Elisa Bonaldi

20

Quase pulo para fora da cama. Arregalou os olhos o máximo que posso para poder ver que não é uma miragem da minha imaginação. Ou é? Estou sonhando? Só pode ser.

— Gabriel?!

Ele sai do escuro e se aproxima. Sério e sigo sua mão direita, onde toca seu pau robusto e cheio de veias. Acho que estou salivando.

— Diga e eu farei, Elisa. - Sua voz mais rouca que o normal me atiça ainda mais. Se antes eu estava molhada, agora estou uma cachoeira. Me coloco de joelhos na cama e demoro meu olhar pelo seu corpo. Analiso cada parte, não posso perder isso! Gravo cada detalhe seu. Até seus olhos desejos com brilho que nunca vi, mas acho lindo agora.

Me levanto e tomo meu objeto de desejo em mãos. Ouvindo seu "Ahh" em forma de desejo. Meus movimentos de vai e vem sessa. Pois me ajoelho para provar seu sabor.

— Vai me matar, assim.

Se isso for um sonho que dure a noite toda. Preciso disso, mais do que preciso de roupas. Ou do meu carro favorito. Estou tão cedenta que poderia ficar horas chupando ele. Mas Gabriel me ergue e me joga na cama. Sinto seu cheiro, seu hálito quente no meu pescoço, sua boca sugando meu mamilo e dando leves mordidas.

E repetidas vezes ele faz esse processo.

— Preciso de você. Por favor!- Digo entre dentes. Gabriel para e me olha. Vejo o momento que se ajeita entre minhas pernas, segura minhas mãos acima da cabeça e olhando em meus olhos entra em mim. - Ahhh!

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Acordo e rolo pela cama. Ouso abrir os olhos e me espreguico. Inspiro fundo e sento. Flash de um sonho muito doido e gostoso vem a memória. Esfrego os olhos e levanto passando a mão pelo meu cabelo desgrenhado. Me dirijo ao banho e todo banho.

Hoje decido vestir algo que diga " QUE MULHER!". Minissaia preta da Charo Ruiz Ibiza com babados de renda, cintura alta e cos de elástico. Blusa cropped branca da Balmain com detalhe franzido. Gola redonda, punhos dobráveis, fechamento com zíper na lateral.

Nos pés, uma sandália da Prada com aplicação de cristais no salto. Linda! Fatalmente perfeita. Escovo meus cabelos e para finalizar, um rimel e boca vermelha.

Caminho alegremente até que avisto todos no jardim. Se é que podemos chamar isso de jardim. É mais um gramado sem flores.

— Bom dia, Lisa.

— Bom Nikita. Acordei a tempo de me despedir de vocês. - Sorrio carinhosamente. Ela me abraça e retribuo com felicidade. Lia se aproxima e me entrega um xícara de chá.

— Vejo que esta melhor que ontem. - Suspiro, Lia se você soubesse o sonho maluco e deliciosamente pecador que tive, talvez você entendesse minha repentina alegria.

— Sim. Me sinto melhor. - Dou um gole em meu chá, para fugir de falar algo mais. Como dizer que sonhei com seu chefe e que foi um sonho bem depravado? Ave maria, quero nem pensar...

Mas já pensando...

Pensando nas mãos grandes na minha cintura, em meus peitos, na boca quente e deliciosa na minha. Na língua dando voltas e voltas...

— Bom dia, Bonaldi. - Dou um pulo do meu lugar e saio dos meus pensamentos pervertidos com a voz do dono dos meus pensamentos pervertidos. Deliciosamente comivel e lindo. Que prato hein! Lambia até o talo...

Ops...

— Bom... - Pigarreio- Bom dia, Ortega.

Olho direto para ele e vejo o brilho em seu olhar. Lá esta. É o mesmo do sonho. Inspiro. Como queria beijar sua boca! Argh!