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Uma multidão se juntou em volta de mim me encarando. Inclusive Josh que me olha preocupado.

— Any, você está bem?

— Sim, sim. — tento me levantar — Ai meu pé!

— Deve ter machucado. — me ajuda
com cuidado a me levantar. — Vamos ao hospital.

— Não precisa.

—Precisa sim, consegue andar?

— Acho que sim. — tento pisar no chão mas meu pé dói e minhas costas também — Ai!

— Parece que não consegue não.

— De quem é o carrinho? De onde ele veio?

— Não sei, só vi ele indo em sua direção.

— Não é possível que o carrinho não tinha dono. — digo achando aquilo estranho.

— E tem! — uma voz feminina soou
e olhamos para dona da voz. Eu não
acreditei quando vi.

— Savannah? — Josh pergunta tão surpreso quanto eu.

— Me desculpe, perdi o controle do
carrinho. Esses emprestáveis precisam consertar direito essas drogas. Me desculpe mesmo! — não digo nada só a encaro, não tem um pingo de verdade no que ela diz.

— Tudo bem. — digo séria mostrando que não me convenceu em nada.

— Me desculpem por ontem, eu estava um pouco alterada.

— Tudo bem Savannah, agora eu preciso levar ela para o hospital. — Josh diz.

— Ai, me desculpe mesmo! — olho em seus olhos e vejo toda sua diversão neles. Filha da mãe!

— Tchau Savannah!

— Tchau, espero que não tenha sido nada grave. — acenou.

Me apoiei em Josh e fomos até a saída do supermercado.

— Quer que eu te pegue no colo?

— Não, até porque eu já estou melhor. Vamos embora!

— Any, não seja teimosa! — bufei e assim ele me pegou no colo. E com uma facilidade que me senti uma pena.

— Josh eu consigo andar! — ele me ignora. Entramos no carro e seguimos para o hospital. Eu sabia que não era nada grave, não entendia para que tanto auê assim.

Ao chegar no hospital, Josh me pegou nos braços novamente e me sentou em uma das cadeiras da sala de espera. Conversou com a recepcionista e logo voltou

— Não precisa me pegar no colo! — quase gritei.

— Tudo bem, vamos. — estendeu sua mão e eu peguei. Entramos em uma das salas.

—  Josh! — um médico entrou na sala. E confesso ele é um gato! — Como vai?

— Alex. — apertou sua mão — Bem e você?

— Tudo bem, olá! — apertou minha mão em cumprimento.

— Oi. — digo apenas.

— Em que posso ajudar vocês?

— Any foi atropelada por um carrinho de supermercado e eu quero ter certeza de que que ela não se machucou. — Alex encara Josh e depois a mim. Eu estava envergonhada.

Que tipo de pessoa é atropelada por um
carrinho de supermercado nos dias de hoje?

— Any sente-se ali! — apontou para a maca e Josh me ajudou. Alex se aproximou me examinando. — Vamos fazer alguns exames para ver se não houve alguma fratura. — me ajudou a descer — Nós já voltamos Josh!

— Tá. — saímos em direção a sala de Raio X. Uma enfermeira me ajudou a trocar de roupa. Me deitei em uma espécie de máquina enquanto a enfermeira arrumava o equipamento.

— Josh parece se preocupar bastante com você. — Alex diz se aproximando.

— Atoa. Nem foi tão grave o acidente.

— Nunca o vi assim. Agora não se mexa! — saiu da sala. Um estralo foi ouvido e ele retorna — Pronto! — eu me levanto.

— Você o conhece a muito tempo? —
perguntei curiosa.

— Fizemos um ano de administração juntos, e você?

— Vamos nos casar. — ele para e me encara surpreso — Estamos noivos.

— Essa é nova, nunca pensei que ele seria laçado! — riu — Pode se trocar. — assenti e me afastei. Troquei de roupa rapidamente e voltei. — Vou analisar seu exame e já digo o resultado.

— Tá bom. — ele me encara e depois minha mão — O que foi?

— É que eu não vi a aliança, por isso a surpresa. Não me leve a mal.

— Ah sim, faltam poucas semanas para o nosso casamento, então mandamos fazer outras! — menti. Nem eu sabia onde estavam as alianças.

— Entendo. Desculpe me meter. — sai da sala de exames e fui para sala de Alex onde Josh aguardava.

— E ai? Está tudo bem?

— Só vamos esperar o resultado! — depois de alguns minutos Alex entra na sala com um envelope.

— Não precisam se preocupar porque não tem nenhuma fratura. — suspirei alivíada — As dores são por causa do impacto da batida, só teve uma pequena torcida no tornozelo. Só terá que repousar por vinte e quatro horas. Mas é só tomar esse analgésico — escreveu em um pequeno papel e me entregou.

— Eu disse que não era nada. — digo a Josh

— Obrigado Alex! — se levantou e apertou a mão do médico.

— Sempre aqui, e parabéns pelo noivado! — Josh me encara.

— Obrigado, e eu vou te esperar lá. Te mando o convite assim que chegar.

— Conte comigo, até mais Alex! — apertei sua mão.

— Até mais! — saímos de sua sala. — Josh, eu estou com fome. — resmunguei.

— Vamos comprar seu remédio e depois compramos uma pizza, pode ser?

— Tá bom. — ele abriu a porta do carona para mim e me ajudou a entrar com cuidado. Não demorou para que o carro estivesse em movimento. — Eu acho que eu deveria ter um carro. — ele riu. — Tá rindo do que?

— Você acha mesmo que eu vou deixar
você ter um carro? — lhe encarei.

— Por que não? Eu sei dirigir e tenho
carteira. Eu tenho todo o direito de ter um carro!

— Josh, você já é agressiva sem um carro. Você com um carro uma ameaça a humanidade! — lhe olhei indiganada.

— Isso é um absurdo!

— Não, não é um absurdo. Eu estou apenas protegendo minha pele, você passaria com um carro em cima de mim!

— Passaria mesmo, você é irritante! — cruzei os braços e ele ri.

— Tá vendo só? Eu tenho total razão

Soltei um suspiro e forcei uma risada.

— Eu estou brincando, nunca passaria com o carro por cima de você. Você é uma ótima pessoa, tem um coração tão puro, é um noivo tão... tão atencioso. — sorrio.

— Eu estou realmente tocado com essa
declaração, mas ainda é não! — meu sorriso se foi e uma carranca tomou meu rosto.

— Você não manda em mim! — desviei
minha atenção para o lado de fora do vidro. — Como pode me tratar dessa forma comigo estando doente? Ai! Meu pé dói tanto. Josh, você é um monstro! — ele ri.

— Já disse que sua atuação é horrível? Pois é, sua atuação é horrível!

— Atuação? Como ousa? — ele riu mais ainda fazendo pouco caso da minha
atuação.

Eu vou ter um carro com ele querendo ou não!

Casamento Por Contrato | Adaptação Beauany Onde histórias criam vida. Descubra agora