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Assim que entrei na sala do hospital Heyoon me encarou.

— Chegou cedo. — me abraçou. — Você está gelada, está tudo bem? — me olhou
preocupada.

— Sim, está. Eu estou bem. — sorrio tentando tranqulizá-la.

— Como está meu afilhado?

— Bem. — eu sorri.

— Essa carinha quer dizer que deu tudo
certo? — afirmei. — Eu sabia, você é tão bobinha. — se sentou.

— Você sabe, eu fiquei apavorada. — digo guardando minha bolsa no meu armário. — Mas no fim deu tudo certo, houve declaração e tudo.

— Eu deveria ter apostado uma ótima
grana com você sobre Josh sentir o mesmo que você estaria com uma ótima grana agora.

— Sim, você estava certa. — digo vestindo meu jaleco.

— Eu raramente estou errada com algo. — sorriu. — Mas agora não podemos ir mais para Las Vegas! — me olhou fazendo um beicinho.

— Eu e Josh nem conversamos sobre isso, mas podemos viajar depois. Nossa viagem ainda está de pé.

— Ótimo! — riu animada.

— O que temos para hoje? — perguntei
passando álcool gel em minhas mãos.

— Vamos ficar na emergência mais tarde. Transferiram algumas pessoas para a clínica e Nicky teve que ir com eles. Agora vai ser o Kyle quem vai ficar nos monitorando. Ainda essa semana vamos ter aquele simulado.

— Meu Deus, o simulado! — digo em
desespero.

— Any, você precisa contar para eles. Sabe que você vai ter que se afastar de
algumas áreas, mas não pode deixar de
informá-los com antecedência.

— Eu sei, mas eu quero ir ao médico
primeiro para saber se está tudo bem.

— Certo. — pegou sua prancheta
inseparável. — Vamos? — afirmei e sai da sala ao seu lado.

— Como está os preparativos para o
casamento?

— Está tudo indo bem, tirando o fato da
mãe do Lamar querer mandar em tudo o tempo todo. — bufou frustrada. — Tudo o que eu sugiro ela coloca defeito.

— Isso é o que eu chamo de sogra pé no
saco. — digo rindo.

— Você não tem noção, parece que o
casamento é dela e não meu. E você não sabe, ela fez questão de convidar a ex do Lamar. Você acredita?

— Ela quer acabar com o seu casamento. — afirmei.

— E você acha que eu não sei? Aquela
mulher é o cão de saia! — soltei uma risada.

Durante todo o dia nós ficamos em
diferentes áreas, fizemos algumas visitas e adiantamos algumas consultas. Durante o almoço não consegui comer muito, qualquer coisa me deixava enjoada.

No início da tarde, entramos na emergência e estava até tranquilo. Nem
todos estavam ocupados, estavam bem
tranquilos na verdade. Heyoon entrou na sala de curativos e eu fiquei andando pela sala de espera, até que percebi uma mulher sentada mais afastada com uma garotinha nos braços. Seu olhar era de puro desespero enquanto tentava acalmar a pequena menina. Preocupada, me aproximei de ambas.

— Com licença, o que há com sua filha? Ainda não foi atendida? — questionei.

— Ainda não. — diz trêmula, era bem jovem. — Ela não consegue respirar direito, eu não sei o que fazer! — diz com os olhos marejados.

Casamento Por Contrato | Adaptação Beauany Onde histórias criam vida. Descubra agora