36.Uma alusão futuro parte.3

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Último capítulo 

Uma alusão ao nosso futuro

Encarei a cobertura com um sorriso no rosto, era nítido meu apego, mas não pelos bens materiais e sim por todas as memórias contidas nesse apartamento. Foi aqui que estive nos braços de King pela primeira vez e chorei quando ele me deixou, foi aqui que encontrei meu porto seguro e além dos braços das mulheres que tenho como irmãs. Cada canto desse lugar está impregnado de memórias boas e sei que elas não pertencem somente a mim.
Decidimos nos despedir aos poucos do nosso lar compartilhado, Elizabeth foi a primeira e passou mais tempo chorando por conta das memórias do que outra coisa, Elaine veio depois levando alguns itens de seu quarto queria que a recordação perdurasse e fui a última: as memórias contidas aqui serão eternas e não me preocupei com os adenos pois levei cada canto no meu coração fora as recordações que já estão na mansão, sim uma mansão, King estava louco para se mudar e Gloxinia não se conteve dando uma casa exageradamente grande de presente, para Elaine ele deu um carro no mesmo valor da mansão, sabia que minha amiga venderia a casa por ser contra lares enormes então deu a ela o que mais amava a mais pura e perfeita adrenalina sobre quatro rodas e tom carmesim em estofado de couro e acabamento interno em ouro chamada casualmente de Naomy, um carro simplesmente lindo que fazia parte de sua coleção mais íntima.

Fechei a porta da minha antiga casa e suspirei pensando em como as coisas seriam daqui para frente.

...

Todas as mesas do chapéu de javali estavam ocupadas, mas não havia um desconhecido: o local estava cheio de parentes e amigos íntimos que comemoravam não só a mais nova vitória da dupla Ban e Meliodas como também estavam ansiosos pelo resultado, tomamos apostas altas em relação a isso e até mesmo minha mãe estava se divertindo em uma conversa calorosa com Gerheade e Gloxinia.

— Começa logo com isso capitão não vou cozinhar mais uma bisteca até que o resultado saia. — Ban comentou.

— Olha tenho que concordar com ele, todo esse dinheiro está me dando vontade de ser rico. — Helbran foi o encarregado de tomar conta das apostas e alguma pessoas riram de seu comentário, Elizabeth balançou a cabeça negativamente se levantando e alisando a barriga:

— Bom, como todos sabem estamos grávidos e hoje descobriremos o sexo do bebê. — Sorriu passando a palavra para Meliodas:

— Na mesa de vocês há uma bebida por participante generosamente modificada por um amigo da Elaine e antes que se perguntem pode beber a vontade, mas a graça é que uma delas vai mudar de cor quando tocarem e aí sim saberemos se será ele ou ela. Divirtam-se.

Meliodas e Elizabeth sorriam de forma cúmplice e só por isso sei que tem alguma coisa errada nesse joguinho. Observei atentamente a maioria pegar a bebida na expectativa e levar até a boca esperando ansiosamente pela mudança de cor e nada aconteceu, por volta da vigésima pessoa eu desisti de olhar só para te a certeza de que meus amigos estavam trolando todo mundo. Ban também não parava de rir atrás do balcão o que confirmou minhas suspeitas, revirei os olhos chamando Elaine que me cutucava da mesma forma.

— Não sei quem é mais desgraçado... — Ela sussurrou.

— Ambos, isso não tem graça. — King se meteu alisando minha mão. — Quando é que vamos ter os nossos?

Minha amiga ficou ansiosa e olhei para ele descrente, como assim os nossos? 

— king nem começa. — Sussurrei levando Elaine a gargalhar.

— Olha irmão vocês precisam praticar mais e sem camisinha.

— Elaine! — Nós dois falamos ao mesmo tempo. 

— Ah para com o pudor, eu quero sobrinhos! — Ela estava impossível.

— Que tal prestarmos atenção no chá hein? — Sugeri e ambos me olharam, todos na mesa conversavam sobre o fato de não ter cor alguma na bebida e começaram a ingerir enquanto Meliodas e Elizabeth seguravam os risos seguido por Ban que passou a cozinha para o seu ajudante e veio a mesa, Elaine se levantou para que ele se sentasse ficando em seu colo.

— Vai Ban desembucha, você sabe qual é a deles. — King exigiu.

— Relaxa ai oh rei das fadas, deu muito trabalho pro amigo da Elaine alterar as bebidas sem por drogas, então aprecie o momento.

O pai de Ellie se aproximou meio constrangido tapando a boca e nós os observamos, já que Elizabeth e Meliodas ficaram ali em cima de um palco esperando para ver a reação de todos enquanto a filmagem passava na tela atrás  deles, uma gargalhada alta veio do palco e então minha amiga sussurrou algo no ouvido do pai antes de o fazer virar para a plateia e destapar as mãos. O senhor Bartra estava com os bigodes no tom de rosa e eu alternei meu olhar entre ele e Ban descrente, até que o prateado veio e pegou a bebida modificada na mesa encheu o copo e bebeu de uma vez, depois de alguns minutos mostrou a língua pra gente no mesmo tom de rosa. 

— Vocês são uns canalhas! Nunca descobriríamos se o bebê é menina ou menino! — Ban gargalhou com minhas palavras. 

— Essa foi a intenção, vocês precisam ver a cara de vocês! — Ban levantou da mesa e mostrou a língua indicando que todos deveriam fazer o mesmo e quando os convidados entenderam colocaram a língua pra fora e Helbram aproveitou para bater uma foto nossa, achando cômico nossa situação. 

— Uma menina Diane seremos as madrinhas mais babonas que já existiu! — Elaine me abraçou e depois fomos até Elizabeth os cumprimentando e ficando cada vez mais feliz por termos tantos momentos recordados, óbvio que as broncas vieram depois e no fim de toda aquela agitação passamos a curtir o dia, minha mãe estava ao lado de Gloxinia conversando a respeito do que poderiam transformar minha cidade em sua capital, meus amigos aproveitando as companhias um dos outros: Ban no churrasco com Meliodas ao lado disputando que beberia mais, Elizabeth e Elaine deixando claro que não hora e nem o lugar para isso e eu bem... Continuou aqui os observando sentindo meu coração aquecido, pela primeira vez em tantos anos tenho tudo o que eu quero e preciso. O amor da minha vida, minha mãe feliz e meus amigos ao meu lado, não sei como alguém pode precisar de mais do que isso na vida, meus devaneios  foram interrompidos por um par de mãos que adornaram meu quadril deixando um beijo em meus ombros.

— No que tanto pensa meu amor?  — A voz de King sobressaiu em um sussurro e eu me virei para ele dando-lhe um selinho.

— O quão feliz estou por estarmos aqui, o quão grata eu sou a vida por me dar tudo isso. — sussurrei tendo meus lábios beijados novamente.

— E você merece muito mais, se depender de mim colocarei o mundo ao seus pés. 

Senti minhas bochechas aquecerem.

— Eu não preciso do mundo, não quando tenho você  e todos aqueles que são importantes na minha vida. 

Nossos lábios se tocaram mais uma vez e só nos afastamos pela falta de ar, no entanto ouvimos uma voz nos chamando:

— Ei casal se amem depois venham pra foto! — Elizabeth comentou.

— Deixa ele Ellie estão ensaiando como vão fazer minha sobrinha depois. — A voz de Elaine nos deixou sem graça.

— Olha eu amo vocês, mas façam isso depois precisamos de fotos! — Ellie sorriu e eu olhei para King  que entrelaçou nossos dedos indo em direção a bagunça, tentei desviar a vergonha em minhas bochechas sentindo meu rosto suavizar e King sussurrar:

— Mais tarde te compenso por isso.

Não precisamos dizer mais nada já estávamos com ele em um clima de festa devido a todos esses bons momentos e para piorar tudo Helbram chorava a dor de cotovelo por ter pedido dinheiro já que apostou que o primeiro herdeiro da geração Liones seria um menino, sem dúvida alguma sei que essa festa ainda terá muita confusão, afinal estamos falando dos meus amigos, aqueles que nunca descansam quando tem um motivo para se comemorar e ser feliz e eu bem só consigo imaginar como será o nosso futuro, mas por enquanto tenho que ajudar King a tirar o Helbram de cima da caixa de dinheiro.

Sem dúvida alguma eu não poderia ter uma vida mais feliz. 


𝐃𝐞𝐩𝐨𝐢𝐬 𝐝𝐚 𝐓𝐞𝐦𝐩𝐞𝐬𝐭𝐚𝐝𝐞 | Kiane(Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora