser pai, mas...Tudo no tempo certo, tudo no SEU tempo, no momento em que você estivesse preparada e SE você estivesse preparada...E, vamos combinar uma coisa...Eu sei que nós não temos bons exemplos de casamento à nossa volta...- Rimos -...Mas eu acho que...Nós nos casamos, nos unimos mais ainda, pra compartilhar tudo entre nós, não só os momentos felizes, mas os momentos difíceis também...Você não está mais sozinha e você nunca mais vai se sentir sozinha! Eu não quero que você fique guardando tudo em você por medo de me deixar triste, eu nunca ficaria decepcionado com você por isso...Nós sempre contamos um com o outro, vamos continuar assim?...- Assenti -...Eu acho que casamento é isso, sabe? Nós compartilharmos o que sentimos e buscarmos juntos uma forma de resolver as coisas. - Assenti novamente, dessa vez já chorando, incrível como ele sempre sabia as palavras exatas para me dizer.
Maria Pia: Ai Vitor...- Acariciei seu rosto novamente enquanto ele acariciava meu cabelo -...Você é o melhor esposo e vai ser o melhor pai do mundo! - Vitor sorriu, se aproximou e deu um beijo em minha testa, em seguida olhou pra minha barriga, onde ele permanecia com a sua mão, acariciando.
Vitor: Eu vou sim! Vou ser o melhor pai e todos os dias continuarei tentando ser o melhor esposo...E você é a melhor esposa e vai ser a melhor mãe! - Voltou seu olhar pra mim.
Maria Pia: Eu vou! Vou ser a melhor mãe pro NOSSO filho! - Sorrimos, entre lágrimas, acariciei o rosto de Vitor, ele se aproximou e nos beijamos, ouvimos uma batida na porta, que logo foi aberta.
Médica: Com licença!...- Disse simpática -...Saiu o resultado do exame que vai nos dizer com quantas semanas o seu bebezinho já está. - Eu e Vitor nos olhamos animados.
Vitor: É sério? Dá pra saber isso? - A médica assentiu.
Médica: Sim, o bebê de vocês está com 8 semanas, cerca de 2 meses...- Eu e Vitor nos olhamos surpresos e emocionados, meu Deus! Eu estava carregando um bebê de Vitor há dois meses, há dois meses o nosso amor havia se materializado dentro de mim -...E eu tenho outra notícia.
Maria Pia: Ai meu Deus! O que é?
Médica: Nós também já podemos ouvir o coraçãozinho do bebê! - Minhas lágrimas se intensificaram e Vitor deu um beijo em minha testa, logo fomos para outra sala para fazermos esse exame.
...
Eu estava sobre a maca e a médica preparando tudo para o exame, enquanto isso eu e Vitor já estávamos de mãos dadas e ansiosos, nossos olhos estavam marejados, nós estávamos muito emocionados.
...
Médica: Aquele pontinho ali é o bebê de vocês. - Apontou para o monitor, logo aproximou a imagem.
Maria Pia: Sério? Aquela coisinha ali pequenininha?
Médica: Aham.
Vitor: Deve ser por isso que chamam de sementinha. - Disse nos fazendo rir.
Maria Pia: Seu bobo! - Eu ria e chorava ao mesmo tempo.
Vitor: Uau...Que incrível, né?...- Vitor estava hipnotizado olhando para o monitor -...Tão pequenininho. - Uma lágrima caiu pelo seu rosto, mas ele estava tão perplexo que nem deve ter notado.
Médica: Na verdade ele, o feto, já está do tamanho de uma uva.
Maria Pia: Ai meu Deus! - Exclamei emocionada, com minha mão sobre a boca, olhei pra Vitor que tinha em seu rosto um intenso sorriso e olhos brilhantes, aquele brilho que ele só tinha quando estava muito emocionado, assim como ontem.
Médica: Agora nós vamos ouvir o coraçãozinho dele. - Apertei mais ainda a mão de Vitor e ele a beijou, de repente, um barulho alto e frenético invadiu a sala, eu chorei tanto que cheguei a soluçar, enquanto Vitor abaixou a cabeça e também chorava intensamente, logo ele veio até mim, beijou minha testa e sorrimos um para o outro, entre nossas lágrimas, logo a médica nos alcançou uma caixinha de lenços, Vitor pegou um lenço e delicadamente secou meu rosto.
Maria Pia: Assim você vai me fazer chorar ainda mais...- Rimos, então peguei o lenço da mão de Vitor e voltamos nosso olhar para o monitor -...É o nosso bebê! O coraçãozinho dele, Vitor! - Exclamei ainda incrédula, olhei pra Vitor que desviou seus olhos do monitor para encontrar os meus, nós sorríamos e chorávamos ao mesmo tempo, aquele momento era muito especial para nós dois, cada um da sua maneira, mas especial na mesma intensidade.
Logo a médica saiu da sala, informando que iria salvar aquele exame em um arquivo e iria nos enviar por e-mail, novamente nos deixando sozinhos. Aos poucos fomos nos acalmando, bebemos água e suspiramos aliviados depois de tantas lágrimas.
