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Ofego quando chego ao gramado, me apoiando na coluna a minha frente e quase querendo vomitar o que não comi

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Ofego quando chego ao gramado, me apoiando na coluna a minha frente e quase querendo vomitar o que não comi. Suas mãos circundam minha cintura e eu prendo o gemido de satisfação.

- Elisa, está tudo bem? - Me viro imediatamente e balanço a cabeça negativamente. Minha visão embacada pelas lágrimas não soltas. Coloco as mãos no peito e ofego alto.

- Vicenzo... não. Não está nada bem! Você aparece um ano depois, exigindo sua presença. Me forçando a estar na sua presença. - umedeco os lábios e olho em volta, a noite está fresca e isso afaga minha pele - Você é como um delicioso prato. Me convidar a te conhecer... óbvio que irei me apaixonar por você! Seu cretino! Olha só pra você!- estico o braço em sua direção apontando o para ele mesmo. - Óbvio que não terei escapatória.

Digo indignada e cruzo os braços. Em um ato para conter o nervosismo que se instala em mim, começo a andar de um lado para o outro. Vicenzo chega bem perto e se recosta na coluna.

- Isso seria tão ruim? Da última vez você conseguiu resistir. Não deve ser tão difícil.

Um riso animalesco toma conta de mim.

- Da última vez, eu me esforcei o máximo, fiz o possível e o impossível para não ver que, eu já havia me apaixonado por você. - paro de andar e elevo a mão a boca para sufocar meu gemido - Eu, havia conhecido o Gabriel e rolou uma atração física forte. E logo você, mas com você foi diferente - dou risada- Parece frase de canalha, mas não sei como expressar diferente. É como se além da atração física- paro e olho em seus olhos - Eu enxergasse que você é a pessoa que me tiraria a órbita, que  fizesse com que voltasse a acreditar que a vida pode ser vivida a dois. Mas você é um mafioso, não é?

- Minha doce Elisa. Fico feliz em saber como se sentiu, pois me senti da mesma forma. Nesse meio tempo longe de você, demonstrei gentileza, perdão, piedade por sua causa - Ele diz e se aproxima esticando a mão e acariciando meu rosto, respondo ao seu toque inclinando ainda mais a cabeça. - Foi tudo por você. Então você nunca sentiu atração por alguém que é capaz de fazer coisas terríveis e por algum motivo, só se importa com você?

Recobro minha consciência e retiro sua mão do meu rosto.

- Quem sabe numa outra vida, como personagens com histórias diferentes. Talvez então possamos compartilhar uma vida inteira.

Ele põe as mãos nos bolsos e me olha com adoração e vejo uma pontada de decepção.

- Olha, passei um ano inteiro evitando fazer a minha vontade, e escolhi respeitar a sua. Pois queria que visse que consigo me controlar, e dar um passo atrás. Respeitar suas decisões e ficar na minha. Mas se me mandar embora, quebrará meu coração, mas irei embora e nunca mais irá me ver. É isso que quer?

O olho assustada. Qual é Elisa?! Passou um ano inteiro sem ve-lo e saber da sua existência. Não é o que quer? É o que quero? Comprimo os lábios. Coço meu couro cabelo e suspiro. Droga!

Elisa Bolnadi, pilota de fuga, que lutou com homens, dona de si e que se gaba de sua liberdade e esta um pilha de nervos por um homem! Está presa. Presa por palavras que é incapaz de dizer. Novamente sinto as lágrimas virem. É diferente. No mês que estive com Vicenzo ele demonstrou ser atencioso, inteligente e amoroso. Tudo o que vai contra as histórias de livros.

Onde? Onde um cara como ele pode ser demonstrar misericórdia e ao mesmo tempo tirar a vida de alguém sem sentir culpa? E minha insegurança maior. Aceitar e ver tudo desmoronar como um castelo de areia. Afinal, príncipes não existem! E se ele for como Ian?

- Tenho uma filha. - Digo como se fosse a minha última desculpa.

- Eu sei. Quem mais conseguiria trazer ela para você? - arrega-lo os olhos. Foi ele! Ele que tirou Agatha de Ian e a me devolveu. - Não queria dizer, fazer isso ser um motivo para que me aceite. Mas você é inteligente, logo saberia. E eu a aceito de braços abertos.

Dou- lhe as costas e olho para o céu.

Que eu não me arrependa.

- Vai ter que me explicar direitinho o que você é, o que você faz e o quanto isso atinge a mim e a minha filha.

- Então aceita?

- Aceito. Por favor, não me faça me arrepender de te conhecer, Vicenzo.

Então ele me toma em um abraco que transforma tudo em paz. Seu cheiro me acalma, suas caricias e sua mão em minha coluna. Levanto a cabeça em seu peito e tenho a imagem mais maravilhosa.

- Obrigada, Coelhinha.

Sorrio com o apelido estranho. Ficamos assim por alguns minutos até escutar um farfalhar.

- Hey! Elisa! Estou com fome!

Me desvencilho de Vicenzo e vejo Bia toda vermelha, parada com os braços cruzados e Arthur logo atrás dela, igual um cão de guarda. Eles ficam bonitos juntos. Mas não quero nem pensar nisso, se para mim já é complicado. Porém a vida é dela e ela escolha suas batalhas.

- Estamos indo! - Escorrego minha mão na mão de Vicenzo que se entrelaçam. Soa poético. Sorrio. E caminhamos para dentro do hotel novamente.

Que noite!

Que noite!

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⏰ Última atualização: Sep 16, 2023 ⏰

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