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Eles não podem estar juntos, isso é coisa da minha cabecinha cheia de paranóia. Apenas isso. Mas se tiver, que diferença faz mesmo?

— Tá pensando em que? — Josh brota do nada me dando um susto.

— Que susto! Quer me matar do coração? — perguntei colocando a mão sobre o peito.

— Nossa, estava tão longe assim? — diz
pegando a taça de champagne que estava em cima da mesa e tomando um gole.

— Onde você estava?

— Conversando com o Alex!

— E Savannah?

— Eu sei lál — deu de ombros e me encarou. — Calma, você pensou que eu estava com ela?

— Você vive defendendo ela, vocês já
tiveram um rolo, ela te ama, o que quer
que eu pense quando os dois somem ao
mesmo tempo? — ele suspira colocando a taça no lugar.

— Nos Estados Unidos chamamos isso de paranóia, já aqui no Brasil de ciúme. — sorriu em provocação. — Eu não estava com ela. Vamos dançar? — estendeu sua mão para mim.

— Eu não sei dançar.

— Eu também não mas quem se importa? O casamento é nosso, ninguém tem o direito de falar mal da nossa dança. E se falarem eu chuto todo mundo daqui! — soltei uma risada.

— Josh agressivo, essa é nova. — digo
pegando em sua mão. Ele nos guiou até
a pista de dança onde uma música lenta começava a tocar. Nos posicionamos no meio da pista, minhas mãos em seus ombros e as suas em minha cintura tentando seguir o ritimo da música.

— Como vai Sra. Beauchamp? Tem recebido muitas inimigas? — soltei uma risada.

— Não tenho inimigas, tenho fãs
revoltadas. — ele riu.

— Olha ali! — apontou para um ponto
atrás de mim. Me virei e vi Heyoon e Lamar aos beijos. — Eles nāo tem um pingo de respeito pelos outros, já pensou se alguma criança vê isso?

— Isso é o cúmulo do absurdo, deveriam expulsá-los. Isso aqui é um casamento de familia! — entrei na brincadeira.

— Que decepção, não foi assim que eu o
ensinei. — eu ri novamente. — Como se
sente? — soltei um suspiro leve.

— Não sei, como deveria me sentir? Feliz?

— O que? Você não está feliz? — parou de dançar para me olhar.

— E você está?

— Bom.. — o interrompi.

— Não é como você pensava. — concluí. — Eu sei, eu também.

— Pelo menos é com uma garota legal!

— Legal? — o encarei rindo.

— Sim. As vezes você é meio surtada, vive querendo me agredir mas no fundo é uma boa pessoa. Talvez eu tenha me casado com uma psicopata? Talvez. Mas pelo menos é bonita.

— Primeiro me chama de psicopata e
depois de bonita. Você realmente sabe
levantar o astral de alguém.

— Eu sei, eu sou ótimo nisto.

— Eu ainda não acredito que você é o
mesmo Josh que me chamou de estúpida.

— Eu ainda te acho estúpida! — eu parei e o encarei.

— Como é?

— Estou brincando, não precisa surtar. — riu. — Não te acho mais estúpida, talvez um pouco mas finge que eu não disse nada.

Casamento Por Contrato | Adaptação Beauany Onde histórias criam vida. Descubra agora