Vitor: Como você se sente? - Perguntou enquanto fechava a fivela da minha sandália.
Maria Pia: Emocionada...Feliz...Aliviada!...- Vitor se levantou e sorrimos -...Não é um alarme falso, o nosso bebê, a materialização do nosso amor está aqui dentro de mim. - Vitor assentiu, logo fechou seus olhos fortemente, tentando evitar as lágrimas que ainda estavam por ali, teimando em cair.
Vitor: Você…- Suspirou -...Esperando um filho nosso, e falando assim...Eu…- Levantou a cabeça, como se aquele gesto e o fato de não estar me olhando pudessem ajudá-lo a controlar a emoção -...Nem nos meus melhores sonhos eu imaginei que seria dessa forma, eu realmente não esperava que seria agora, eu pensei tanto em tudo o que você passou, eu abriria mão do meu sonho de ser pai se você não quisesse mais gerar um filho, eu te entenderia. - Balancei a cabeça em sinal de negação e segurei seu rosto entre as minhas mãos, o fazendo olhar pra mim.
Maria Pia: Agora é muito diferente, Vitor...Agora eu tenho amor, esse bebê…- Levei uma das mãos até a minha barriga -...Foi gerado com muito amor…- Vitor assentiu -...Mesmo que a gente não saiba em que momento foi exatamente, eu tenho certeza que fizemos esse bebê com muito amor!...- Emocionado, Vitor acariciou meu rosto -...E isso é tudo, isso é tudo o que eu sonhei, nós não precisamos sentar e conversar sobre isso, porque a forma como você me ama, a confiança que você me passa, que você me faz sentir...Já me convidaram a formar uma família com você, agora é muito diferente, é outra vida...Eu tenho certeza do que eu quero e eu estou tão feliz! - Disse emocionada, novamente estávamos chorando intensamente.
Vitor: Uma família...Nós estamos formando uma família...- Assenti, então sorrimos e nos beijamos entre nossas lágrimas -...Obrigado!...- Sussurrou com nossas testas encostadas após o beijo -...Eu achei que era impossível eu me sentir mais feliz, mas...Com você, Maria Pilha, TUDO é possível! - Rimos e demos um selinho.
Maria Pia: Sim! Eu sinto o mesmo...Com VOCÊ, Vitor Aguiar, TUDO é possível pra mim, superar meus medos, meus traumas, me desfazer das minhas armaduras, me permitir amar, ser amada e...Ser mãe!...- Voltei a chorar intensamente, enquanto Vitor tentava secar minhas lágrimas com seus polegares -...Obrigada! Obrigada a você por me permitir sentir esse amor novamente e por me dar tanto amor, agora...Agora vai ser tudo tão diferente. - Vitor assentiu.
Vitor: Vai sim, meu amor, eu vou estar aqui do seu lado, a todo o momento...E obrigado a você! Porque além de tornar todos os meus sonhos realidade, você fez isso de uma forma que eu nunca imaginei que seria possível, eu...Eu não sei nem o que pensar…- Rimos da sua forma de falar, ele realmente estava incrédulo -...Eu...Eu sou a pessoa mais feliz desse mundo, eu só consigo pensar que tudo valeu a pena...- Assenti -...Tudo...Eu te amo muito, meu amor! Muito! - Sussurrou, olhando em meus olhos, então novamente segurei seu rosto entre as minhas mãos e nos beijamos.
Maria Pia: Eu também te amo muito…- Sussurrei após o beijo -...Meu amor...Meu Marido...Pai do meu bebê! - Rimos, entre nossas lágrimas e demos um selinho, logo a médica voltou e conversamos um pouco com ela, Vitor obviamente preocupado perguntou quais eram as recomendações, a médica também nos passou os contatos de alguns obstetras que haviam ali para que pudéssemos fazer o acompanhamento da gestação.
Ao voltarmos pra sala de espera, uma ansiedade muito boa me invadiu, havia chegado a hora de dar a notícia, que com certeza não seria uma surpresa, pra Madá e Bebeth. Assim que nos viram, elas se levantaram do sofá e vieram em nossa direção.
Madalena: Minha filha! Como você tá? - Madá parecia tranquila, acho que o único que não suspeitava de uma gravidez era o Vitor mesmo.
Maria Pia: Eu ia tentar fazer uma surpresa pra vocês, mas...Eu acho que as nossas caras de choro e esses sorrisos bobos não escondem muita coisa…- Rimos -...Eu tô grávida! - Exclamei animada, Bebeth e Madá abriram um imenso sorriso e imediatamente ficaram com os olhos rasos de lágrimas, então nos abraçamos, nós três.
Bebeth: Abraço em grupo! - Chamou Vitor para o abraço e eu fiquei ali, no meio das três(agora quatro) pessoas que eu mais amava nesse mundo.

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Me espera
Fanfiction"Me espera" Esse é o nome de uma música interpretada por Sandy e Tiago Iorc, mas foi escrita por Sandy e seu esposo Lucas, em uma entrevista eles falaram que escreveram essa música em um momento do casamento em que os dois estavam um pouco distantes...