Assim que a porta do banheiro se fechou atrás de mim eu senti um corpo chocar contra o meu inesperadamente, o choque foi tão forte que eu achei que fosse cair, se uma mão firme não tivesse me segurado pelo braço. Se quer vi de onde veio o ônibus que quase me levou ao chão, mas quando o encarei tendo uma expressão de surpresa no rosto, essa não deixou meu rosto por mais alguns segundos quando capturei aquele rosto e senti o cheiro invadir meu sistema respiratório em segundos eternos.
Aquilo foi como ser acertado por um raio, não que eu soubesse como era mesmo ser acertado por um raio, mas foi tão intenso que quase senti minhas pernas amolecerem. Que porra de cheiro era aquele? E por que ele era tão... tão... se quer sabia a expressão certa para usar. Jamais tinha sentido um aroma daquele, era distinto de tudo que eu já tinha sentido, mas não por ser um cheiro raro e sim por ser agradável até demais ao meu olfato. Que merda estava acontecendo?
— Uau. Você não caiu do céu, mas ainda assim tenho um anjo nos meus braços. – Quando então a voz dele se fez presente, toda a surpresa se esvaiu como se ele tivesse me dado um tapa na cara para acordar pra vida. Espera, isso foi uma... cantada?! Que cantada barata é essa?! É pra eu rir ou chorar?
Franzi o cenho e me afastei, ajeitando minha roupa e expressão. Céus, eu tinha perdido a postura por quantos segundos? Espero que ninguém tenha visto eu quase estabanado no chão. O garoto de fios loiros, sorriso idiota na cara e com uma cantada horrível continuava me encarando descaradamente. O que é meu filho, nunca viu um gostoso?
— Me desculpe... – Murmurei me curvando levemente para me desculpar por ter esbarrado nele. Apesar de que não era minha vontade ter pedido desculpa, não depois dessa cantada cafona pra cima de mim. – Eu não o vi, sinto muito.
— Relaxa meu anjo, eu deveria era agradecer por ter esbarrado em mim, não é todo dia que tenho a sorte grande assim. – Ele sorria sem um pingo de vergonha naquela cara. Puta que pariu é de pior pra "deus, me socorre".
— Tudo bem... – Desviei meus olhos para qualquer outro lugar, tentando me situar melhor no que estava acontecendo e sair de perto desse alfa maluco. – Me desculpe mais uma vez. – Pedi novamente, só pra ter certeza de que ele entendeu que não foi a intensão, e então me virei para continuar meu caminho.
— Ah! Espera, espera! – Ótimo, o maluco está atrás de mim. Devo gritar por socorro agora? – Antes de voltar para o castelo de cristal. – Que porra é essa, maluco? Ele acha mesmo que vai me convencer que isso é uma cantada? – Me deixe tirar uma dúvida. – Continuava ele andando ao meu lado.
Mantenha a calma Jimin, ele deve estar perdido, pode ser uma dúvida de onde é a saída ou quem sabe o caminho para o manicômio, quem sabe. Mantendo minha postura polida e elegante parei de caminhar e olhei brevemente para ele.
— Se eu puder ajudar. – Sorri suavemente e ele pareceu se perder por alguns segundos me encarando, baixei os olhos para que ele não achasse que estava correspondendo sua encarada. Não olhe nos olhos de um alfa, era uma das regras. Passe a imagem de um ômega tímido.
— Oh, saquei... você é o perfeitinho daqui, não é? O inalcançável, certo? – O encarei confuso. Que papo era esse?
— Essa é sua dúvida, senhor...? – Questionei confuso, tentando não deixar minha expressão muito intensa, mas eu estava realmente começando a acreditar que ele era louco. O alfa sorridente, riu.
— Senhor? Oh não... não me chame de senhor, eu tenho só vinte e um anos meu anjo. Se quiser, pode me chamar de amor de sua vida, eu não iria me importar. – Deu de ombros e eu pisquei surpreso.
— Desculpe? – Mas que alfa sem vergonha, como ele tem a audácia de falar desse jeito com um ômega que nem se quer conhece? Estava tão acostumado com aqueles flertes decorados dos outros alfas, que não estava digerindo o que esse alfa sem filtro dizia, aquilo era mesmo uma cantada? De onde esse alfa surgiu?
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Complicado e Perfeitinho - [JiKook] - [ABO]
Romance[CONCLUÍDA] - EM REVISÃO Ele era apenas um ômega. Um ômega que deveria ser perfeito, que se moldava às expectativas e se sacrificava para ser digno de um alfa. Era o que seus pais diziam, e ele engolia essas palavras, uma após a outra. Mas então, um...