🐺 Capítulo 10 🐺

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Boa leitura❤️

° CAPÍTULO REVISADO °

                          J U N G K O O K

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                          J U N G K O O K

Hoje é um daqueles dias que me sinto inútil. Me sinto doente fisicamente e mentalmente. Meu corpo dói. Minha mente dói. Sem vontade de viver. Só queria ficar deitado em posição fetal. Estou tão desanimado para fazer qualquer coisa.

Ânimo, preciso de ânimo, mas a única coisa que se apossou do meu corpo é tristeza.
Queria gritar, e talvez eu seja taxado de louco por isso, mas eu preciso fingir ser saudável, fingir que anda tudo bem... Fingir que sou feliz. Sorrir para todos como se eu não fosse quebrado, como se cada palavra que meu pai diz, não me machuque cada vez mais, preciso fingir estar tudo bem se não quiser ser feito de saco de pancada de novo… Como se isso fosse adiantar de alguma coisa.

O que mais dói, é estar de mão atadas,
não podendo fazer nada, não poder contar com ninguém.

Com 8 anos de idade, eu me sentia muito triste, gostaria de ter um pouco de felicidade, mas minha mãe acabou morrendo em um acidente de carro, meu pai não me ama e só vive brigando comigo.
Quando me sinto triste, compartilho com a lua, que toda noite me ouve e nunca me julga por ser fraco, por ter nascido sem utilidade, por ser ômega. Quantas vezes meu travesseiro foi meu companheiro nas madrugadas a fora? Sendo testemunha das minhas lágrimas pesadas e dolorosas.

Uma criança de 8 anos deveria estar na escola e brincando, não? Eu não tive uma infância agradável e nem ao menos ia na escola, meu pai me obrigava a fazer as tarefas de casa e dizia que sentia repulsa de mim, que eu era tão inútil que minha mãe preferiu se matar em um acidente do que conviver comigo. Eram palavras pesadas de se dizer para uma criança, mas eu ouvia tudo calado e a noite chorava querendo que tudo fosse diferente.

Eu queria ser feliz.

Às vezes tudo fica tão mais aceitável, sentia que tudo ia se resolver, mas infelizmente o barulho volta, o medo volta, tudo se desmonta, criando o pior dos pesadelos, matando tudo, e acima de tudo, mostrando o quão fracassado eram meus pensamentos e vontades. Com o passar dos anos, eu me sentia cada vez mais vazio, sem vontade de viver, mas ainda sim eu não pensava em tirar minha própria vida. Mesmo ela não tendo valor para ninguém.

Eu queria ter amigos, queria carinho de alguém e queria ser livre, livre para encontrar o meu caminho.

Aos 14, eu nem me reconhecia mais, fui me acostumando com aquela vida, se é que eu poderia chamar de vida. A cada dia meu pai arrumava uma desculpa para me fazer seu saco de pancada, às vezes ele fazia por querer mesmo. E tinha vezes que nem lágrimas para derramar eu tinha, o que fazia ele ficar ainda mais nervoso.

Sob Meu Domínio- ABO(Jikook)Onde histórias criam vida. Descubra agora