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Nos despedimos rapidamente de todos e corremos direto para o AP. Tivemos que arrumar nossas coisas bem rápido ou poderíamos perder o nosso vôo. Trocamos de roupa, pegamos tudo que precisávamos e seguimos diretamente para o aeroporto.

Faltava poucos minutos para o nosso vôo e eu já estava nervosa. Avião não é bem um meio de transporte que eu goste. Foi uma dessas "giringonças" que tirou a vida da minha mãe.

Logo o vôo foi chamado e nos dirigimos ao portão de embarque.

- Você está tremendo. - Josh nota ao se sentar em seu acento ao meu lado.

- Eu não gosto de aviões. - confessei.

- Percebi! Relaxa ok?

- Ok. - fechei os olhos tentando me
acalmar. Assim que o avião levantou vôo, por um impulso me agarrei ao braço de Josh. - Vamos morrer!

- Nós não vamos morrer! - diz rindo
comigo ainda agarrada ao seu braço. - Só relaxa.

- Tá. - respirei e inspirei. - Não vai acontecer nada. Nadinha! É coisa da minha cabeça, vamos ficar bem. Muito bem inclusive.

- Er.. Any..

- O que?

- Está machucando meu braço!

- Desculpa! - soltei seu braço de imediato.

- Pode falar a verdade, que tipo de luta
você pratica? Caramba! - diz segurando seu braço fazendo uma careta exagerada de dor.

- Desculpe, eu meio que entro em pânico.

- O máximo que pode acontecer é seu cabelo ficar bagunçado. - o encarei.

- Como é?

- Nada. - riu.

- Você está muito engraçadinho hoje, não acha?

- Me dizem isso desde que eu nasci!
Sempre fui um garoto muito bonito. - revirei os olhos.

- Na fila da humildade você deve ter
passado bem longe né?

- Estou simplesmente te dizendo que
eu sempre fui lindo. Contra fatos, não há argumentos.

- Dorme, é disso que você precisa. Dorme pois o seu mal é sono.

- A verdade dói não é?

- Quer ver o que vai doer quando eu te
jogar desse avião?

- Vou te denunciar por agressão, lei João da Penha nelas! - gritou fazendo o avião nos olhar. - Mas ainda assim eu prefiro ficar acordado, você pode me matar!

- Você é ridículo! Não te conheço, nunca te vi. - fechei meus olhos e me encolhi no acento antes de ouvir sua risada.

Fechei os olhos e logo peguei no sono.

(....)

Acordo com alguém me balançando de um lado para o outro.

- Acorda!!! - Josh gritou.

- O que foi? - perguntei
assustada.

- Chegamos. - disse calmamente enquanto ria se levantando assim como os outros passageiros.

- Vai assustar o cão Josh! - digo mal
humorada enquanto ele continua rindo. - Mas já chegamos?

- Any, foram onze horas. Você que
dorme de mais!

- Oh meu Deus! Eu acho que desmaiei
durante o vôo! Nunca dormi tanto assim. - digo desesperada. Ele me olha.

- Se sente bem? - se aproximou assustado.

Soltei uma risada com seu desespero.

- Vai palhaço, me assusta de novo! - voltei a rir de sua cara.

- Palhacinha! - resmungou. - Não brinca com coisa séria.

- Pimenta no olho dos outros é refresco né? - me levantei também.

Desembarcamos e pegamos um táxi direto para o hotel. Paramos logo em frente ao luxuoso Hotel Plaza Athenee. É imenso por fora, por dentro então nem se fala. Nos dirigimos até a recepção do hotel Para fazer o check-in.

- Boa tarde! - diz a recepcionista forçando seu inglês com resíduos de francês.

- Boa tarde! - Josh soltou em seu perfeito inglês. - Tenho uma reserva.

- Claro. - Sorriu novamente. - Em nome de quem?

- Josh Beauchamp e Any Gabrielly Beauchamp - ela me olha com cara de quem comeu e não gostou.

- Claro! - A recepcionista era loira. Bonita. Olhos verdes. Mexeu mexeu e mexeu em seu computador. - Aqui está. Suíte quinhentos e doze. - entregou a Josh dois cartões.

- Obrigado! - pegou em minha mão e
entramos no elevador.

- Você viu o jeito que ela me olhou? - perguntei indignada.

- Vai se acostumando! Pois você agora é esposa de Josh Beauchamp. O máximo que você vai receber das mulheres é olhares feios. - revirei os olhos.

- Que nem é tudo isso. - resmunguei.

- Ser lindo te incomoda, isso se chama
recalque. - revirei os olhos novamente. Desde que Josh entrou na minha vida fazer isso virou mais que hábito.

- As vezes eu tenho umas dúvidas sobre sua sexualidade. - soltei do nada. No mesmo momento em que digo isso me arrependo pois sou empurrada contra a parede do elevador. Josh me prende com cada braço ao lado do meu corpo me impedindo de sair.

- O que você disse?

- Eu... - engoli a seco. - Não disse nada.

- Acho que não ouvi direito. - me olhou sério.

- Vive num abacaxi e mora no mar. Bob
esponja calça quadrada! - comecei a cantar. - É uma esponja amarela e espirra água. Bob esponja calça quadrada!

- Por que diabos você está cantando bob esponja? - diz ainda se mover.

- Você quem começou, ué! - dei de ombros.

- Não faz a sonsa comigo, repete o que
disse antes. - se aproximou mais ainda
colando seu corpo no meu.

Santo bob esponja calça quadrada, desce aqui e me salva!

Casamento Por Contrato | Adaptação Beauany Onde histórias criam vida. Descubra agora