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Acordo meio assustada. Tento abrir os olhos mas eles pesam. Quando consigo, nada vejo a não ser a escuridão. Inspiro fundo, e o incômodo se faz presente. A dor diminuiu mas ainda sinto umas fisgada profunda e dolorida.

Jogo minhas pernas para fora da cama e sigo para a cozinha. Nem me preocupo em colocar uma blusa. O top ja serve para cobrir a nudez e a calcinha cobre o que é pra se cobrir.

Acendo as luzes e vejo minha cozinha branca sem graça. Decido fazer um arroz, feijão e tempero um peito de frango. Em meia hora, tudo esta pronto.

Com a barriga cheia, decido tomar o outro comprimido. Encho um copo de suco de laranja e tomo. Assim que descanso o copo na pia, alguém bate a porta.

A passos de neném chego a porta e pela câmera de segurança vejo quem está lá fora.

Gabriel.

Gemo. Decido me fingir de morta e voltar para o quarto. Preciso de um banho para renovar as energias. Ligo a hidro, e pego uma tesoura para retirar as faixas. Assim que estou quase acabando, Gabriel invade meu quarto.

- Existe um termo chamado " invasão de privacidade". - Digo retirando a faixa. Gabriel me analisa dos pés a cabeça e confesso que isso me incomodou um pouco. Não estou nos meus melhores dias.

- Eu bati a porta. Você não atendeu e eu fiquei levemente preocupado. Fora que esse prédio é meu - Diz calmo e cheio de territorialidade. Ele se move ate minha cama e se deita nela.

- Levemente preocupado? Conta outra. - Vou até minha bolsa e tento achar um elástico para prender meus cabelos.

- Sim, senhora.

- Você é tão...

- Charmoso? Demais? Lindo?

- Inconveniente. - Digo fazendo cara de nojo. Tento prender meus cabelos em um coque, mas a dor dificulta meu trabalho. Gabriel se levanta e para bem atrás do meu corpo. Certo. Porra. Estou somente de calcinha e top. Suas mãos se juntam em meu pescoço e sobem, juntando todo meu cabelo. É uma sensação deliciosa.

- Quer saber? - ele sussurra em meu ouvido - Você não é tão durona quanto pensa ser.

Me viro, ficando a centímetros de seu rosto. Posso sentir seu cheiro, seu calor, posso ver que acabou de fazer a barba. Posso ver os detalhes dos seus olhos claros e de seu rosto perfeito. Mas não demonstro ser afetada.

- E você não é tão intimidante quanto pensa que é. - empurro seu corpo para o lado, sem usar muita força, e vou em direção ao banheiro. - quando sair feche a porta do quarto.

Elisa Bonaldi Onde histórias criam vida. Descubra agora