Complicado e Perfeitinho - [JiKook] - [ABO]

Mudança de Planos

⚠✋ ATENÇÃO! Este capítulo pode haver algum gatilho,

por isso aviso para tomarem cuidado! ✋⚠

No mas, espero que possam gostar do capítolo, como sempre.

Deixe sua estrelinha para que eu possa continuar a postar. E um comentário.

🐺💜🐺

Os dias que se passaram desde os acontecimentos do final de semana e da segunda-feira bastante confusa com a alfa Lim Yoona, foram se acalmando aos poucos, quero dizer, se acalmando na medida do possível, já que em casa, papai estava ainda mais nervoso. Meu tio tinha chego de viagem no final de semana seguinte e chegou logo esbanjando suas viagens pelo mundo, adorando falar sobre sua liberdade para nós dois. Papai quase teve um surto quando viu o corpo do irmão quase totalmente coberto por tatuagens, algo que eu achei lindo e já havia cogitado fazer. Assim como quase morreu de preocupação quando soube sobre alguns ataques que o mais novo recebeu de alguns alfas da oposição.

Foi uma manhã bastante agitada e rendeu muita enxaqueca para meu pai, que ficou de cama por um bom tempo deixando meu tio como minha responsabilidade. Como não podia faltar a alguns compromissos que minha agenda no Clube dos Ômegas exigia, acabei levando meu tio para lá e claro que não poderia render nada mais do que uma palestra para os vários ômegas, algumas discussões com os mais conservadores e uma amizade incrível com Roseane, tive que fingir surpresa quanto a isso.

— Mimi! Foi incrível! Quero dizer, tirando a parte da pequena discussão com aquela anciã, eu adorei conhecer o Clube, tem muitas atividades legais para se fazer lá. – Meu tio, Park Minji. Sim, ele tem o meu nome ao contrário, inclusive meu nome quem deu foi ele, dizendo que seria para sempre lembrarmos dele, era o que meu tio sempre me contava. Falava sobre o clube enquanto dávamos o fora dali assim que meus compromissos ali terminaram.

— Fala sério, tio. Esse lugar é um porre. Todos são falsos, competitivos, invejosos e seus cheiros são detestáveis. – Reclamei fazendo uma careta com a dor de cabeça que eu sentia. – É vir aqui e eu passo mal com a mistura de cheiros, ainda bem que hoje foram atividades ao ar livre, se não já estaria devolvendo tudo o que comi.

— Bem, se você acha isso tudo... então só posso concordar. – Riu alto. – Achei que gostasse de vir aqui, afinal desde os quatorze frequenta esse lugar. – Comentou enquanto parávamos em uma máquina de bebidas ali para comprar algo.

— O Clube em si não é ruim, são as pessoas que estragam. Mas venho aqui mais por estar acostumado com toda a rotina de treinamento, sabe como o papai insiste que eu permaneça forte e bem treinado. – Dou de ombros comprando um chá gelado e esperando que ele comprasse seu refrigerante.

— Ah, sim. A ideia imbecil do seu pai de que quanto mais perfeito você for, mais forte para aguentar qualquer merda também será. – Ele negou abrindo a latinha de coca o levando aos lábios. – Achei que com o tempo ele fosse cair na real, mas pelo visto tá te levando junto pro buraco... – Reclamou voltando a caminhar para a saída.

— Não é bem assim. – Suspirei. – Eu entendo o medo dele, sei que ele pensa assim por medo de algo ruim acontecer comigo e eu acabar não sabendo como reagir a esses momentos. Realmente entendo, mas não é como se eu seguisse realmente tudo o que ele me treinou para fazer, há coisas que sou incapaz de fazer, por mais que eu me esforce muito. – Apertei meus dedos na latinha de chá gelado.

— É natural que ele sinta medo, nossa vida nunca foi fácil, até porque crescer em uma família de ômegas ativistas não é mil maravilhas, sofríamos ataques quase o tempo todo, não tínhamos paz alguma. Mas ainda assim, fingir que não vê que o erro está nos alfa e não em nós, e treinar ômegas para que eles possam aguentar esses erros que não são nossos não vai fazer os problemas acabarem, muito pelo o contrário. E você meu sobrinho, sabe muito bem disso, não importa o quão treinado e forte você seja, se for atacado por ser ômega, ou por um alfa descontrolado, nem mesmo o treinamento mais rígido vai te impedir de cair. O mais correto seria lutar para que a sociedade veja que o erro não é nosso, e sim deles. – Afirmou apontando com o queixo dois alfas que observavam um ômega caminhando apressado do outro lado da rua. Suspirei concordando.