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No dia seguinte, acordo como sempre, as seis da manhã. Josh estava dormindo ainda. Me levantei e peguei minhas roupas entrando no banheiro. Tomei um rápido banho, assim que sai e Josh já estava acordado.

— Bom dia! — digo indo direto para a frente do espelho grande.

— Bom. — boceja — dia!

— Dormiu bem?

— Não sei, eu estava dormindo!

— Mal começou o dia! — digo escovando meu cabelo.

— Sabe como é.. — revirei os olhos. — Já vai para faculdade?

— Sim, tenho que falar com a diretora e
logo depois ir para o hospital. Eu entro as oito.

— Eu te levo!

— Não precisa, eu pego um táxi! — ele
revira os olhos.

— Deixa de frescura, eu vou só tomar um banho.

— Tudo isso para não me dar um carro? —  provoco.

— Ainda com essa história? Desencana! — diz entrando no banheiro.

— Eu tenho meus direitos! — cruzei os
braços.

— Claro que tem, menos o de ter um carro e sair atropelando pessoas bonitas como eu! — retrucou ainda no banheiro.

— Você é ridiculo! — ele riu.

Arrumei minha bolsa e aproveitei para
terminar de ajeitar o meu cabelo. Sai do
quarto e assim que cheguei no primeiro
andar, senti um cheiro de café delicioso.

— Maria, eu estava morrendo de saudade do seu café! — digo entrando na cozinha lhe pegando de surpresa.

— Já acordada?

— Tenho estágio.

— Vocês mal voltaram de viagem.

— Já fiquei muito tempo longe de tudo,
estou precisando focar mais nos estudos.

— Entendo.

— E Sina? — pergunto me sentando no balcão.

— Ih! Essa só vai acordar lá para as onze ou uma da tarde.

— Já previa. — ela riu.

— E Josh?

— Tomando banho. — Maria me serve uma xícara de café. — Obrigada!

— Por nada flor! — sorriu mas depois voltou a ficar séria. — Any, esse casamento..

— Sim, e foi um momento de desespero
onde eu estava confusa, papai fazendo
pressão sobre mim e acabei aceitando. — digo antes de soltar um suspiro. — Não me orgulho, não pense que foi tão fácil. Um lado meu se arrepende perdidamente, mas outro lado.. por outro lado não me arrependo nenhum pouco. É complicado. — digo antes de tomar um gole do café.

Maria sempre saca as coisas de primeira, é óbvio que ela não iria cair nessa. Não me conhecendo a tanto tempo. Ela segura minhas mãos e me encara.

— Vocês parecem se dar bem.

— As vezes queremos nos matar, mas
outras vezes... eu não sei explicar. — dou de ombros.

— Gosta dele? — me encarou.

— Pior é que eu gosto! — faço uma careta com a confissão e ela sorri. — Não queria gostar, mas gosto.

— Ele também parece gostar de você.

— Ele gosta, mas não dessa maneira. — a encaro. — Ele só está tentando fazer com que dê certo.

Casamento Por Contrato | Adaptação Beauany Onde histórias criam vida. Descubra agora