24.As minhas lágrimas de felicidade

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King pilotava com cautela pelas estradas e eu me mantive abraçada em seu corpo, era maravilhoso a sensação do vento deslizando pela minha pele e por um minuto em entendi o motivo dele gostar tanto de moto a sensação de fato é libertadora. Por duas horas ele pilotou, nos afastamos tanto de Camelot que a paisagem verde da floresta tomava conta de tudo.

-- Diane, você já sabe aonde vamos? -- Ele perguntou quase num berro por conta do vento e eu o escutei atentamente.

-- Eu não faço a menor ideia -- respondi e ele sorriu, pude observa-lo pelo retrovisor.

-- Bom, então não precisa fazer esforço, acabamos de chegar. -- King desligou a moto e desceu,  fiz o mesmo retirando o capacete e deixando sobre a garupa, olhei em volta e vi o brasão da família real estampado no portão.

-- Estamos na Orla? -- Perguntei curiosa e ele assentiu.

-- Geralmente eu não gosto de usar as habitações da minha família, mas hoje  ignorei todas as minhas contradições -- King pegou em minha mão e me puxou para adentrarmos aquela parte da praia que era dada como particular e da família real.

-- O que viemos fazer aqui? -- minha curiosidade está me matando e notei um sorriso malicioso nos lábios dele, King tirou a jaqueta de couro, a camisa, as botas e meias e se jogou dentro do mar e eu fiquei observando. Aquele comportamento me fez lembrar da época de nossa adolescência e por um momento eu imaginei que ele deveria estar estressado e precisando de um descanso, respirei fundo ao ouvir sua voz me chamando e com calma tirei meu tênis, minhas meias e minha calça e por fim a regata branca, soltei meu cabelo e fui até ele, entrei dentro d'água e King me abraçou -- Você poderia ter avisado, assim eu vinha de maiô e não de roupa íntima -- reclamei enquanto seus lábios tocavam meu pescoço. 

-- E perder a chance de te ver assim? Só sendo muito idiota! -- Gargalhou e eu o encarei, antes de estapear seu braço de leve. Quando foi que ele ficou tão saidinho? Não que eu não goste, pelo contrário eu amo essa versão do King mas, não esperava lidar com ela tão abertamente. Passei minhas pernas em volta de sua cintura e coloquei minhas mãos em sua nuca, sorri e beijei seus lábios, King desceu suas mãos até a minha bunda e a apertou e por um tempo aproveitamos aquela água fria do mar, cada beijo, cada toque me trazia as recordações do nosso namoro -- Eu imagino que você esteja com fome - sussurrou.

-- E você não?  

-- Depende do quê... -- Corei violentamente com aquilo e seus lábios tomaram os meus novamente, depois disso saímos da água e eu catei minha roupas, seguimos para a casa de cor azul localizada ao norte da praia e eu tentei me lembrar se já estive aqui antes. 

-- King, nós nunca viemos aqui -- afirmei ao entrar na sala.

-- Não, infelizmente não tive tempo de te trazer aqui, mas agora podemos aproveitar. Temos a casa só para nós. -- Ele me puxou pela cintura e com um olhar lascivo beijou meus lábios com luxúria, aos poucos andamos em direção ao sofá e no momento em que senti as mãos dele abrirem o meu sutiã soube que não sairíamos dessa casa tão cedo.

...

Olhei o crepúsculo pelas enormes janelas de vidro, ajeitei meus cabelos e senti meu rosto aquecer ao lembrar de tudo o que fizemos.

-- Diane, tem certeza de que não quer passar a noite aqui? -- Senti seus lábios nas minhas costas e um arrepio passou por toda a minha coluna.

-- Você sabe que não podemos, ainda tenho que resolver algumas pendências com as meninas hoje -- eu não queria ir embora mas, não costumo faltar a um compromisso tão sério.

-- Bom, então vamos ao que interessa -- observei meu namorado levantar rapidamente do chão e procurar por sua calça e apenas deixei meus olhos vagarem e assisti-lo, acho que em toda a minha vida nunca tive tanta certeza sobre o que eu sinto -- Achei! -- Ele vibrou antes de deitar-se novamente ao meu lado.

𝐃𝐞𝐩𝐨𝐢𝐬 𝐝𝐚 𝐓𝐞𝐦𝐩𝐞𝐬𝐭𝐚𝐝𝐞 | Kiane(Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora