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Eu já estava cansada de esperar! Já era
quase meia noite e continuava sem
notícias.

— Parentes de Silvio Soares? — um médico perguntou se aproximando.

— Aqui! — me aproximei dele. — Eu sou a filha! Ele está bem?

— Fique tranquila, ele passa bem! — suspirei aliviada. — Foi só um susto.

— Posso ver ele?

— Daqui a pouco. Seu pai não acordará ainda, mas fique sossegada. Graças aos
primeiros socorros prestados tudo ocorreu bem. Ele está saíndo da sala de exames e já será levado para o quarto. — sorri aliviada. — Com licença! — se afastou.

— Eu disse que ia ficar tudo bem. — Josh diz.

— Sim, você disse. — concordei sorrindo. — Obrigada por me passar confiança, mesmo que meu lado da medicina dissesse que está tudo bem o meu lado de filha sozinha estava morrendo de medo e entrando em pânico. — ele me puxou para um abraço.

Isso é tão bom. Como eu pude querer
estragar isso?

— É compreensível, se fosse comigo eu
estaria do mesmo jeito.

— Fiquei sabendo que seria pior. — ele me encara e seguro o riso.

— Aquela criança linguaruda! — esbravejou encarando a irmã basicamente desmaiada nos bancos.

— Uma hora eu iria descobrir, não a culpe.

— Com licença! — uma enfermeira nos interrompe. — Você é a acompanhante de Silvio Soares?

— Sim, aconteceu alguma coisa?

— Você já pode ver seu pai! Por favor, me siga.

— Pode ir, eu vou ficar com a Sina. — Josh diz.

— Tá bom. — segui a enfermeira, entrando no corredor dos quartos. Ela abre a porta de um deles e eu entrei logo após ela, e vi meu pai. Me aproximei de sua cama e ele dormia tranquilamente. Havia um pequeno curativo na cabeça e nas mãos.

— Ele vai dormir a noite toda. — diz a
enfermeira checando o soro.

— Por causa dos remédios. — constatei
passando levemente as mãos pelo rosto
dele.

— Não precisa se preocupar, foi só um
susto.

— O olhando assim eu percebi que foi
mesmo um susto. Mas na situação que eu o encontrei eu quase entrei em pânico.

— Compreensível.

— Mas graças as minhas sagradas aulas
de medicina eu soube me controlar. Meu professor estaria orgulhoso.

— Você é médica? — perguntou curiosa.

— Estou no caminho, ainda chegarei lá.

— E vai! — sorriu.

— Espero que dessa vez ele tenha
aprendido a lição. — murmuro a mim
mesma. — Ele vai ficar aqui por muito tempo?

— Acredito que em dois dias ele tenha
alta, vamos esperá-lo acordar e refazer
mais alguns exames. Se ele se sentir bem o suficiente, iremos dar alta a ele. Mas acredito que dois dias serão suficientes para a recuperação dele.

— Isso é bom. Espero que ele fique bem
logo.

— Não se preocupe, ele está em boas mãos. Prometo cuidar direitinho dele!

— Não quero te dar trabalho!

— Esse é exatamente o meu trabalho. — riu. — Não se preocupe.

— Obrigada, nem sei como agradecer. Qual é o seu nome?

— Priscila, Victoria Priscila mas prefiro Priscila! — explicou e eu sorri.

— O nome da minha mãe era Priscila, ela morreu a algum tempo atrás.

— Sinto muito por ela! Mas, e seu nome?

— É Any — olhei para meu pai. — Acho
melhor deixar ele descansar, qualquer coisa é só me ligar. O meu número está na ficha!

— Pode deixar! — sorriu. Dei um beijo em meu pai e sai do quarto. Estou caminhando até a sala de espera e vejo que Josh e Sina parecem discutir.

— Tudo bem por aqui? — perguntei ao me aproximar.

— Sim! — Josh respondeu.

— Não! — Sina retrucou mal
humorada.

— Fica quieta! — diz irritado mas depois me olhou e sorriu. — E então Any, como está seu pai?

— Está bem, está dormindo por causa dos remédios e só vai acordar amanhã.

— Que bom. — diz ainda sorrindo.

— Fico feliz pelo seu pai Any, agora
vamos comer! — Sina diz.

— Não começa, a gente não vai agora!

— O que esta acontecendo? — perguntei perdida.

— Ela quer ir McDonalds agora, são onze da noite!

— Eu conheço um lugar que fica aberto a noite toda, seu idiota!

— Conhece como?

— Existe internet, nunca ouviu falar? Nela você encontra muitas coisas. — ela diz com sarcasmo.

— Mas está muito tarde! — ele argumenta.

— Eu estou com fome! Fome! — Josh revira os olhos.

— Chega gente! — intervi. — Vamos logo a esse tal lugar e depois para casa, sem discussões.

— Any eu te amo! — ela me abraçou. — Acho que vou morar para sempre com você!

— Vai! Fica puxando o saco dela, agora
quero ver aturar ela! — Josh diz.

— Cala a boca, invejoso! Eu vou ter comida, você não. — ele revira os olhos e assim saímos do hospital.

Será que algum dia existirá um Beauchamp fácil de lidar?

Casamento Por Contrato | Adaptação Beauany Onde histórias criam vida. Descubra agora