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O sol bate em minha cara e eu abro os
olhos no mesmo momento, esqueci a
cortina aberta novamente. Olho para o
relógio e já são nove horas.

A hora passou muito rápido.

Lavo o rosto e escovo os dentes. Encaro
meu reflexo no espelho e eu estou só uns caquinhos. Saio do quarto descendo logo em seguida. Ao entrar na sala de estar quase caio para trás, para variar!

— Josh? Como entrou?

— Seu pai me deixou entrar, e eu fiquei esperando a bela adormecida acordar. — reviro os olhos.

— Está fazendo o que aqui?

— Eu disse que voltaria!

— Você disse até amanhã, e não que
voltaria!

— Que diferença faz? — dei de ombros e me joguei no sofá. — Aconteceu alguma coisa?

— Não.

— Não parece, sua cara me diz que você chorou a noite toda. Por que? — soltei um suspiro.

— A vaca da namorada do meu pai é uma vaca que não se pode comparar a uma vaca. — bufei e ele me olhou como se eu fosse um E.T.

— Seu pai tem uma namorada?

— Descobri ontem. — digo com desdém.

— E pelo jeito você não gostou dela. — constatou.

— Não, pois ela é uma ridícula interesseira! — digo já irritada. — Mas me diz, o que temos para hoje?

— Algo que não é saudade. — diz rindo, lhe olhei com cara de tédio. — Tudo bem, falta poucas semanas para o nosso casamento.

— Calma ai, mas não era daqui um mês? — questionei sem entender.

— Era, mas vocês vão precisar logo do
dinheiro então meu pai resolveu apressar!

— Por mim ele poderia enfiar esse dinheiro todo naquele lugar. — resmunguei a mim mesma.

— O que?

— Nada, prossiga.

— Meu pai acha que já devemos morar
juntos. — arregalei meus olhos.

— Mas já?

— Sim, assim nós já nos acostumamos e nem levantamos desconfianças aos outros. Eu não sei... — na hora que eu olho para escada, vejo Yonta descendo. Vestia apenas uma camisa do meu pai, da mesma forma que na madrugada. Sinto meu sangue borbulhar.

— Bom dia! — deu um sorriso falso e entrou na cozinha como se fosse dona da casa.

— Uou! Quem é essa beldade? — Josh diz com a boca aberta e eu reviro os olhos.

— A namorada do meu pai! — coloco as
mãos no rosto.

— Conta outra.

— Eu estou falando sério! Agora vem, vamos para o meu quarto. — ele me encara arqueando a sobrancelha — Não seja idiota! Para conversar sem que tenha alguém nos ouvindo.

— Ah tá. — subimos direto para o meu
quarto.

— É o seguinte, eu estou perdida. — digo me sentando em minha cama enquanto o via se jogar em uma poltrona do outro lado do quarto.

— Tá, e a novidade? — bufei e arremessei uma almofada em sua direção.

— Estou falando sério Josh! Olha, tudo isso será por um contrato certo?

— Isso mesmo, achei que já tinha
compreendido o por que disto se chamar casamento por contrato. — diz com obviedade.

— Quer levar um despertador na fuça? — lhe ameacei com o despertador e ele nega. — Ainda bem que tem amor a vida. — ele riu — O que eu estou querendo dizer, é que eu nunca nem vi esse contrato e logo logo terei que assinar. Eu tenho que ler para saber o que eu realmente estou assinando.

Casamento Por Contrato | Adaptação Beauany Onde histórias criam vida. Descubra agora