— Mãe, pai, cheguei — Yoongi disse assim que entrou em casa. Ele não estava tão acostumado a ir para sua casa logo após a escola. Mas agora que Taehyung começou a namorar sentiu que não se encaixava bem entre ele e a namorada e que dá-los privacidade era o melhor a se fazer.
Ele colocou a mochila no sofá e foi para a cozinha seguindo os gritos de seus pais em mais uma discussão. Iria para o quarto quando percebeu que não deveria ficar ali e se intrometer, todavia sentiu um puxão na gola da camisa e um soco lhe acertar em cheio.
— NÃO BATE NELE!!! — sua mãe gritou alto indo correndo para afastá-lo do pai, mas ela foi empurrada para trás e impedida de se aproximar enquanto o Min era arrastando para a sala.
— Garoto repugnante, como ousa aparecer aqui depois de passar semanas fora de casa? — ele estava mentindo e sendo exagerado, Yoongi passou apenas dias fora de casa com a permissão da mãe, mas dormiu em sua casa nos últimos dias, apenas não via o pai ali. — Aqui não é hotel para vir só quando quer não — outro soco acertou sua bochecha e ele foi jogado no chão com força. — Vá para seu quarto e não saia de lá — queria brigar com ele, dizer que estava exagerando e jogar toda a verdade na cara do homem, mas sabia que isso significava pedir para morrer. Porque seu pai não era alguém com quem ele podia bater de frente. Ele até tolerava sua mãe, mas não hesitaria antes de espancá-lo.
O Min mais novo foi correndo para o quarto e novamente pôde ouvir o som da discussão lá embaixo. Eles discutiam por tudo, por absolutamente tudo, não entendia porque se casaram, e muito menos porque o casamento ainda estava durando.
Pegou o celular e viu uma mensagem nova de Taehyung querendo que o encontrasse no parque. Ele rapidamente respondeu que não podia ir porque estava com muitas tarefas de escola para fazer, apesar de não ter gostado muito da resposta, Taehyung o compreendeu e mandou um okay dizendo para se verem outro dia.
A verdade era que Yoongi estava com vergonha que o melhor amigo visse o hematoma roxo em seu olho. Era sexta-feira e ele esperava que o sábado e domingo fossem suficientes para fazer aquela mancha roxa sumir de seu rosto. Caso não sumisse suas opções eram cobrir com maquiagem ou dizer que tropeçou e acabou batendo o rosto. Era engraçado como ele pensava em como disfarçar aquilo, porque quando as pessoas vissem elas iriam fingir que não tinha nada ali, ou pensar que ele se meteu em briga com colegas de escola. Ninguém iria desconfiar que fora o próprio pai quem o bateu aquele ponto. Então não havia motivos para sentir-se tão envergonhado, ou melhor, havia um e era Taehyung.
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Jimin viu as horas passarem rápido e ele logo estava em casa. Estranhou ao ver as luzes da sala acesa e um burburinho de pessoas conversando animadas. Curioso ele andou mais rápido e se deparou com a irmã sendo abraçada pelos pais enquanto esboçava um enorme sorriso no rosto brilhante, parecendo que ia chorar pela aparente felicidade que sentia.
— Oh, querido, você já chegou? — a mãe perguntou com um sorriso gentil vendo-o ali na sala. Sua irmã o encarou por breves minutos e sorriu. Aquilo foi estranho, normalmente ela sequer olharia em seu rosto, mas então ela estava sorrindo?
— O que aconteceu? — perguntou na esperança de entender o que era toda aquela comoção e abraços.
— Sua irmã foi aceita em uma das maiores universidades particulares do Japão, ela vai poder se graduar lá — sua mãe contou a notícia e o pai sorriu enquanto acenava com a cabeça confirmando o que a senhora Park acabara de falar. Jimin olhou com espanto para Jinjoo. Sua irmã, que havia começado a faculdade a pouco tempo já estava sendo aceita em outra universidade fora do país? Parecia loucura, mas não pode deixar de se sentir feliz por ela.
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Addicts
Ficțiune adolescențiTaehyung é a personificação da palavra "tóxico" no sentido de má personalidade de uma pessoa. Mas ele vive atormentado por um passado conturbante onde perdeu a pessoa que mais amava, ele acredita que casos de uma noite podem fazê-lo esquecer seus pr...