21: Até mais, irmão

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James voltou ao campo de batalha ao lado de Frank Longbottom e rapidamente percebeu que era uma missão difícil salvar o maior número de pessoas. Ele que sempre teve opiniões fortes nunca se considerou um herói. Ele queria ser uma mudança, mas não se via como alguém capaz de salvar o mundo. Mas Frank Longbottom salvava. Pessoa por pessoa, ele ajudava famílias a escaparem dos alemães.

E James e seu alemão fluente passou a ajudá-lo. Todos os dias. Frank e James estabeleceram uma conexão. Frank contou que estava noivo, Alice, uma escritora judia que estava nos Estados Unidos. Havia partido no início da guerra. Frank a alertou e ela levou a família embora. Ele havia ficado e foi obrigado a lutar.

James contou sobre os irmãos, sobre o pai. Sobre ser russo de coração e inglês de nascimento. E sobre Lily, a aristocrata que roubou seu coração e jamais devolveu.

Sirius Black desertou. As garrafas de whisky escocesas eram suas melhores amigas.

Remus estava perdido. Havia perdido seus irmãos. Mas Lily o ajudava em cada pequeno instante.

Alguns anos se passaram quando James finalmente conseguiu escapar dos alemães. Ele e Frank haviam ajudado inúmeras pessoas. Eles foram imensamente Unidos durante todo o processo.

Ao se despedir de Frank desejou profundamente que ele reemcontrasse a amada, Alice.

- Frank, me mande notícias de alguma forma.- James disse olhando o trem dos aliados.

- Quando tudo isso acabar. - Frank olhou os grandes olhos de James. - Onde você estará?

- Na cidade de Karl Marx. - James disse sorrindo. - Eu prometi para algumas pessoas que estarei lá.

Frank Riu alto. James era completamente louco.

- Vai para Treveris? Voltar para a Alemanha pós guerra? - Frank o encarou. - É loucura Mikhail.

James encarou o chão e disse sorrindo.

- Eu cumpro minhas promessas, Longbottom. Eu te visitarei em Paris.

Frank o abraçou apertado. Aquele homem havia o ajudado de inúmeras formas. James era a esperança viva. Alguém pelo qual valia a pena lutar.

- Vamos? - James ouviu Mary dizer ao seu lado. A médica que havia salvado a sua vida.

- Vamos. - ele respondeu tranquilo. E sussurou - Até mais, irmão.

Marlene observava Sirius todos os dias. Ele bebia uma garrafa de whisky por dia. Já faziam anos. Ela o amava muito. E cuidava dele. Ele trabalhava para o exército inglês. Remus ainda servia aos russos.

- Você precisa parar. - Marlene ouviu a voz de Lily Evans ao seu lado. - Não é justo que passe a vida assim.

- Ah, claro, vindo da garota em luto eterno. - Marlene respondeu e sabia que estava sendo cruel, mas Lily realmente estava estagnada desde da morte de James. Mesmo com Remus ao seu lado constantemente.

- Lene, você sabe. - Lily tentou responder.

- Lily, por favor. Você podia se casar com o Remus e não o fez. Não julgue o fato de eu querer saber como Sirius está. - Lene respondeu séria.

- Tudo bem.

Remus chegou em casa e o viu sentado. Ele estava bêbado.

- E aí? - Sirius perguntou sorrindo. - O que fez pelo nosso amado Stalin hoje?

- Me deixa em paz, Sirius - Remus respondeu sério.

- Como nós nunca percebemos? - Sirius parecia delirar sozinho, mas Remus queria ouvir qual acusação viria a seguir então encarou o irmão. E Sirius o olhou com o que Remus chamaria de desprezo puro. - Você sempre quis ser ele. Ele era o mais inteligente. Ele era o centro das atenções. Onde quer que fossemos os olhos eram dele. Você era a sombra, a sombra de Mikhail. - Remus conteve a mágoa e continuou ouvindo porque achava que merecia. - Ele era o herdeiro verdadeiro da Rússia, o afilhado de Lênin. Você deve ter pensado que se o papai tivesse te encontrado antes na rua você seria o Mikhail não é? Mas não, caro Remus você não é ele. Lily nunca olharia para você enquanto tivesse James por perto. E você sabe. O deixou morrer Remus? Deixou meu irmão morrer? - Foi quando Sirius começou a chorar copiosamente. Então, Remus apenas o abraçou. Remus amou Lily no momento em que a viu, mas assim que viu ela olhando para Mikhail sabia que ela jamais desviaria o olhar dele. Ele amava os irmãos. Jamais os trairia. Ele era o segundo mais inteligente e estava tudo bem, ele aceitou ver James brilhar. Era generoso o suficiente. E amava Sirius e até mesmo Peter a quem ainda protegia mesmo de longe. A morte de James o quebrou por completo.

- Eu te amo Sirius e eu amava Mikhail. - Foi o que conseguiu dizer quando ouviu Sirius suspirar profundamente.

- Eu preciso parar não é? - Sirius disse entre as lágrimas. - Não posso perder você e a Lene.

Remus apenas o encarou. O irmão corajoso em cacos.

- Jamais me perdoaria, você sabe.

- Remus, a guerra está acabando. Precisamos nos despedir dele.

Remus entendeu e sorriu. E pegando um copo de vodka ergueu.

- Ao melhor de nós. Para Mikhail.

Sirius sorriu com a saudade apertando. Ele precisava deixar ir metade de seu coração.

E ele deixaria em Treveris.

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