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Encarei Carmen em choque, minhas
pernas estavam quase vacilando, ainda bem que eu estava sentada.

— O que? Mas a Britanie.. — me interrompi ao lembrar que Britanie quem sempre se oferecia de pagar minha faculdade, é claro que ela não pagou.

— Any, o pagamento está atrasado a
seis meses. — o que? — Se não pagá-los, infelizmente você não poderá continuar aqui.

— Olha Carmen, eu e meu pai estamos passando por uma crise, e a minha faculdade é tudo para mim. Por favor me dá só mais um tempo!

— Tudo bem Any. — suspirou e me encarou. — Te dou só mais um mês, você sabe que eu gosto de você e se eu pudesse eu não te deixaria nessa situação mas, essa é a política da universidade.

— Obrigada! Logo eu vou conseguir pagar.

— Vou ter que te afastar até que o pagamento seja feito. — suspirou me olhando. — Não iremos trancá-la, vamos manter sua vaga. Principalmente por você já estar a ponto de se formar. Mas eu preciso seguir ao menos uma das regras da universidade.

— Tudo bem, eu entendo.

— Iremos colocar outro aluno para lhe cobrir no hospital, não se preocupe. — tentou me confortar e apenas acenei com a cabeça em concordância — Está dispensada, pode voltar.

— Mais uma vez, muito obrigada. — agradeci e me retirei da sala. Eu estava
morrendo de vergonha, nunca que isso
aconteceu. Sempre foi pago direitinho mas depois que meu pai deu esse dever a Britanie..

Nem quis voltar para a sala. Fiquei no
jardim refletindo um pouco e não demorou para que Heyoon aparecesse.

— O que houve? — se sentou ao meu lado.

— Ai Yoon! — lhe abraço sentindo as lágrimas começarem a invadir meus olhos. — É muita pressão em cima de mim.

— Me fala, o que está acontecendo?

— Tá. — suspirei.

Com calma comecei a contar tudo a ela que ficou por um longo tempo sem reação. Heyoon era a rainha das reações, isso demonstrava o quão sério tudo parecia ser.

— Casar? Mas você nem mesmo o conhece. — começou ela.

— Exatamente, e meu pai quer basicamente me obrigar a isso, e eu não estou encontrando nenhuma saída.

— Agora eu não sei, está muito complicado. — diz arrumando o cabelo como se tentasse pensar em algo.

— Eu vou indo, não tenho mais cabeça
para continuar.

— Tudo bem, qualquer coisa é só me ligar.

— Tá bom. — lhe dou um beijo e vou
andando até chegar em casa.

Assim que adentrei a casa, Maria minha empregada de anos vem falar comigo.

— Any eu sei a situação em que vocês estão e sinto muito mas, eu não posso continuar. Eu tenho quatro filhos para sustentar, uma mãe doente, e eu não posso continuar trabalhando e não receber nada.

Oh não! Até a Maria eu vou perder.

— Sinto muito, eu não queria abandonar vocês mas eu preciso pensar em mim. — eu a abraço fortemente.

— Desculpe te fazer passar por isso Maria. Eu entendo. Assim que nós conseguirmos nos resolver eu entro em contato para resolver suas contas. — ela afirmou e me abraçou pela última vez saíndo logo em seguida.

Subo para o meu quarto e me jogo na
minha cama enquanto tento pensar em outra saída mais rápida e eficiente disso tudo.

Frustrada joguei o meu despertador contra a parede. Por que tudo tem que ser tão complicado para mim?

Passei o restante do dia trancada no quarto. Após tomar um banho, desci para o andar de baixo e fui direto para o pequeno bar na sala de estar.
Coloquei um pouco de whiskey no copo e tomei um gole enquanto sentia minha cabeça latejar.

Meu pai entra na sala e me encara.

— Filha você sabe alguma coisa da Maria? Eu não a encontro.

— Pai, a Maria foi embora.

— Como assim? — me olhou sem entender.

— Ela não pôde continuar com a gente. Ela precisa de dinheiro e na situação em que estamos não dava para ela continuar trabalhando duro sem receber. — digo antes de virar mais um gole do whisky o sentindo queimar minha garganta.

— Ótimo, mais problemas! — se senta no sofá e abaixa a cabeça. Virei o último gole da bebida e encarei papai.

— Por esse motivo e entre outros eu decidi que... eu vou me casar com esse filho do seu amigo. — ele levanta a cabeça e me encara.

— O que?

Casamento Por Contrato | Adaptação Beauany Onde histórias criam vida. Descubra agora